InícioBahiaChapada DiamantinaO que fazer na Chapada Diamantina: cachoeiras, mirantes e mais dicas

O que fazer na Chapada Diamantina: cachoeiras, mirantes e mais dicas

A Chapada Diamantina, na Bahia, é um dos principais destinos de natureza do Brasil. A região é repleta de paraísos naturais como grandes cachoeiras, poços de água cristalina, mirantes e várias trilhas. Se você procura conhecer mais detalhes sobre o que fazer na Chapada Diamantina e dicas de como visitar esse paraíso, está no lugar certo.

Chapada Diamantina, garimpo e diamantes

Muita gente se engana pensando que a Chapada Diamantina é apenas um destino de natureza. A região possui muita história e um rico patrimônio cultural herdado da época do garimpo.

Não é por acaso que a Chapada Diamantina possui esse nome. No local foram encontrados muitos diamantes e também metais preciosos, o que desenvolveu bastante a região.

O garimpo começou no século 18, mas teve seu auge no século 19, tornando a Chapada Diamantina uma das regiões mais ricas do Nordeste. Nesse período, surgiram as cidades de Lençóis, Mucugê e Igatu, atualmente, as mais turísticas da região.

Lençóis é a principal cidade desde a época do garimpo e conta com um centro histórico que lembra as cidades de Minas Gerais. O local possui muitas opções de hospedagem e uma boa variedade de restaurantes.

Onde fica a Chapada Diamantina

Muita gente confunde a localização da Chapada Diamantina, acreditando que ela fica em Minas Gerais, já que no estado está a cidade histórica de Diamantina.

A Chapada Diamantina fica no interior da Bahia, a 420 km de Salvador.

Parque Nacional da Chapada Diamantina

Quando falamos em Chapada Diamantina, estamos nos referindo a uma área muito extensa. A referência é o Parque Nacional da Chapada Diamantina, uma área de 152 mil hectares, criada em 1985. Entretanto, algumas das principais atrações ficam fora do parque.

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Cachoeira do Mosquito e Poço do Diabo ficam no extremo norte do parque

Essa região é uma área de vegetação mista, onde você encontrará cerrado, caatinga e mata atlântica. Ou seja, há desde florestas até áreas semidesérticas do sertão.

Como chegar na Chapada Diamantina

A forma mais prática de chegar na Chapada Diamantina é de avião. O Aeroporto de Lençóis, LEC, fica a 24 km do centro da cidade, que é o coração da chapada.

O aeroporto é pequeno e recebe pouquíssimos voos. Durante a pandemia de Covid-19 os voos foram suspensos e retornaram apenas no final de 2022. Atualmente, a Azul e a Gol possuem voos para Lençóis alguns dias por semana.

Salvador – Chapada Diamantina por terra

A opção mais procurada por turistas é chegar de avião em Salvador e pegar um ônibus ou alugar um carro para chegar à chapada. Na maioria das vezes, essa é a opção mais barata, apesar de ser mais demorada. O trajeto de 420 km de Salvador a Lençóis dura 6 horas de carro ou 7h de ônibus.

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Mapa da Chapada Diamantina Bahia

Ônibus

Para quem não quer dirigir ou está viajando sozinho, o ônibus é a melhor opção. A empresa Real Expresso faz o trajeto que costuma ter 2 ou 3 horários por dia, incluindo um noturno. A maioria dos ônibus possuem dois andares, sendo que o de cima as poltronas são convencionais e o de baixo é leito. Nós viajamos de leito e achamos bastante confortável.

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Rodoviária de Lençóis recebe ônibus de Salvador

Carro

Alugar um carro permite fazer alguns passeios por conta própria ou levar o guia no seu carro e pagar menos pelo serviço. Não precisa ser um carro 4×4, pois a maioria das empresas de turismo da Chapada Diamantina levam os turistas em carros comuns. O único problema é na estação chuvosa, onde algumas estradas de terra viram lama e fica difícil atravessá-las.

Salvador possui várias empresas de aluguel de veículos, por isso é possível encontrar bons valores. Veja os preços na Rentcars onde você encontra as principais locadoras em um só lugar.

A dica para quem vai alugar um carro é alugar com antecedência em feriados e períodos de férias, pois os valores aumentam a medida que os carros vão sendo alugados.

Onde ficar na Chapada Diamantina

A área da Chapada Diamantina é extensa e existem várias cidades ao redor do parque. Entretanto, a maioria dos turistas se hospeda em Lençóis, maior cidade e que possui mais infraestrutura, com boas opções de restaurantes e muitas agências de turismo.

