InícioHolandaAmsterdãO que fazer em Amsterdam em 2024: museus, canais, bike e coffeeshop

O que fazer em Amsterdam em 2024: museus, canais, bike e coffeeshop

Você sabe o que fazer em Amsterdã? A capital da Holanda é uma cidade que possui muitas atrações turísticas. São dezenas de museus, vários canais para passeios de barco, um icônico bairro da Luz Vermelha, atraentes regiões da cidade para andar de bicicleta e os interessantes e polêmicos coffeeshops. Por isso, o que não falta em Amsterdã são atividades legais para fazer.

Onde hospedar em Amsterdam

Antes de falar sobre o que fazer em Amsterdã, vale a pena abordamos a hospedagem. Hotéis são caros na Holanda e Amsterdã possui valores ainda maiores. Entretanto, preços altos não significa qualidade, há hospedagens de todos os níveis em em várias regiões da cidade.

Para quem gosta de ficar próximo à maioria das atrações turísticas, o centro histórico é o melhor local para se hospedar. O local é cheio e movimentado com grande fluxo de pessoas. O local é o preferido dos jovens por ser onde fica o Distrito da Luz Vermelha, além de vários bares e baladas. Uma opção barata no local é o hostel St Christophers Inn at The Winston, uma opção intermediária é o Hotel CC. Já a opção confortável é o Anantara Grand Hotel Krasnapolsky.

O bairro que é o preferido dos turistas é o Jordaan, que é delimitado por vários canais. Essa é a região mais charmosa da cidade e fica próximo do centro histórico e de várias atrações turísticas. Uma opção barata é o Hotel La Bohème, já um mais confortável é o Melrose Hotel.

Outros bairros interessantes e bem localizados são: Grachtengordel, De Pijp, Museumplein e Vondelpark. Para conhecê-los e descobrir dicas de hotéis, leia nosso texto sobre onde ficar em Amsterdam.

O que fazer em Amsterdam

Agora vamos falar sobre o que fazer em Amsterdam. Começando pelas opções culturais da cidade.

Visitar os museus

Amsterdam possui mais de 60 museus, de diferentes temáticas e estilos. O único problema é que eles costumam ser caros! Os ingressos custam mais de € 10, chegando a €22 nos principais.

O museu mais importante da cidade é o Rijksmuseum, o Museu Nacional da Holanda. O museu conta a história da Holanda através da sua imensa coleção de arte, que vai da Idade Média ao século XX. Destaque paras obras do pintor Rembrandt. Pintor esse, que é o segundo mais importante da história da Holanda e que possui um museu dedicado a si, o Casa de Rembrandt. O museu é justamente a casa que ele morou grande parte da vida.

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Rijksmuseum

Por falar em pintores, o segundo museu mais procurado pelos turistas é o Museu Van Gogh. Esse sim, o artista mais famoso e conhecido da Holanda. O Museu Van Gogh possui o maior acervo do pintor no mundo. Para ver outras obras de arte moderna existe o Museu Stedelijk, que conta com obras de Picasso, Monet e Renoir.

A cidade ainda possui outros museus bem específicos, como EYE Filmmuseum (museu de Cinema), Foam (museu de fotografia), NEMO (museu de ciência para crianças), Museu das Malas e Bolsas e a Casa Anne Frank (casa em que a menina judia se escondeu e escreveu um diário).

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Museu Nemo, um dos pontos turísticos de Amsterdam – Foto: Koen Brouwer (CC BY-NC-ND 2.0)

O que não faltam são opções de museus. Para saber um pouco mais sobre os museus de Amsterdam, sugiro que leia o texto do blog exclusivo sobre esse assunto: Principais museus de Amsterdã: preços, dicas e quanto tempo.

Uma dica importante é que para quem pretende visitar muitos museus, vale a pena comprar o I amsterdam City Card, que é um cartão que dá acesso a dezenas de museus na cidade, ao transporte público e a um cruzeiro pelos canais. O cartão é caro, mas para quem pretende visitar muitos museus vale a pena!

 

Desbravar o Distrito da Luz Vermelha

Apesar dos museus serem interessantes, existe um local que desperta muito mais a curiosidade e interesse da maioria dos turistas. O Red Light District é o bairro em que as prostitutas ficam em vitrines na rua esperando clientes. O nome é devido as luzes vermelhas presentes nas vitrines. Segundo dizem, essa luz ajuda a disfarçar imperfeições na pele. Entretanto, depois de ganhar fama, vários outros estabelecimentos passaram a utilizar a luz vermelha na região.

