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A arte da pechincha, como comprar barato na China

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Quando pensamos em produtos baratos, o primeiro país que vem à nossa cabeça é a China. Aquelas antigas lojas de R$1,99 do Brasil, que hoje mudaram de nome, vendem vários produtos “Made in China” com preços muito baixos. Por isso, muita gente que vai à China acredita que encontrará souvenir, lembrancinhas e presentes a preços muito baratos. Mero engano!

Se tem uma coisa que os chineses sabem fazer são lembrancinhas para você levar da viagem. E não são aquelas porcarias industrializadas, que vendem nas lojas de R$1,99. Na China há uma grande variedade desses produtos, tanto industrializados, quanto os feitos manualmente e a maioria dos produtos com muita originalidade. Os preços também variam, há desde mais simples e baratos como chaveiros e hashi (os pauzinhos de comer comida chinesa), até produtos mais elaborados e caros como porcelanas e sedas. Se você quer levar lembrancinhas da viagem para sua família, na China você encontrará muitas opções, muito mais do que no sudeste asiático.

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Foto de: KittyKaht (CC BY-SA)

Se por um lado a variedade é grande, por outro os preços são muito altos, pelo menos se você comprar pelo valor oferecido pelos comerciantes. Enquanto em países do sudeste asiático, como Tailândia, Camboja e Vietnã, os preços oferecidos são 50% mais altos que os preços reais, na China esse valor pode chegar a 500%! Até assusta quando perguntamos how much? (quanto custa?). E os chineses são muito bons negociadores! Se você não tiver maldade, eles te levam na conversa e você ficará feliz por um desconto de 30%, quando na realidade o preço ainda está 200% maior que o valor real.

Na verdade, é difícil saber o valor real, porque um turista estrangeiro, na maioria dos países do mundo, não tem o mesmo poder de barganha que um nativo. Por isso, quando falo em “valor real” estou me referindo ao menor valor em que um comerciante venderia um produto. Falo isso embasado em minhas habilidades de barganha aprendidas nessa viagem à China e, principalmente, aprendidas em uma viagem que fiz ao Marrocos.

Entenda o contexto

Em alguns países, culturalmente, os produtos não possuem um preço pré-definido e se chega ao valor da venda através da negociação. Vários países árabes funcionam desse jeito. O Marrocos é um deles. Quando você pergunta o preço de algo, o comerciante te devolve a pergunta “quanto você paga?”, o que te deixa sem referência.

Na China é diferente, pois esse tipo de venda é comum apenas em lojas voltadas para turistas estrangeiros. Entre os chineses não é comum utilizar essa técnica de venda.

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Caso real de negociação bem sucedida

Agora, irei contar um caso real de como realizei uma compra em um mercado de Pequim. Essa foi a última compra que fiz, por isso, já estava mais malicioso na arte de negociar nos padrões chineses. Eu estava no Mercado das Pérolas (Pearl Market), um dos principais mercados de Pequim. Esse é um mercado voltado para vender para turistas. Apesar de não ser o melhor para comprar artesanato e souvenir, há boas opções e era isso que eu observava. Estava olhando as mercadorias mais por curiosidade do que com intenção de comprar realmente. Foi então que vi um xadrez no estilo chinês que me encantou! Perguntei o preço e o vendedor disse que eram ¥200. Pela minha cara ele percebeu que achei caro e perguntou quanto que eu pagaria; foi então que ofereci ¥40. Ele disse que ¥40 era muito pouco, que dava trabalho fazer aquilo, que não tinha como vender naquele preço, etc. Então me ofereceu por ¥120. Como não estava pensando em comprar, nem fiquei negociando e fui embora. Quando estava indo embora, ele me ofereceu por ¥70 e quando já tinha dado uns dez passos, gritou dizendo que faria por ¥40. Então, voltei e comprei! Foi aí que percebi que todo o resto que já havia comprado, tinha pagado caro.

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Xadrez que eu comprei, do caso relatado acima

Técnicas para comprar

  • A primeira dica é pesquisar, porque é o único jeito de você ter uma média de preços de algum produto. Entre em pelo menos três lojas e veja quanto estão cobrando por produtos semelhantes. Nos mercados, as lojinhas ficam uma ao lado da outra, não te dará muito trabalho pesquisar.
  • Na maioria das lojas que vendem para turistas, os produtos não possuem preços, então o vendedor vai falar um preço de acordo com a sua cara. Saiba que ele pedirá um preço muito superior ao que, realmente, vale. Então faça uma contra proposta de 20 a 25% do preço sugerido para começar a negociação.
  • Demonstre não possuir muito interesse no produto, pois quanto mais interessado o vendedor perceber que você está naquele objeto, menor será o desconto.
  • Estabeleça um preço e diga que não dá nada a mais. O vendedor tentará te convencer de que o produto é feito a mão, gera muito trabalho fazê-lo, que ele compra caro, que os materiais são de primeira, etc. Não caia nessa, eles dizem isso de tudo e para todos os turistas.
  • Agradeça e vá embora; o vendedor começará a gritar falando que abaixa o preço. Não ande menos do que 10 metros, pois ele poderá abaixar o preço mais de uma vez.
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Loja de rua – Foto de: Annaspies (CC BY-NC-ND)

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Foto de capa de: Bernd Thaller (CC BY-NC)

 

Como chegar em Badaling, o trecho mais turístico da Muralha da China

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A Muralha da China possui milhares de quilômetros de extensão. Entretanto, a maior parte está muito deteriorada, por isso o turismo se concentra em alguns trechos onde a muralha se manteve mais preservada. Como Pequim (Beijing) é a cidade mais turística, os trechos próximos a capital chinesa são os mais procurados pelos turistas. E Badaling é o mais famoso e turístico deles!

Para conhecer os outros trechos, escrevemos um texto exclusivo sobre essa temática: Muralha da China, trechos próximos a Pequim.

Badaling

Badaling é o principal destino de quem está em Pequim e pretende conhecer a Muralha. Esse foi o trecho que escolhi conhecer e gostei da escolha! O maior problema de Badaling é justamente derivado de sua fama. A Muralha é muito cheia nessa região! Na parte da Muralha próxima da entrada, você quase precisa desviar das pessoas para andar. Quanto mais você caminha, mais vazio vai ficando. Se você quiser alcançar uma parte vazia da Muralha, terá que andar mais de 1 Km; o que demandará um pouco de esforço, já que a Muralha fica em uma região montanhosa.