A variedade de hotéis e pousadas também é grande. Você encontrará desde pousadinhas econômicas até hotéis de alto padrão. Entre as melhores opções de hospedagem estão o Hotel Canto das Águas, que fica no centro ao lado do leito do Rio Lençóis, e o Hotel de Lençóis, um dos mais antigos e tradicionais hotéis da cidade, localizado em uma parte menos movimentada do centro ao lado do Parque Muritiba.

Durante nossa estadia em Lençóis, na Chapada Diamantina, o Hotel de Lençóis foi nossa escolha. Para conferir como foi nossa experiência não deixe de ler nosso texto sobre o Hotel de Lençóis.

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Piscina do Hotel de Lençóis, um dos melhores da cidade

Para quem busca uma opção com bom custo-benefício o Pouso da Trilha é uma ótima escolha, localizado em uma casa histórica reformada no centro. Já a Pousada Canto no Bosque é a opção para quem gosta de privacidade, mais afastada do centro, ela conta com bangalôs e é indicado para quem estiver de carro.

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Pouso da Trilha é uma boa opção no centro de Lençóis – Foto: divulgação

Entre as opções baratas, a maioria é hostel, como o Albergue Backpackers Hostel que fica bem localizado no centro e conta com quartos privativos e compartilhados. Já o Chalés Natora é uma opção boa com ótimo valor, mas está a uma caminhada mais longa do centro.

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Chalés Natora é uma ótima opção econômica, mas fica distante do centro – Foto: divulgação

O que fazer na Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina possui uma grande variedade de atrações e pontos turísticos naturais. Não são apenas cachoeiras e trilhas, mas também mirantes, poços, grutas, cavernas, entre outros. Vamos começar falando dos pontos turísticos mais famosos.

Morro do Pai Inácio

Quando se fala no que fazer na Chapada Diamantina, o primeiro local que as pessoas lembram é o Morro do Pai Inácio.

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O Morro do Pai Inácio é o ponto turístico mais famoso da Chapada Diamantina

O morro possui uma vista de 360º e é um dos mirantes mais bonitos e famosos do Brasil. Não é a toa que a vista do Morro do Pai Inácio já apareceu diversas vezes na televisão e é a imagem símbolo da Chapada Diamantina.

Esse é um dos locais que é possível visitar por conta própria. A subida de 640 metros dura 15 minutos e é uma trilha de dificuldade leve.

O Morro do Pai Inácio é o local mais visitado da Chapada Diamantina e costuma ficar bastante cheio em feriados e na alta temporada. Principalmente, porque a maioria das pessoas visita no final da tarde para ver o pôr do sol. Entretanto, como a parte de cima do morro é muito ampla, comporta um vasto público e mesmo para fotografar não é um problema. Não há limite de visitantes por dia, sendo o único limite o horário da visitação, só podendo subir até às 17:00.

Na parte de cima do morro existem buracos nas rochas que ficam cheios de água em períodos de chuva, o que deixa o cenário ainda mais bonito. Porém, se a chuva for forte é proibida a subida.

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Famosa rocha no formato de coração no Morro do Pai Inácio

Em meio ao emaranhado de rochas, uma se destaca devido ao seu formato de coração. Em dias cheios há fila para tirar uma foto com o coração.

Uma dica importante é que venta bastante lá em cima e pode fazer frio, sobretudo no inverno, por isso é indicado levar um casaco.

O Morro do Pai Inácio fica a 26 km de Lençóis.

Poço Encantado

O segundo ponto turístico mais famoso é o Poço Encantado. Na Chapada Diamantina existem alguns poços com águas azuis, entretanto o que faz do Poço Encantado um lugar único é a faixa de luz do sol que entra pela abertura da gruta e ilumina as águas.

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Poço encantando só tem o feixe de luz alguns meses do ano – Foto: Wikipédia (CC BY)

O que pouca gente sabe é que essa luz só entra no Poço Encantado entre maio e 10 de setembro. Nós fomos no segundo semestre de setembro e já não havia mais luz. Além disso, no primeiro e último meses (maio e setembro) apenas um pequeno filete de luz entra na gruta. Junho e julho é quando a luz estará mais forte.

O horário da luz é das 10:00 às 13:30, variando ao longo dos meses. Contudo, se você visitar com guia ou agência de turismo, eles sabem exatamente o horário que a luz entrará na gruta e o horário que precisará chegar ao local.