A cena das mulheres nas vitrines é tão inusitada que o bairro se transformou em atração turística. Todas as noites milhares de turistas vão às ruas do bairro para ver se as histórias que escutaram são verdades. E, muitas delas são mesmo! As mulheres ficam de biquíni nas vitrines e os clientes batem na porta de vidro para perguntarem o preço e fecharem o programa.

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Distrito da Luz Vermelha – Foto: Not4rthur (CC BY-SA 2.0)
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Vitrines onde ficam as prostitutas no Distrito da Luz Vermelha

A Holanda é um país muito permissivo, mas o Distrito da Luz Vermelha envolve várias questões que passam por incentivo a prostituição, moralismo e abuso de mulheres, que na sua maioria são imigrantes. O governo local já pensou em proibir a prática das vitrines, mas sempre esbarra na questão de que as mulheres ficam mais seguras ali do que na rua.

O Distrito da Luz Vermelha, que já foi um bairro “depravado”, ganhou fama e o grande fluxo de turistas ajudou a abrir vários coffeeshops, restaurantes, lojas e até um museu da prostituição. Hoje, é uma região muito turística e frequentada por todo tipo de pessoa, inclusive casais e famílias. Quem, realmente, utiliza os serviços das prostitutas é uma porcentagem muito pequena dos visitantes.

Se você quer conhecer mais a fundo as histórias e as curiosidades é interessante fazer um tour pelo Distrito da Luz Vermelha que dura duas horas. Já para os que querem aprofundar ainda mais na cultura local, podem ir a um teatro com sexo ao vivo. Essa é uma das atividades mais diferentes e intrigantes de Amsterdam. Eu não fui, mas as pessoas que já foram possuem opiniões bem diferentes da apresentação, que vão de algo mecânico a irreverente, mas todos falam que é bem intrigante. Existem vários teatros de sexo, sendo que o principal é o Casa Rosso.

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Distrito da Luz Vermelha

Coffeeshops

Já que estamos falando da cultura permissiva da Holanda, não podemos deixar de falar dos coffeeshops. O nome engana, porque esses estabelecimentos não tem nada a ver com cafés. Os coffeeshops eram, originalmente, bares fechados que vendiam bebidas, como os pubs. Contudo, passaram a ser lugares onde é permitido a venda e o consumo de produtos a base de maconha.

Os coffeeshops começaram a ter permissão para vender esses produtos na década de 1970. Para manter a permissão é preciso cumprir várias regras, como proibir a entrada de menores de 18 anos e limitar a venda e consumo de maconha a 5 gramas por pessoa.

Coffeeshops amsterdam
Coffee shop – Foto: Ricardo Liberato (CC BY-SA 2.0)
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Preços coffee shop de 2019 – Foto: Dominic Milton Trott (CC BY 2.0)

A maconha não é legalizada na Holanda, mas seu uso recreativo é tolerado, não havendo punição para quem usa ou vende, desde que o estabelecimento seja credenciado para tal. Se você quer conhecer mais sobre a história e bastidores dos coffeeshops, a melhor dica é fazer um tour em inglês sobre os coffeeshops da cidade.

Os coffeeshops viraram grandes atrações turísticas em Amsterdam e hoje existem vários deles na cidade, especialmente no Distrito da Luz Vermelha. Segundo pesquisas da Secretaria de Turismo de Amsterdã (2013), 35% dos turistas da cidade visitam esses estabelecimentos.

Os coffeeshops, na verdade, são bares e você não precisa utilizar drogas para frequentá-los. A maioria dos turistas entram de curiosidade nestes locais e apenas bebem. Há alguns produtos mais leves; eu mesmo comi um muffin (bolinho) de maconha. Não sei se foi porque dividi com minha esposa, mas quase não senti efeito. O bolinho estava gostoso, entretanto é muito caro, custa cerca de € 12, mais de R$50 (preço de 2024), muito caro para um simples bolo de chocolate.

pontos turísticos amsterdam
Muffin de maconha sabor chocolate é gostosa, mas caro

Cruzeiro de barco nos canais

Os canais de Amsterdam talvez sejam o maior símbolo da cidade. Amsterdam possui 100 km de canais, que foram construídos no século XVII, devido ao crescimento populacional da cidade.

Como os canais são bonitos e com água limpa, um dos passeios mais tradicionais na cidade é fazer um passeio por eles. No passeio você pode apreciar a cidade de outra perspectiva, observando mansões e prédios de destaque na cidade.