Badaling também é um dos trechos mais preservado da Muralha. Nessa parte, a Muralha está em seu formato original, por isso ela precisou ser restaurada e várias partes foram reconstruídas. Muitas pedras foram substituídas e parte do que se vê não são os materiais originais. Se você quer ver a muralha em sua essência, mesmo que em ruínas, os melhores trechos são Jinshanling e Mutianyu.

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Muralha da China em Badaling

Como chegar em Badaling

Badaling é o trecho da Muralha em que o acesso é mais fácil, fica a 75 Km de Pequim e você pode chegar de trem, ônibus ou excursão.

Excursão

A forma mais prática de chegar à Badaling é ir através de um tour. Há vários tipos de excursões a Badaling, eles incluem um guia e costuma ter um tempo livre na muralha. O tour mais procurado é o que visita Badaling e a Tumba de Ming, incluído almoço. As excursões não são caras, por isso é a escolha preferida de grande parte dos turistas estrangeiros.

Entretanto, a maioria dos turistas, nas excursões, costuma ser de chineses e eles não saõ muito educados. Por isso, para quem procura mais conforto e tranquilidade, a melhor opção são os tours privados à Muralha da China.

Trem

Se você quiser ir de trem, terá que ir a estação Beijing North Station (Pequim Norte). Esse é o modo mais barato para se chegar à Muralha e é mais confortável que o ônibus comum. A viagem dura entre 70 e 80 minutos.

O trem te deixa a 15 minutos andando da Muralha. Veja antes os horários do trem aqui, para não precisar ficar esperando muito. Talvez o maior problema seja conseguir comunicar na bilheteria para comprar os bilhetes, pois ninguém fala inglês. Mas, nada que um pouco de mímica não resolva!

Ônibus

Essa é a forma mais simples e rápida para se chegar a Badaling e foi o meio de transporte que eu utilizei. Primeiro, você terá que pegar o ônibus urbano nº 5 até Deshengmen, que é o ponto final da linha; os ônibus urbanos de Pequim custam ¥1.

Em Deshengmen há vários ônibus saindo para diversos destinos. Há uma linha específica para Badaling, a linha 877, que vai direto à Muralha sem fazer paradas. O ônibus tem ar-condicionado, todo mundo vai sentado e custa o dobro do trem.

A viagem dura entre 50 minutos e uma hora. Há ônibus partindo a cada 15 ou 20 minutos. O ônibus te deixa bem próximo a entrada da Muralha e se tiver dúvida é só seguir o fluxo!

Teleférico e Carrinho

Outro diferencial de Badaling é possuir algumas facilidades que outros trechos não possuem. Nessa parte da Muralha há corrimão e degraus nas partes mais íngremes. Entretanto, as maiores facilidades são o teleférico e o trolley (carrinho) que te levam até a Torre 8, uma parte da muralha que fica no alto da montanha. Para quem não quiser subir andando, essa pode ser uma boa opção.

Os teleféricos comportam duas pessoas e custam ¥80, ida e volta. Os trolleys são uns carrinhos parecidos com os que existem em parques de diversão, eles passam por meio das árvores e parecem ser mais divertidos; eles custam ¥60, ida e volta.

Eu não utilizei esses meios de transportes, até porque eu nem sabia que eles existiam, só descobri quando cheguei lá em cima. Apesar do preço ser um pouco salgado, pode ser uma boa opção para você não passar pela parte mais cheia da Muralha e usar sua energia para desbravar outras partes da Muralha. Mas, tenha ciência que pode haver uma grande fila para pegar esses transportes!

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Teleférico de Badaling – Foto de: Allan Watt (CC BY-NC)
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Trolley de Badaling – Foto de: Christopher (CC BY)

Bandeira do Brasil

A Muralha da China é um interessante lugar para tirar uma foto com a bandeira do Brasil. Por isso, levei minha bandeira na mochila e no trecho mais alto eu a abri para tirar as fotos. Enquanto eu as tirava, um chinês pediu para tirar uma foto apontando para nós. Como ele não falava inglês e estava acontecendo a Copa do Mundo no Brasil (Julho/2014), pensei que ele queria tirar uma foto com a bandeira. Mas, para minha surpresa ele queria que eu e minha namorada também aparecêssemos na foto. Depois dele, várias outros chineses também quiseram tirar fotos com a bandeira brasileira. Foram mais de dez fotos! Eu, inclusive, tive que guardar a bandeira, senão não iríamos sair dali. Encarei isso como uma admiração ao Brasil. Achamos bem legal!

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Preço da entrada em Badaling

A entrada em Badaling custa ¥45 entre Abril e Outubro e ¥40 entre Novembro e Março.

 Dicas

  • Chegar bem cedo lhe ajuda a pegar a Muralha mais vazia, já que grande parte de quem vai a Bandaling chega em excursões no meio da manhã. O final do dia é outro horário mais vazio.
  • Os turistas estrangeiros são a minoria dos visitantes não só da Muralha, como de todos os pontos turísticos de Pequim. Segundo minha observação menos de 10% dos turistas em Badaling eram estrangeiros. Por isso, os vendedores, normalmente, não falam inglês.
  • Comer em Badaling não é caro, há várias lojas e lanchonetes na parte de fora com bons preços. O único problema é que são comidas chinesas e como não há nada escrito em inglês, você terá que comprar para descobri o que é. Se não quiser arriscar, compre algo simples. Eu comi um milho verde cozido, que apesar de não ter sal, estava bom!
Muralha vista da torre mais alta de Badaling
Muralha vista da torre mais alta de Badaling

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Hospedagem na Cidade do México: Hostel Mundo Joven Catedral

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A minha dica de hospedagem na Cidade do México é para quem procura uma acomodação econômica no Centro Histórico. Me hospedei no Hostel Mundo Joven Catedral a convite do hostel. Para quem não sabe o que é um hostel, veja a matéria O que é um hostel?. O nome desse hostel é devido a sua localização. Ele fica atrás da Catedral Metropolitana, um local privilegiado, já que a Catedral fica na Praça Zócalo, o coração do centro histórico.

Se você quiser saber sobre qual o bairro da Cidade do México combina mais com você, leia o post Onde ficar na Cidade do México, veja os melhores bairros.

 

A Catedral vista da janela do nosso quarto
A Catedral vista da janela do nosso quarto
Fachada do Hostel - Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven
Fachada do Hostel – Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven

O hostel fica em um prédio histórico, estilo colonial e no seu último andar há um bar muito agradável com uma vista linda para a Catedral! O bar é restrito aos hóspedes e é um bom lugar para interagir com outros viajantes. Suas bebidas são baratas, comparadas com outros bares da cidade.

