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Museu de Arte da Pampulha: um dos mais importantes do país

O Museu de Arte da Pampulha é parte integrante do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e foi o primeiro prédio do conjunto. Há mais de 60 anos, chama atenção dos visitantes na região da Pampulha e já recebeu peças de diversos artistas brasileiros.

É um dos maiores e mais importantes de Minas Gerais e é referência nacional na divulgação de arte contemporânea. Entre os nomes presentes em seu acervo, estão artistas como: Cândido Portinari, Alberto da Veiga Guignard, Di Cavalcanti, entres outros.

O MAP se encontra atualmente fechado para reformas e não há previsão de retomada da abertura para visitantes. Mas se você quer conhecer mais sobre esse importante museu, continue lendo este texto!

Importância do MAP para a arte contemporânea brasileira

Museu Arte Pampulha
Museu e Lagoa da Pampulha – Foto: Carmeladgl (Wikipedia -CC BY-SA 4.0)

À primeira vista, o Museu de Arte da Pampulha pode não transparecer, mas ele tem valor singular para a arte contemporânea brasileira. Hoje, mantém como um dos mais relevantes museus do Brasil, assim é de grande importância para a história nacional e mineira.

O MAP tem um acervo de mais de 900 obras, mas costuma receber apenas exposições temporárias. Isso se deve ao fato de que as paredes translúcidas de vidro não permitem que as obras fiquem permanentemente expostas nas salas, afinal a incidência de luz solar é alta e pode danificar as peças.

Assim, toda vez que uma nova exposição é promovida, é feito todo um trabalho de adequação do espaço para receber as obras. Geralmente, inclui a colocação de bloqueadores de luz solar para proteger as obras, bem como a instalação de paredes falsas.

O museu tem um auditório com capacidade de até 170 pessoas e uma biblioteca com acervo aberto ao público. Os livros da biblioteca são voltados principalmente para as artes visuais, o paisagismo e a arquitetura.

História do Museu de Arte da Pampulha

MAP
Interior do MAP – Foto: Jani Pereira (Wikipedia – CC BY-SA 4.0)

O edifício, assim como o restante do conjunto, foi projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer, que além de ter sido um dos maiores do país, foi também o responsável por outros cartões postais da capital mineira. Entre eles, estão a Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha e o Edifício Niemeyer na Praça da Liberdade.

O que muitos nem imaginam é que, em seus primeiros anos, o MAP era um cassino. O então Cassino da Pampulha foi aberto ao público em 1943, mas teve vida curta. Afinal, apenas três anos depois, em 1946, os jogos de azar foram proibidos no Brasil.

Após isso, o prédio ficou fechado por cerca de uma década. Até que, em 1957, após passar por uma readequação dos espaços, o Museu de Arte da Pampulha foi inaugurado.

Hoje, segundo a Belotur, empresa municipal de turismo de Belo Horizonte, o museu tem acervo com obras modernas e contemporâneas que permitem aos visitantes ter experiências visuais diversas.

Tombamento do Museu de Arte da Pampulha

O Museu de Arte da Pampulha foi tombado nas três esferas: federal (1994), estadual (1984) e municipal (1994). Isso significa que passou a ser reconhecido como um bem de valor cultural e arquitetônico para a sociedade. O tombamento assegura que o edifício seja zelado, protegido e impede que seja destruído ou descaracterizado.

Desde 2016, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o qual o museu faz parte, foi considerado patrimônio cultural da humanidade. Esse é um título internacional concedido pela Unesco e consiste em um esforço para a valorização e proteção da memória e identidade de um povo.

Jardins do Museu da Pampulha

Museu da Pampulha
Paisagismo do museu da Pampulha – Foto: Camilla Vitoria Machado (Wikipedia CC BY-SA 4.0)

Um grande atrativo do Museu de Arte da Pampulha de está do lado de fora do edifício. Tratam-se dos jardins que o rodeiam.