Antigamente, era possível nadar no Poço Encantado, mas hoje já não é mais possível. Essa é uma visita de contemplação. Além disso, mesmo sem feixe de luz vale a visita, porque o local é muito bonito.

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Para entrar no Poço Encantado é preciso colocar capacete com lanterna

Cada grupo de até 15 pessoas ficam entre 15 e 20 minutos no poço. Na alta temporada, como feriados e férias (janeiro e julho) a espera para ir ao poço leva mais de uma hora.

O acesso ao Poço Encantado não é difícil, a descida de 200 metros e 325 degraus é tranquila. Para acessar o local é necessário utilizar capacete com lanterna.

O Poço Encanto fica um pouco mais distante de Lençóis, a 140 km. Quem visita Igatu, visita o poço na volta já que ele fica a 37 km do distrito.

Poço Azul

O Poço Azul fica próximo ao Poço Encantado e costuma ser visitado no mesmo dia.

No Poço Azul também há um feixe de luz do sol que entra pela gruta e ilumina as águas. A diferença é que a luz entra o ano inteiro.

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No Poço Azul é possível nadar

Apesar de não ser tão bonito quanto o Poço Encantado, o maior diferencial desse poço é a possibilidade de nadar em suas águas.

Como o poço não é grande, entram cerca de 12 pessoas por vez, que podem nadar entre 20 ou 30 minutos. O poço não dá pé, são entre 4 e 11 metros de profundidade, mas há coletes salva vidas disponíveis.

Um requisito para nadar é tomar uma ducha antes, para as oleosidades do corpo não alterarem a cor da água.

Gruta da Lapa Doce

Um atrativo que pouca gente sabe que existe na Chapada Diamantina são grutas. Há algumas delas, sendo que a principal e mais visita é a Gruta da Lapa Doce. Essa gruta é um complexo de cavernas com 42 km de extensão, sendo que apenas um pequeno percurso está aberto à visitação.

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No interior da Gruta da Lapa Doce é possível fazer interessantes fotos

O passeio mais comum dura 1h30 e percorre 2,5 km, uma parte dentro e outra fora da gruta. O trajeto é fácil, há apenas uma descida e uma subida mais íngremes. Dentro da gruta cada visitante recebe uma lanterna para iluminar o caminho e fazer as fotos. Por falar em fotos, esse é um destaque desse passeio. Cada grupo de até 12 pessoas é acompanhado por um guia da propriedade. Esse guia sabe os melhores pontos para fotografar e tira umas fotos incríveis.

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Nossa foto romântica na Gruta da Lapa Doce

O mais comum é visitar a gruta de manhã, pois o principal tour feito na Chapada Diamantina visita a Lapa Doce, a Pratinha, o Poço Azul e o Morro do Pai Inácio, nessa ordem e no mesmo dia.

Para quem procura explorar um pouco mais as cavernas da Lapa Doce, há uma visita ao Poço do Lima que dura de 6 a 8 horas e está incluída a alimentação dentro da caverna. Essa visita é feita apenas com agendamento prévio; entre no Instagram da Lapa Doce para se informar melhor.

Cachoeiras da Chapada Diamantina

Quando se fala no que fazer na Chapada Diamantina, não podemos deixar de mencionar as cachoeiras. Grande parte dos turistas que desembarcam no destino baiano estão em busca de bonitas cachoeiras para um agradável banho.

Existem dezenas de cachoeiras na Chapada Diamantina, grandes e pequenas, com acesso fácil ou através de longas trilhas.

Cachoeira do Buracão

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Canyon para chegar à Cachoeira do Buracão

A cachoeira mais bonita e surpreendente da Chapada Diamantina é a Cachoeira do Buracão. Ela possui 85 metros de altura e cai em um poço fechado que lembra um canyon. As pedras que emolduram a paisagem parecem lâminas, o que dá um visual único ao local.

Para chegar à Cachoeira do Buracão há uma caminhada extensa (3 km), mas leve, já que o caminho é todo plano. O mais complicado é chegar ao local em que se vê a queda d’água, pois a maioria das pessoas vão pela água nadando, que é a forma mais fácil, mas há uma maneira mais difícil indo pelas pedras.

Na Cachoeira do Buracão há uma empresa que oferece rapel. Eu fui e posso dizer que é uma experiência única descer em meio a essa maravilha natural. O rapel pode ser contratado na hora que você chegar à cachoeira.