Bar no último andar do hostel - Foto: Divulgação Hostel Catedral
Bar no último andar do hostel – Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven

Logo na entrada do hostel há uma frase que resume bem o que é um hostel “It’s like a hotel but a little bit more spicy“, traduzindo para o português “É como um hotel, mas um pouco mais apimentado”. O Hostel Mundo Joven possui recepção 24 horas, wi-fi e também computadores com acesso a internet gratuitos, local para depósito de malas, cozinha para uso dos hóspedes, lavanderia e sala de TV. O hostel oferece algumas atividades para interagir os hóspedes como aulas para preparar algum prato mexicano e noite da tequila. Eu não cheguei a participar dessas atividades, mas dizem que algumas são bem interessantes!

Como todo hostel, possui quartos privados e compartilhados. Fiquei tanto no quarto privado, quanto no compartilhado, e os dois me pareceram bons. Inclusive, os quartos compartilhados me surpreenderam, pois possuem lockers (armários) individuais, luzes para leitura em cima de cada cama, chuveiro e toalete separados, uma pia do lado de fora do banheiro e estava tudo muito limpo!

Quarto compartilhado - Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven
Quarto compartilhado – Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven
Quarto privado - Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven
Quarto privado – Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven

O café da manhã está incluído na diária e é servido no bar. No café da manhã há pão, ovos mexidos, geleia, frutas, café, suco e iogurte. O café da manhã é simples, mas para um hostel está acima do padrão. Eu já fiquei em um hostel em Viena que o café da manhã era só café, pão de forma, geleia e manteiga.

Para saber os preços das diárias e fazer reserva clique aqui.

Para mais opções de hospedagem na Cidade do México clique aqui.

Pontos Fortes

A localização é o ponto mais forte do hostel. É incrível!

Os funcionários são atenciosos.

A relação custo-benefício é muito boa!

Pontos Fracos

O Centro Histórico não é apropriado para andar a pé a noite.

Alguns quartos privados são pequenos, principalmente os que não tem banheiro (os que não são suítes).

Há quem considere o hostel barulhento em algumas noites. Eu não achei, mas há quem critique isso.

Átrio interno do edifício - Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven
Átrio interno do edifício – Foto: Divulgação Hostel Mundo Joven

Dicas

  • O Hostel Mundo Joven Catedral é conveniado ao HiHostel, por isso se você tiver a carteirinha do Hostelling International, os preços dos quartos ficam mais baratos. O quarto compartilhado, por exemplo, passa de 200 Pesos para 170 Pesos para quem tem a carteirinha. No próprio hostel, eles fazem a carteirinha; então, dependendo da quantidade de dias que for se hospedar, vale a pena fazer.
  • Ficando 4 noites no hostel, você ganha uma de graça. Mas, isso é válido apenas para os quartos compartilhados.
  • Próximo ao hostel, na Rua Tacauba há a padaria La Vasconia. A padaria é famosa por seus doces e bolos que impressionam pela beleza e  os preços são muito convidativos!
Alguns dos Doces da Padaria La Vasconia.
Alguns dos Doces da Padaria La Vasconia.

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Muralha da China, trechos próximos a Pequim

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A Muralha da China é um dos pontos turísticos mais famosos da Ásia. A Muralha, que possui oito mil quilômetros de extensão, também é conhecida como a Grande Muralha da China devido a sua extraordinária dimensão. O monumento foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1986.

Mas, o que tornou a construção mais famosa foi ser considerada uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo Moderno. A eleição para as Novas Maravilhas ocorreram em 2007 e a Muralha da China foi o monumento mais votado! A construção dessa grande obra militar levou vários séculos e possui muita história.

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História da Muralha da China

A Muralha da China começou a ser construída no século III a.C. para proteção dos chineses contra invasões vindas do norte. Nessa mesma época, a China se transformou em um império, pois o Rei Qin Shihuang conseguiu unificar sete reinos e se tornou o primeiro imperador da China, dando início à dinastia Chin. Ele então começou a unificar a muralha, que estava sendo construída por vários reinos. Durante seu império, acredita-se que já havia três mil quilômetros da muralha.

Nas dinastias seguintes, a muralha foi sendo ampliada, até chegar ao seu esplendor durante a dinastia Ming, no século XV. Nessa época, a muralha ganhou o atual formato e chegou a possuir cerca de sete mil quilômetros de extensão.

Uma construção dessa magnitude demandou muita mão de obra, foram cerca de um milhão de trabalhadores. Muitos deles morreram durante a construção, devido a falta de segurança, frio e má alimentação. Entre os trabalhadores haviam soldados e prisioneiros, mas a maioria era composta por camponeses.

Apesar da proteção dessa obra gigantesca, ela não impediu que Mongóis e Hunos entrassem no território chinês, como em 1211 quando Gêngis Khan invadiu a China. Em 1664, com a expansão chinesa em direção ao norte, a muralha perdeu a sua utilidade. Em 1677, o imperador Kangxi colocou fim à longa saga de construções e reformas da muralha e ela ficou abandonada.

Apenas na década de 1980, o governo chinês incentivou a manutenção e restauração da muralha, como um símbolo nacional. Entretanto, alguns trechos foram reconstruídos utilizando-se materiais modernos, o que modificou o projeto original e gerou crítica de especialistas.

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A grande muralha da China – Foto de: Jonathan Corbet (CC BY-SA)

Muralha da China ATUAL

A Muralha da China possui hoje 8.850 quilômetros, segundo o governo chinês, que fez o cálculo com a ajuda de GPS. Porém, acredita-se que dois terços desse total estejam em ruínas.

A muralha localiza-se no norte da China, atravessa nove províncias e o deserto de Gobi. Como a muralha é muito extensa, os materiais utilizados para a construção variam de acordo com cada região, mas as medidas não variam tanto.

A muralha possui em média oito metros de altura e seis de largura. O mais interessante na muralha são as torres de observação, que serviam para depositar mantimentos e abrigavam até 50 militares. A distância entre elas variavam, mas todas estão em locais de boa visibilidade do território, ou seja, belas vistas.

Turismo na muralha

A Muralha é o principal símbolo do turismo da China e parada obrigatória para quem visita o país. Foi o ponto turístico que eu mais gostei na China, mais até que a Cidade Proibida que era o lugar que tinha mais desejo em conhecer!

A Muralha da China é bem extensa, entretanto, o turismo se concentra em alguns poucos trechos, onde ela se encontra mais bem conservada. Como Beijing (Pequim) é a cidade mais turística do país e porta de entrada da China, grande parte dos turistas visita os trechos da muralha que passam perto de Pequim. Os dois principais são Badaling e Jinshanling.