Os jardins foram criados pelo paisagista Roberto Burle Marx, grande nome da área. Outros itens marcantes são as esculturas de August Zamoyski, Alfredo Ceschiatti e José Pedrosa.

O show de cores é suficiente para encantar os visitantes antes mesmo de entrarem no museu. A cana-da-Índia, o camará, o crino-branco e os lírios amarelos, brancos e laranjas estão entre as plantas presentes nos jardins.

Tour virtual pelo Museu de Arte da Pampulha

Museu de Arte Pampulha
Tour virtual pelo MAP

Infelizmente, o museu está fechado para visitação em razão das reformas. Mas se você quer conhecer um pouco melhor o local, saiba que é possível fazer um tour virtual pelo museu. Dessa forma, você conhece o espaço sem sair de casa!

O primeiro passo é acessar o link disponível no site da Belotur. Você será direcionado para o ambiente de realidade virtual em que é possível se movimentar dentro do museu, observar as modernas instalações e apreciar a vista da lagoa através das paredes de vidro.

É só ir clicando na tela que você será levado através dos espaços do museu. Há tags em locais estrategicamente posicionados que, ao clicar neles, você será informado sobre curiosidades. Por exemplo, há informações indicando que naquele local ficava determinado jogo nos tempos em que o prédio era um cassino.

É uma experiência bem legal, apesar de ser bem limitada, principalmente se você nunca foi ao local. Obviamente, não substitui um passeio presencial, mas como não temos essa oportunidade no momento, então é uma opção.

Conjunto Arquitetônico da Pampulha: patrimônio cultural da humanidade

Pampulha
Vista da Pampulha – Foto: Daniel Raposo (Wikipedia – CC BY-SA 4.0)

A Pampulha é o maior cartão postal de Belo Horizonte e não é à toa. O conjunto, concebido na década de 1940 por Oscar Niemeyer, é reconhecido como um dos mais importantes do Brasil. Essa importância é reconhecida inclusive internacionalmente. Principalmente, após o título de patrimônio cultural da humanidade.

Dessa forma, ao visitar Belo Horizonte, não deixe de conhecer a região! O mesmo vale para moradores da cidade. Além do MAP, há várias outras atividades no local. Você pode, por exemplo, visitar o Zoológico de Belo Horizonte ou aproveitar para dar uma volta de bike na orla da lagoa.

Pampulha também é local para se hospedar

Para os turistas, a Pampulha também é uma interessante opção de hospedagem. Sobretudo para quem gosta de se hospedar em uma região tranquila, calma e com várias atrações turísticas nas redondezas. Entre as opções bem localizados e em frente à lagoa há o San Diego Suítes e o CHA Pampulha Design Hotel, esse último ao lado do MAP.

Por outro lado, a Pampulha também fica distante da região central da cidade, onde estão a maioria dos centros culturais e os melhores restaurantes. Por isso, ela não é a escolha da maioria dos visitantes.

O bairro preferido dos turistas é a Savassi, duas opções muito bem localizadas na região centro-sul são o Royal Boutique Savassi Hotel, no coração da Savassi e o ibis Liberdade, ao lado da famosa Praça da Liberdade. Para conhecer os bairros e mais dicas de hotéis veja nosso texto sobre onde ficar em Belo Horizonte.

Endereço e contato do MAP

Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 16585 – Pampulha

Telefone: (31) 3277-7996

O MAP não tem perfis oficiais em redes sociais. Dessa forma, toda informação sobre o museu e sua eventual reabertura pode ser encontrada no site da prefeitura e da Belotur.

Foto em destaque: Rafael Lemieszek Pinheiro (Wikipedia CC BY-SA 4.0)
Sheila Silva
Sheila Silva
Sheila Silva é jornalista, escritora e amante das palavras e da vida em movimento! Mineira de carteirinha, nascida no interior e residente na capital, nunca perde a chance de uma nova aventura.

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