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Blue Boat – Foto: divulgação

Existem vários tipos de cruzeiros, oferecidos por diversas empresas, que percorrem diferentes partes dos canais. O tour básico leva de 1 hora a 1 hora e 15 minutos e costuma ter áudio-guias que vão falando sobre os pontos em que o barco está passando.

Os melhores barcos são os que possuem teto de vidro que facilita a visão da paisagem. O barco da empresa Blue Boat é bom e o passeio dura 1 hora e 15 minutos. Outro que também é bom é da empresa Lovers que dura 1 hora e possui áudio-guia em português.

Entretanto, existem vários outros tipos de cruzeiros pelos canais, como: cruzeiro noturno com pizzacruzeiro noturno à luz de velas e bebidas,  cruzeiro com queijos  e  vinhos  e  cruzeiro com jantar servindo 4 pratos. Você consegue até alugar um barco inteiro para você. Já vi, inclusive, um casamento acontecendo dentro de um barco em Amsterdam.

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Cruzeiro Lovers e com jantar – Foto: divulgação

Já foi dito antes, mas vale ressaltar que para quem compra o passe I amsterdam City Card, tem direito a cruzeiro pelos canais de graça. Não vale a pena comprar o city card apenas para ter o cruzeiro gratuito, mas para quem já o adquiriu não se esqueça de fazer o cruzeiro gratuito!

Leia também: A Holanda é cara? Quanto custa uma viagem à Amsterdã?

Conhecer Amsterdam de bicicleta

A Holanda é conhecida como um dos países que mais incentivam o uso das bicicletas. Os habitantes de Amsterdam não fogem a regra e são adeptos do ciclismo. Segundo o guia de um tour que fiz em Amsterdam, o número de bicicletas na cidade é maior do que o de habitantes, devido ao fato de muitas pessoas possuírem mais de uma bicicleta.

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Conhecer os pontos turísticos de Amsterdam de bicicleta é divertido – Foto: Øystein Alsaker (CC BY-NC 2.0)

Como Amsterdam é uma cidade plana, nada melhor do que alugar uma bicicleta para conhecer o local. A cidade foi repensada para se andar de bicicleta: existem ruas com ciclovias ao lado da calçada, outras com ciclovias no asfalto e ainda ruas menores sem ciclovias. O diferencial é que os motoristas e os pedestres (locais) estão acostumados com os ciclistas. Só tome cuidado com os turistas desavisados que atravessam as ruas sem olhar. É bom lembrar que nas ciclovias é permitido andar de motonetas e scooters, então atenção a elas.

Alugar uma bicicleta em Amsterdam é bem fácil! Existem dezenas de lojas que fazem o aluguel. Na hora de alugar, eles solicitam o passaporte e o cartão de crédito ou um dinheiro como caução para garantir a devolução.

O aluguel não é barato e acaba valendo a pena alugar por um dia do que por horas. A diária é equivalente a duas horas de aluguel. Para saber os preços veja o site da Mac Bike que é uma das maiores locadores de bicicleta. O passe I amsterdam City Card dá desconto de 25% no aluguel de bicicletas em várias lojas.

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Foto: ovejanegra (CC BY-NC-ND 2.0)

Como Amsterdam é a terra das bicicletas, não poderiam faltar tours de bicicleta pela cidade. Existem excursões de 3 horas pela parte histórica da cidade. Há também um tour de bicicleta em uma área rural produtora de queijo nos arredores de Amsterdam. Além desses, existem vários outros tipos de tours. Para conhecer todos eles clique aqui.

Vale ressaltar que pedalar bêbado ou “chapado” em Amsterdam dá multa de mais de 100 Euros. Por isso, não se descuide. Além disso, não se esqueça de sempre prender sua bicicleta. Roubos não são comuns em Amsterdam, mas segundo nosso guia há quem pegue bicicletas soltas e joguem no canal.

Outras dicas de Amsterdã

Agora que você já sabe o que fazer em Amsterdam, veja nossas outras dicas da cidade. Próximo a capital está o parque de tulipas mais famoso do mundo, o Keukenhof. Ele abre apenas entre março e maio. Se estiver na Holanda nessa época, vale a pena visitar o local.

Se ainda não reservou seu hotel, vale a pena ver nossas dicas de melhores bairros e indicações de hotéis em Amsterdam.

Foto de capa: Jacob Surland (CC BY-NC-ND 2.0)
Felipe Zig
Felipe Zighttps://www.abraceomundo.com/
Felipe Zig é jornalista, fotógrafo e apaixonado por viajar. Depois de conhecer mais de 20 países, decidiu criar o blog “Abrace o Mundo” para dar dicas de viagens e incentivar outras pessoas a viajar.

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