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Parte alta da muralha em Badaling

Muralha da China trechos próximos à Pequim

Badaling, o mais próximo de Pequim

Esse é o trecho da muralha mais perto de Pequim, a 75 Km da cidade. Também é o trecho mais bem conservado, por isso é a parte mais cheia. E bota cheia nisso! É impossível tirar uma foto, sem aparecer ninguém ao fundo!

A região também é bonita. As muralhas ficam numa área montanhosa cercada de florestas, o que deixa o cenário muito interessante.

Esse foi o trecho que decidi visitar e, apesar de cheio, gostei da escolha! Badaling é o trecho que possui mais infraestrutura, como corrimão e degraus nas partes mais íngremes. E ainda, existe um teleférico para quem não quiser subir andando até o ponto mais alto da muralha.

Há excursões para a muralha, tanto tours em grupo, quanto excursão privada. Todavia é possível chegar de transporte público. Para saber mais, veja o texto Como chegar em Badaling, o trecho mais turístico da Muralha da China.

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Muralha da China em Badaling

Jinshanling, trecho de 6 km por ruínas

Esse trecho fica a 140 Km de Pequim e é menos conservado; algumas partes possuem aspecto de ruínas. Por ser mais distante e menos conservado que Badaling é também masi vazio, o que é uma vantagem!

Além disso, há trechos mais difíceis de percorrer, pois são muito íngremes e não possuem corrimão ou outras facilidades que estão presentes em Badaling. Por isso, esse trecho é buscado por quem quer conhecer a muralha com uma dose de aventura.

Devido à distância e dificuldade de caminhar nessa parte da muralha, o ideal é visitar em um tour com guia. O trajeto percorrido na muralha de Jinshanling a Simatai West é de 6 km, dura entre 3 e 3h30min e é de dificuldade média.

Como o local fica distante de Pequim, o trajeto no ônibus é longo cerca de 2 horas e meia. A Get Your Guide oferece algumas opções em grupo e privado.

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Trecho da Muralha em Jinshanling – Foto de: Miran Rijavec (CC BY)

Jiankou, 10 km de caminhada pela muralha

Outro trecho que também é procurado por turistas, é o trecho da muralha em Jiankou, que fica a 97 Km de Pequim. O diferencial dessa parte é que a muralha passa pelo cume de um monte bem íngreme. Nessa parte, a muralha é ainda menos preservada que em Jinshanling.

O percurso pela muralha de de Jiankou e vai até Mutianyu é de 10 km e dura cerca de 5 horas. Nesse trecho a caminhada é ainda mais pesada que em Jinshanling. A duração do percurso varia entre 4 e 5 horas de caminhada.

Jiankou possui um aspecto mais rústico, há inclusive arbustos que cresceram em algumas partes da muralha. Já em Mutianyu a muralha se encontra bem preservada, quase tanto quanto em Badaling.

Para ver opções de tours à Mutianyu acesse aqui.

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Muralha em Jiankou – Foto de: Taso Viglas (CC BY)

Mutianyu e túmulos da dinastia Ming

Outro trecho muito visitado da muralha é em Mutianyu, a 76 km de Pequim. Esse trecho está bem conservado como Badaling, possui 23 torres de observação e também não é difícil de visitar.

Esse trecho é procurado porque é possível conjugá-lo com os túmulos da dinastia Ming. Esses túmulos não é uma atração incrível, mas quem quer conjugar a muralha à outra atração turística, é uma opção. Veja aqui o tour a Mutianyu e túmulos da dinastia Ming.

Excursões à Muralha da China

As excursões saem bem mais caras do que se você for conta própria. Por isso, essa não é a opção para quem busca economia. A vantagem dessas excursões é que o ônibus te deixa em um ponto, você vai andando e o ônibus te pega em outra parte da Muralha.

Por isso, outra dica é que não vale a pena você pegar uma excursão para ir a Badaling, pois como o ônibus te leva e te busca no mesmo ponto, o único diferencial da excursão seria o guia, no mais você fará as mesmas coisas se for por conta própria.

Para ver as excursões à Muralha da China da Get Your Guide clique aqui. Já para ver todas as opções de passeios em Pequim da Civitatis acesse aqui.

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Trecho da Muralha entre Jinshanling e Simatai – Foto de: Miran Rijavec

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A arte da pechincha, como comprar barato na China

Foto de capa de:  Bernard Goldbach / Flickr (CC BY)

Quantos dias ficar em Buenos Aires? Roteiro de 3 a 7 dias

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Quantos dias ficar em cada cidade é sempre uma pergunta difícil de ser respondida, já que depende do que se pretende visitar e do ritmo de cada um. Entretanto, essa é uma informação de suma importância para se planejar uma viagem.

Buenos Aires, além de ser a capital da Argentina, também é o centro financeiro e o principal destino turístico do país, por isso há muito o que se ver. E além da própria capital, também há algumas cidadezinhas próximas interessantes. Por isso, é possível ficar uma semana em Buenos Aires, pois haverá coisas interessantes para fazer. Entretanto, se quiser ver apenas o principal, em três dias ou até em dois é possível.

Leia também: Onde ficar em Buenos Aires: no centro ou nos bairros?

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Casa Rosada

Quantos dias ficar em Buenos Aires?

Vamos começar pelo principal! O centro histórico de Buenos Aires é a região mais turística! Nessa parte da cidade fica a maioria dos hotéis e também vários pontos turísticos da capital. Casa Rosada, Museu Casa Rosada, Catedral Metropolitana, Praça de Maio, Obelisco, Teatro Colón, Rua Florida. Todos esses pontos turísticos ficam próximos, apenas o Obelisco e o Teatro Colón ficam um pouco mais distantes, mas mesmo assim é possível ir andando a todos esses locais. Um dia é suficiente para você conhecer todo o centro histórico, porém se estiver com pouco tempo, em meio dia é possível percorrer os principais lugares.

Outra região da cidade bem turística é o requintado Bairro da Recoleta. Nesse bairro localiza-se o Cemitério de mesmo nome, o Museu Nacional de Belas Artes, a Floralis Generalis (a gigantesca flor de metal) e a Faculdade de Direito. Em meio dia é possível conhecer esses locais; apenas o Museu leva-se um tempo maior para visitar. Com um dia consegue visitar com calma todas essas atrações!

Também é parada obrigatória o Caminito, que são algumas ruas coloridas no bairro de La Boca. É possível estender o passeio até o estádio de futebol La Bombonera, que fica a alguns quarteirões do Caminito. O Caminito é bem pequeno, por isso se não for fazer a visita guiada ao estádio, em duas horas você conhece o local!