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Rapel na cachoeira do Buracão é uma experiência incrível

Apesar de todas as belezas da Cachoeira do Buracão, essa não é uma das atrações mais visitadas da Chapada Diamantina, porque a cachoeira fica na parte sul do parque, a 4 horas de carro (250 km) de Lençóis. A maioria das pessoas que visitam o local dormem em Mucugê, uma cidade que está a 105 km, 2 horas de carro.

Cachoeira da Fumaça

A Cachoeira da Fumaça é a maior da Chapada Diamantina, possui 360 metros de altura e é uma das maiores do país. Ela ganhou esse nome porque parte de sua água evapora antes de chegar ao chão, parecendo uma fumaça.

Uma informação relevante é que no período de seca, a água evapora ou bate nas pedras, deixando a cachoeira sem queda d’água. Por isso, pergunte a sua agência de viagens ou guia se a cachoeira está com queda antes de visitá-la. Nós tiramos essa cachoeira do nosso roteiro ao saber da falta de queda d’água.

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Cachoeira da Fumaça é a mais alta da Chapada Diamantina – Foto: Guia Adilson Almeida

Outra informação relevante é que o acesso é difícil. A excursão para a Cachoeira da Fumaça com a trilha mais popular chega apenas ao mirante que possibilita ver a cachoeira de cima. Nesse trajeto de 6 km, inclui 2 km de subida íngreme, com grandes degraus, e o resto do trajeto em terreno irregular. A trilha dura cerca de 2h30 e possui grau de esforço físico de moderado a avançado.

Para quem quer chegar à queda d’água, é preciso fazer uma travessia de 36 km que corresponde a uma trilha de 3 dias.

A Cachoeira da Fumaça fica a 80 km de Lençóis.

Cachoeira do Mosquito

No nosso guia sobre o que fazer na Chapada Diamantina, não poderia faltar a Cachoeira do Mosquito. Ela a é preferida de muitos turistas que visitam a chapada. A cachoeira é bonita e não tem poço, ou seja, você consegue ficar em pé embaixo da queda d’água. Essa é uma cachoeira que possui queda d’água o ano inteiro. O volume de água que pode variar ao longo do ano.

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Na Cachoeira do Mosquito é possível tomar banho em pé

Além disso, o acesso ao local é fácil, a trilha de 1,5 km é tranquila, com várias partes cimentadas. Apesar de ter um trecho de descida íngreme, é acessível a pessoas de todas as idades.

Uma curiosidade é que o nome não tem relação a insetos, pois mosquitos eram os pequenos diamantes que foram encontrados no local.

A Cachoeira do Mosquito fica a 40 km de Lençóis. O tour à Cachoeira do Mosquito pode ser combinado com o Poço do Diabo.

Parque Muritiba

O ponto turístico da Chapada Diamantina que possui acesso mais fácil é o Parque Muritiba. O parque, administrado pela Prefeitura de Lençóis, fica a poucos quarteirões das ruas mais turísticas da cidade e pode ser acessado em uma passagem rápida ou em um tour que percorra todas suas atrações.

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Piscinas naturais do Rio Serrano no Parque Muritiba

A principal atração do Parque Muritiba é também a de mais fácil acesso. As piscinas naturais do Rio Serrano ficam logo na entrada do parque e é onde estão os grandes caldeirões que formam as deliciosas piscinas naturais.

As outras atrações dependem de maior caminhada e são feitas com guia, o trajeto de cerca de 4 km percorre: salão de areias coloridas (onde há areias de diferentes cores); Poço Halley (uma pequena queda d’água); Cachoeira Primavera (com 4 metros de altura) e Mirante do Parque da Muritiba, em que é possível ver do alto a cidade de Lençóis.

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Poço Halley no Parque Municipal de Muritiba

Geralmente, o tour completo pelo Parque Muritiba também visita o Ribeirão do Meio.

Cachoeira do Sossego

A Cachoeira do Sossego costuma entrar em muitos roteiros, porque ela não precisa de transporte, pois caminhando do centro de Lençóis você chega à trilha que leva ao local. O que pouca gente sabe é que a trilha é difícil e a cachoeira não é nada extraordinária, se comparada às três primeiras da lista.

A trilha até o local possui 6 km, mas contando do centro de Lençóis são 8 km. Ela é de dificuldade alta, com duração média de 2h30 de caminhada. Algumas agências recomendam incluir a cachoeira nos últimos dias do seu roteiro pela Chapada Diamantina, já que algumas pessoas, sobretudo as que não tem costume de caminhar por trilhas, podem ficar doloridas depois dessa trilha.