Para os fãs do futebol, é possível fazer uma excursão visitando os 2 principais estádios da cidade: La Bombonera do do Boca Juniors e El Monumental do River Plate.

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Indepedente de quantos dias ficar em Buenos Aires, o Caminito é um dos locais a serem visitados

Outros dois locais turísticos, possíveis de se visitar no mesmo dia, são os Bosques de Palermo, que ficam no bairro homônimo e o Bairro de Puerto Madero, que é o antigo porto da cidade que foi revitalizado. Não há muito o que ver nesses dois locais, então se apressar o passo é possível ir a esses dois locais em meio-dia.

Se quiser sair de Buenos Aires, as duas cidades mais visitas são Tigre e Colonia del Sacramento. Luján, onde havia um zoológico, em que era possível entrar nas jaulas de leões e tigres, era um dos locais mais visitados. Entretanto, devido as críticas de maus tratos, o zoo foi fechado em 2020 e Luján deixou de ser um destino visitado.

A cidade mais visitada é Tigre que fica 33 Km de Buenos Aires. Tigre é famosa pelo passeio de barco no delta do Rio Paraná e a cidade também possui um cassino.

Colonia del Sacramento é uma cidade histórica no Uruguai. O local é um bom destino para se passar o dia ou até mesmo dormir e voltar no dia seguinte pela manhã. A cidade fica a uma hora de barco de Buenos Aires e é uma boa dica de destino próximo da capital argentina. Veja aqui sobre a excursão de barco de um dia à Colonia. Já para saber as atrações turísticas e dicas da cidade, leia o post Colônia do Sacramento a pequena e interessante cidade uruguaia.

Dicas de Roteiro em Buenos Aires

Roteiro de 3 dias em Buenos Aires

O roteiro de 3 dias é um roteiro mais enxuto. Não é possível conhecer tudo, mas já dá para conhecer o principal da cidade. Ideal para quem quer aproveitar um feriado ou até mesmo um final de semana na Argentina.

1º dia

Conheça o centro histórico da cidade, aproveite para trocar dinheiro no câmbio paralelo na Rua Florida. Como a Casa Rosada só abre aos finais de semana e feriados, você pode deixar para conhecer o centro no dia em que for à Casa Rosada. No centro histórico há muito o que ver, por isso é possível passar todo o dia por lá.

San Telmo fica próximo ao centro, então esse dia também pode ser usado para conhecer o bairro e tirar uma foto ao lado da escultura da Mafalda. Aproveite esse dia para fechar o show de Tango ou o passeio a Luján nas agências de turismo, caso você não tenha comprado com antecedência.

2º dia

Pela manhã vá aos Bosques de Palermo, os bosques são grandes, mas a parte mais interessante é pequena. Em Palermo ainda há um zoológico e o Museu Evita. Pela tarde é possível ir ao Bairro La Boca. O que gastará mais tempo é se você fizer a visita guiada ao estádio La Bombonera. Se deseja ir a um show de tango, a segunda noite é um bom momento; para saber mais veja o post Como escolher o show de Tango.

3º dia

Você pode ir à Recoleta; comece pelo Cemitério, depois vá ao Museu Nacional de Belas Artes, passe pela Faculdade de Direito e chegue até a Floralis Generalis. O único lugar que se possa gastar mais tempo é no Museu, nos outros, não há muito o que ver. Pode-se gastar a manhã e um pedaço da tarde no bairro da Recoleta e depois ir ao Puerto Madero. O antigo porto possui uma fragata que pode ser visitada e além de andar pelos diques não há muito o que fazer. Você pode aproveitar para jantar em Puerto Madero, há muitos restaurantes bons, mas eles são caros!

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Puerto Madero – Foto de: alq666 (CC BY-SA)

Roteiro de 5 dias em Buenos Aires

O roteiro de 5 dias lhe permitirá conhecer melhor algumas localidades, além de poder sair de Buenos Aires. Você pode fazer esse mesmo roteiro de 3 dias acrescentando alguns locais.

4º dia

Aos domingos há a Feira de San Telmo, que é um bom lugar para comprar souvenirs e lembrancinhas, então você pode deixar para conhecer o bairro no dia em que for a feira. Deixe a manhã de domingo para isso e aproveite a tarde para conhecer mais o centro, fazer compras e ainda dá tempo de ir a Livraria El Ateneo, uma das mais bonitas do mundo.

5º dia

Você pode usar um dia para conhecer algo fora de Buenos Aires. Um dos locais mais procurados por turistas é Colonia del Sacramento, no Uruguai. Esse será um passeio que durará o dia inteiro e pode ser feito de excursão. Coloquei esse passeio como 5º dia, mas é melhor que não seja o último dia da sua viagem. Deixe para visitar algo mais próximo no último dia.

Roteiro de 7 dias em Buenos Aires

O roteiro de 7 dias lhe permitirá conhecer atrações fora de Buenos Aires. Além de Colonia del Sacramento, é possível ir um dia a cidade de Tigre e fazer o passeio de barco no delta do Rio Paraná.

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Foto de capa da Avenida 9 de Julho - Foto de: Nestor Galina (CC BY)

Existe fast foods em países comunistas?

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Uma curiosidade de muitas pessoas é saber quais as diferenças práticas que podemos encontrar ao viajarmos a um país comunista. E saber se há fast foods, apesar de ser uma bobeira perto de outros aspectos desses países, não deixa de ser uma curiosidade de muita gente! Então vamos lá, começando por falar quais os países adeptos dessa ideologia.

Países Comunistas

O comunismo é uma ideologia política que tem como seu principal mentor Karl Marx. Apesar dos especialistas dizerem que nenhum país conseguiu alcançar o comunismo de fato, alguns países são comumente chamados de comunistas, como China e Cuba. Essa lista varia, mas a mais comum é a que diz que hoje há cinco países comunistas no mundo: China, Coreia do Norte, Cuba, Laos e Vietnã. Desses cinco países, quatro ficam na Ásia. E, apesar da proximidade, eles possuem muitas diferenças políticas e econômicas. Eu conheci apenas dois desses países: China e Vietnã. Mas, eu pesquisei sobre os outros e agora irei contar para vocês!

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Foto de: Mark Surman (CC BY)

Fast food

Fast food é uma palavra inglesa que significa comida rápida. Fast food, na verdade, se refere a refeições que podem ser preparadas e servidas em um pequeno intervalo de tempo. Isso inclui vários tipos de lanchonetes. Mas, nessa matéria quando falo em fast food estou me referindo as redes internacionais de alimentação tais como: McDonald’s, Subway, Burguer King, Pizza Hut, etc.

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Foto de: Ebru (CC BY)

China

A China é a segunda maior economia do mundo. O país que diz possuir um “comunismo de mercado”, se abriu para a economia do mundo. Isso inclui fast foods! Há vários deles nas principais cidades do país. E não podemos dizer que esses restaurantes são uma novidade. O primeiro fast food a se instalar na China foi o KFC em 1987. A rede que vende frangos fritos não é muito popular no Brasil, mas na China, até hoje, é o fast food mais popular do país.

O McDonald’s não ficou para trás e foi o segundo a abrir as portas no país asiático. O McDonald’s chinês possui diferenças em relação ao brasileiro, como hambúrgueres com molho de pimenta. Mas, a maior diferença é o sorvete; ao contrário do Brasil em que o sorvete é de baunilha e/ou chocolate,  na China é baunilha e chá verde. Apesar da cor interessante, o gosto é péssimo! Não foi possível dar mais do que uma colherada.

Na China também podemos encontrar Subway e Pizza Hut. Além desses, há muitos fast foods chineses, tanto de comida local quanto imitando os fast foods ocidentais; eles são mais baratos e não são ruins. Um exemplo é o Mr Lee, só vende comida chinesa, que é completamente diferente da comida chinesa que comemos no Brasil. Apesar de ter cardápio em inglês, você vai acabar escolhendo pelas fotos.

Leia também: Pequim, a fascinante cidade que é o coração da China

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Mc Donalds e KFC na China – Foto de: Sara Yeomans (CC BY)

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Sorvete de Chá Verde do McDonalds

Vietnã

O Vietnã segue o modelo de “comunismo de mercado” da China. Apesar do país ter se aberto a várias grifes caras de roupa como Louis Vuitton e Chanel, o mesmo não aconteceu com os fast foods. Não há McDonald’s e Burguer King no país. Mas, isso não quer dizer que não haja fast foods de hambúrgueres. O fast food mais popular no país é o Lotteria, da Coreia do Sul. O Lotteria vende hambúrguer, batata frita, frango frito e refrigerante. Eu comi uma vez e achei o hambúrguer regular, não chega a ser muito saboroso, mas também não é ruim.

Em relação a fast foods ocidentais há KFC, Pizza Hut e Subway. O KFC é o que possui mais unidades. A Pizza Hut também está em várias cidades do país. Já o Subway possui apenas uma loja na cidade de Ho Chi Minh.

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KFC do Vietnã – Foto de: Christopher (CC BY)

Laos

O Laos é localizado a oeste do Vietnã, porém é um país bem mais pobre e menos turístico que o vizinho. O país é destino, principalmente, de mochileiros e o principal destino é a cidade de Luang Prabang. Segundo relatos que li, o Laos não possui fast foods. O país ainda é muito fechado, apesar de estar se abrindo aos turistas. A oferta de hotéis e restaurantes não é grande, mas o povo tem fama de ser o mais feliz e simpático do sudeste asiático.

Coreia do Norte

A Coreia do Norte é o país mais fechado do mundo. Quem visita o país não pode andar livremente pela rua, sempre vai acompanhado do guia da agência de viagens e um guia local. Veja matéria do O Globo – Uma brecha no país mais fechado do mundo . Por isso, você não terá muitas opções de lugar para comer. Fast food nem pensar! Até restaurantes que façam comidas ocidentais não são muito comuns.

Cuba

Cuba é o país comunista mais perto do Brasil. A ilha do Caribe não possui fast foods, mas hoje já possui restaurantes privados. Entretanto, dizem que comer em restaurantes estatais é uma experiência muito interessante e barata! O país já possui vários hotéis de redes internacionais e resorts. Com a reaproximação com os Estados Unidos, não imagino que irá demorar para que os fast foods americanos invadam a ilha caribenha.

Culinária local

Se você for viajar para países comunistas ou qualquer outro país do mundo, a dica é aproveitar a culinária local! Uma das vantagens de se viajar é poder apreciar a comida típica de um lugar; principalmente, se você estiver em países em desenvolvimento, pois o preço do fast food será o mesmo de uma boa refeição! Deixe o fast food para quando você cansar da culinária local, porque se sua viagem for longa, mais cedo ou mais tarde, isso irá acontecer!

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Prato vietnamita, eu provei desse prato e ele é, realmente, delicioso!

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Imagem de capa do artista Banksy - Foto de: Lord Jim (CC BY)

Phnom Penh, a cidade de contrastes

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Phnom Penh, essa palavra de grafia difícil e de fácil pronúncia (pronuncia-se Nón Pén) é o nome da capital do Camboja. Phnom Penh não é uma cidade muito conhecida, nem grande destino de turistas, mas é justamente seu lado exótico que faz dela um destino interessante!

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Foto de: Ariel Leuenberger (CC BY)

Camboja

O Camboja em si, já é um lugar exótico. Na verdade, para nós ocidentais, todo o sudeste asiático é exótico. Entretanto, o Camboja pode ser considerado ainda mais! Um dos motivos foi que o desenvolvimento chegou mais tardio a esse país. O resultado disso foi que o país manteve suas tradições e caminha a passos mais lentos em direção a ocidentalização. Um simples exemplo é a ausência de fast foods. Eu andei bastante em Phnom Penh e não vi em nenhum lugar fast food ocidental. Há outros países ainda menos ocidentalizados que o Camboja, como o Laos e o Myanmar, porém esses dois países não são tão abertos a receberem turistas e possuem pouca infraestrutura. Por isso, para um viajante mais “conservador” o Camboja é uma ótima dica de país exótico no sudeste asiático.

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Monges em Angkor Wat – Foto de: Brian Jeffery Beggerly

O Camboja, pode-se dizer, é um pacato país. Sua maior cidade é a capital Phnom Penh, que apesar de possuir 1,5 milhão de habitantes, possui ares de cidade do interior. Em comparação à Tailândia e ao Vietnã, o Camboja é um lugar tranquilo, onde as ruas possuem menos fluxo de automóveis e os habitantes são mais calmos. Entretanto, assim como em todas as grandes cidades do sudeste asiático, Phnom Penh também é caótica.