Também existem tours para a Cachoeira do Sossego. Não visitamos a Cachoeira do Sossego, pois achamos que esse local não valia a pena pelo esforço para entrar no nosso roteiro e demos preferência a outros lugares.

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Cachoeira do Sossego – Foto: Guia Adilson Almeida

Entretanto, no caminho à Cachoeira do Sossego fica o Ribeirão de Cima, onde há um esquibunda natural na rocha que é bem legal! O local é de fácil acesso, mas é uma caminhada de cerca de 3 km. Entretanto, é possível ir por conta própria, por isso se tiver tempo disponível, recomendamos a visita a esse ponto específico.

Outros pontos turísticos da Chapada Diamantina

Fazenda da Pratinha

Nem toda a Chapada Diamantina é estilo aventura. Para quem procura um local com natureza e boa infraestrutura, a Fazenda da Pratinha é a melhor opção. O nome do local é devido ao Rio Pratinha, que é lindo, com uma tonalidade de azul muito bonita em dias de sol. Devido a questões geológicas, a maioria dos rios da Chapada Diamantina possuem águas escuras.

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O Rio Pratinha possui uma tonalidade de azul incrível

Na fazenda também há o Lago Azul, que é mais simples que o Poço Encantado e o Poço Azul, mas também possui um feixe de luz que bate em suas águas em parte do ano.

O ingresso à Fazenda da Pratinha dá direito a apenas esses dois locais citados, porém você também encontrará tirolesa, caiaque, pedalinhos, fotos-subaquáticas, flutuação na gruta.

O diferencial da Fazenda da Pratinha é sua infraestrutura, pois o local é bem organizado, possui muitas mesas e cadeiras, restaurante, lanchonete, vestiários. Aos finais de semana e feriados o local fica muito cheio, pois recebe turistas de outras cidades.

Para quem gosta de natureza e aventura, a Fazenda da Pratinha não é dos locais mais interessantes. Entretanto, a maioria dos turistas visitam o local dentro da excursão a Gruta da Lapa Doce, Pratinha, Poço Azul e Pai Inácio.

Pantanal Marimbus

A Chapada Diamantina, Bahia, é um local tão diverso que você encontra até um mini pantanal. Não se engane pela palavra “mini”, pois o local possui vários quilômetros de extensão e é um cenário interessante, sobretudo para quem não conhece o Pantanal Mato-Grossense.

pantanal marimbus
O Pantanal Marimbus é conhecido através de um passeio de barco

Para conhecer a região é feito um passeio de barco de 1h30 em que é possível ver pequenas plantas Vitória-régia, pássaros e alguns outros animais nativos.

O principal local para fazer o passeio é a partir da Vila do Remanso, uma comunidade remanescente quilombola. Quem guiam os barcos são os próprios moradores, que são profundos conhecedores da fauna e flora locais.

Vale a pena levar um chinelo, porque há alguns bancos de areia em que é preciso descer do barco e caminhar no leito ou ao lado do rio onde tem pedrinhas.

Piscinas Naturais do Roncador

O passeio do Pantanal Marimbus costuma ser conjugado com o do Rio Roncador. O trajeto de 1h30 de barco descendo o rio para em um local que está a alguns quilômetros das piscinas naturais do Rio Roncador.

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Piscinas naturais do Rio Roncador

As piscinas naturais são muito bonitas, apesar de não serem tão boas para nadar. Apesar do Pantanal ser a parte mais famosa, os turistas costumam gostar mais dessa parte do passeio. Essa foi nossa opinião e das demais pessoas que estavam no nosso tour.

O maior problema desse passeio é que no final da tarde os pernilongos começam a aparecer, por isso calça comprida ou repelente são essenciais.

O trajeto do local onde o barco te deixa, passando pelas piscinas naturais e depois seguindo em direção ao carro são 4 km de extensão, mas a caminhada é em terreno plano. Leve um chinelo, pois no trajeto é necessário passar por riachos e área alagadas.

Felipe Zig
Felipe Zighttps://www.abraceomundo.com/
Felipe Zig é jornalista, fotógrafo e apaixonado por viajar. Depois de conhecer mais de 20 países, decidiu criar o blog “Abrace o Mundo” para dar dicas de viagens e incentivar outras pessoas a viajar.

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