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Mercado Central de Phnom Penh – Foto de: Christopher (CC BY)

Modernidade e tradição

Phnom Penh é um misto de modernidade e tradição. A cidade já possui arranha-céus e avenidas largas, porém não tem cara de metrópole. Seus típicos mercados que vendem produtos agropecuários e artesanatos parecem que pararam no tempo. O Mercado Russo é um dos mais turísticos. É um lugar onde se encontram vários tipos de produtos: carnes, peixes, frutas, verduras, roupas, artesanatos e muito mais. Para os mais corajosos é possível almoçar em quiosques que vendem comida típica e barata. Entretanto, o mercado não se resume a sua estrutura física. Em seus arredores, vendedores expõem suas mercadorias em carrinhos de madeira e no chão em plena rua. Enquanto se caminha, é necessário prestar atenção no trânsito, para não ser atropelado por alguma moto ou carro. É algo meio caótico para nossos padrões!

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Arredores do Mercado Russo

Phnom Penh é cortada pelo Rio Mekong, um rio bem largo que deságua no Vietnã. Na região do centro histórico há um calçadão muito agradável ao lado do rio. Pessoas andam tranquilamente, crianças brincam e idosos fazem tai chi chuen na beira do rio. Porém, a dois quarteirões do rio há ruas que são impossíveis de se caminhar pela calçada. Ambulantes tomam conta do espaço e os pedestres precisam caminhar na rua em meio aos carros. São os contrastes da cidade.

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Calçadão as margens do rio Mekong – Foto de: EyeofJ (CC BY-ND)

Palácio Real do Camboja

A maior atração turística da cidade é o Palácio Real. O palácio, que ainda hoje serve de residência para o rei, foi construído em 1860. O complexo é grande e o turista pode visitar grande parte dele. O lugar é muito interessante e os prédios se mantêm preservados e os jardins bem cuidados. A Sala do Trono é o principal prédio, pois é o local onde o rei recebe seus conselheiros e realiza cerimônias religiosas e reais. Outro lugar de destaque é a Pagoda Prateada que é um templo budista dentro do palácio. Possui uma parte do chão de prata e um Buda adornado com 2 mil diamantes. O Palácio abre diariamente das 8:00 às 17:00 horas. Para os padrões de Phnom Penh é uma atração turística cara, US$6,50, mas vale a pena! Entretanto, se você já tiver visitado o Grande Palácio Real de Bangkok não achará tanta graça, pois o palácio tailandês é mais grandioso e imponente que o do Camboja.

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Sala do Trono – Palácio Real do Camboja

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Pagoda Prateada

Wat Phnom

Wat significa templo e essa palavra é utilizada em vários países budistas do sudeste da Ásia. O Wat Phnom é um antigo templo de Phnom Penh que já foi reconstruído várias vezes. A primeira construção foi em 1373 e a versão atual é de 1926. O templo fica em cima da única colina da cidade, mas não vá achando que encontrará uma boa vista, pois a colina mede míseros 27 metros. O templo não chega a ser uma obra-prima, mas não deixa de ser interessante. A entrada custa US$1 e o interessante é que só há a bilheteria, não há ninguém para recolher os ingressos na entrada do templo.

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Museu do Genocídio Tuol Sleng (S-21)

Essa é a atração para quem tem o estômago forte! Durante os anos em que o grupo comunista Khmer Vermelho assumiu o poder no Camboja, de 1975 a 1979, existiu muita perseguição e massacre de opositores. Uma escola de ensino médio foi transformada na Unidade de Aprisionamento e Interrogatório S-21 ou Tuol Sleng, que em Khmer significa “Montanha das Árvores Venenosas”. A escola além de ser transformada em prisão, algumas salas de aula eram subdivididas em mini-celas, também foi um centro de interrogatório e tortura. Poucas pessoas que passaram por lá sobreviveram. Não foi um lugar que eu gostei, pois a visita é “bem pesada”. Mas, não deixa de ser interessante. O ingresso custa US$2.

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Um dos prédios do colégio que foi transformado no Tuol Sleng

Campos de Extermínio Choeung Ek

O Choeung Ek é um local que complementa a história do S-21. Depois de passar pelo S-21, muitas pessoas eram levadas a campos de extermínio. Choeung Ek é o mais perto de Phnom Penh, fica a 17 km da capital. Lá as pessoas eram executadas e enterradas. Estima-se que 15 mil pessoas passaram por lá. Eu não cheguei a ir em Choeung Ek, pois já não havia gostado de conhecer o S-21 e dizem que no campo de extermínio a visita é ainda mais pesada. O jeito mais comum de chegar em Choeung Ek é indo de tuk-tuk. E todos os motoristas de tuk-tuk te recomendam a visita, pois o local é longe e eles irão ganhar mais que fazendo um trajeto dentro da própria cidade! Essa é uma visita mais cara, o ingresso custa US$6 e inclui um áudio guia. Tanto o S-21 quanto o Choeung Ek funcionam diariamente das 7:00 às 17:30 horas.

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Foto de: Shankar S. (CC BY)

Alimentação

Como já havia dito, não há fast foods em Phnom Penh. Na maioria dos restaurantes você encontrará comida local. Pratos com arroz ou macarrão misturados com carnes são os mais comuns. Porém, o que achei mais interessante foi a praça de alimentação do shopping. Há um shopping na cidade, que fica ao lado do Mercado Central, perto do Wat Phnom. Sua praça de alimentação é bem diferente das praças de alimentação que conhecemos. Não há grandes restaurantes e em nenhum deles vendem hambúrgueres, pizzas ou lasanhas. Todos os restaurantes são bem pequenos e vendem vários tipos de comidas locais. Você não paga diretamente no restaurante, precisa comprar uma fichinha que é trocada pela comida. É um sistema parecido com barraquinhas em festa junina. E a refeição é bem mais barata que no centro histórico.

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Praça de alimentação do shopping de Phnom Penh – Foto de: Axel Drainville (CC BY-NC)

Mas, se você acha que por causa disso, esse é um local desorganizado, você está muito enganado! O local é bem limpo e tem suas regras: não se pode tirar foto, nem levar alguns objetos inusitados, como pode ser visto pela imagem abaixo. Phnom Penh é mesmo um lugar diferente!

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Placa na praça de alimentação do Shopping, abaixo caixas que vendem as fichas – Foto de: Daniel Miranda

Para encontrar hotéis em Phnom Penh clique aqui.

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Vale a pena visitar o Camboja?

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[Atualizado em 31/10/2018] Você com certeza já ouviu falar nesse país, mas talvez não saiba muito sobre ele. O Camboja é um pequeno país do sudeste asiático, que faz fronteira com a Tailândia, o Laos e o Vietnã. Apesar de desconhecido por muitos, o Camboja é um destino turístico em ascensão no sudeste asiático. Na última década, o turismo cresceu consideravelmente e é hoje a segunda maior atividade econômica do país, ficando atrás apenas da indústria têxtil.

Quem vê a tranquilidade e simplicidade das ruas da capital Phnom Penh, não imagina que há poucas décadas a realidade era bem diferente!

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Calçadão à beira-rio em Phnom Penh. Foto de: Michael Coghlan (CC BY-SA)

História

A história antiga do Camboja é muito rica. A região já era habitada há mais de dois milênios. A primeira civilização a se estabelecer na região foi o Reino de Funan no século I, depois veio o Reino Chenla. Mas, nenhuma civilização foi mais grandiosa que o Império Khmer. Esse Império floresceu entre os séculos IX e XV e teve grande importância para toda a região. O Império dominou o que é hoje o Camboja, parte do Vietnã, Laos, Myanmar e Tailândia. Sua capital Angkor foi por vários séculos a maior cidade do mundo. Muitos historiadores acreditam que ela só deixou de ser a maior cidade, depois da revolução industrial. E em uma cidade de tamanha importância o que não faltavam eram templos e palácios. Muitas das construções, que eram feitas de pedras, sobreviveram até os dias de hoje e encantam os turistas.

No século XIX, o Camboja sucumbiu ao domínio francês e passou a fazer parte da Indochina Francesa. Em 1953, o Camboja declarou sua independência. Posteriormente, a Guerra do Vietnã se estendeu ao Camboja e resultou na tomada de poder pelo grupo comunista Khmer Vermelho, que ficou apenas cinco anos no poder. Depois de décadas de conflitos internos e externos, o Camboja reencontrou a paz na década de 1990 e é atualmente uma monarquia parlamentarista.

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Angkor – Foto de: Jerome Yewdalll (CC BY)

O que o Camboja tem de especial?

Podemos dizer que o Camboja é um destino exótico! Quem conhece o sudeste asiático sabe que sua cultura é bem diferente da ocidental, o que cativa os turistas! Entretanto, em um mundo globalizado, cada vez mais as diferenças tendem a diminuir; já que as franquias de roupas e alimentação se espalham pelo mundo e os hábitos de consumo tendem a se uniformizar. Porém, o Camboja se manteve por mais tempo isolado do mundo, o que preservou sua cultura. Até hoje o país não possui redes de fast food ocidentais. O que pode ser um incômodo para alguns é uma oportunidade de viver uma nova experiência.

Esse lado mais tradicional é algo muito interessante do Camboja, porém seu maior trunfo é um ponto turístico muito especial!

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Motorista de tuk-tuk em Phnom Penh – Foto de: Ariel Leuenberger (CC BY)

Turismo

Apesar do turismo do Camboja ter crescido consideravelmente nas últimas décadas, grande parte dele se restringe a um único lugar: Siem Reap. A cidade, que fica ao lado das ruínas de Angkor, é a maior atração turística do país e concentra mais da metade do turismo. Siem Reap é uma cidade de 140 mil habitantes, com arquitetura preservada e cheia de bares e restaurantes. A cidade tem fama de ser a cidade mais limpa e organizada do país, mas não é por causa da cidade que os turistas desembarcam lá e sim por causa de Angkor. A antiga capital do Império Khmer é uma joia arqueológica mundial. A cidade que começou a ser construída no século IX, chegou a ser a maior do mundo por alguns séculos e possui vários templos e palácios. As construções eram feitas de pedras e possuem diferentes níveis de conservação. Os templos são bem interessantes, mas nada se comparara a Angkor Wat, o maior templo da cidade e é o que se encontra mais preservado. Angkor Wat é o ápice da arquitetura Khmer. Construído no século XII, o templo é rodeado por um lago artificial e possui cinco torres em forma de flor de loto. Angkor Wat é considerada a maior estrutura religiosa do mundo e, realmente, impressiona os turistas com sua grandeza. Para saber mais sobre essa impressionante construção, leia: Angkor Wat, um dos templos mais bonitos do mundo.

Leia também: Como chegar em Siem Reap: avião x ônibus

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Angkor Wat – Foto de: Dennis Jarvis (CC BY-SA)

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Templo de Ta Prohm em Angkor

Litoral

O Camboja também possui belas praias; são 400 km de litoral e 60 ilhas. Suas praias não chegam a ser tão belas e famosas quanto as praias ao sul da Tailândia, mas não deixam de ser bonitas!  O mundo ainda não descobriu as praias do Camboja, por isso elas são bem mais privativas que as da Tailândia, que dependendo do dia são “invadidas” por centenas de turistas. Eu não cheguei a visitar o litoral do Camboja, mas escutei bons relatos sobre ele, principalmente, em relação aos preços que são baixos. Um dos destaques é a Praia de Texmex, na Ilha de Koh Rong, são 43 km de praias com água cristalina. Outro destaque é a Praia de Koh Thmei que fica no Parque Nacional de Ream, a região é desabitada e possui dezenas de espécies de aves. Mas, a cidade mais animada do litoral é Sianoukville, que possui vários bares e a noite relativamente agitada. Para quem prefere lugares mais requintados, a Ilha de Song Saa possui um luxuoso resort.

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Ilha de Koh Rong Aaron Bradford (CC BY)

A capital Phnom Penh

A capital do Camboja é o segundo destino turístico mais procurado do país. A cidade está em pleno desenvolvimento e há uma mistura muito peculiar entre progresso e tradição, sossego e caos. A cidade possui o Palácio Real, os mercados, os templos e as histórias da guerra como atrações. Para saber mais sobre essa pitoresca cidade, leia: Phnom Penh, a cidade de contrastes.

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Palácio real do Camboja

Faça um roteiro que inclua países vizinhos

Pode ser que até aqui você ainda não ficou convencido de que vale a pena visitar o Camboja; já que o país fica do outro lado do globo e chegar até lá é caro e demorado. Entretanto, o maior trunfo do Camboja é sua localização. O país fica entre a Tailândia e o Vietnã, países bem mais turísticos que seu vizinho pobre. A Tailândia, por exemplo, um dos dez países mais visitados do mundo ajudou a alavancar o turismo do país vizinho. Bangkok, a capital e cidade mais turística da Tailândia, fica a apenas 400 km de Siem Reap. Um ônibus entre as duas cidades é bem barato e a viagem demora nove horas. É comum muitos viajantes que vão a Bangkok estenderem sua viagem até Siem Reap para conhecer Angkor. Já se você estiver no centro econômico do Vietnã, Ho Chi Minh City estará a apenas 284 km de Phnom Penh. A cosmopolita cidade vietnamita fica a sete horas de ônibus da capital do Camboja e a passagem também é bem barata.

Por isso, a dica é fazer um roteiro que combine Tailândia e Camboja ou Vietnã e Camboja. Ou ainda, se tiver tempo, combinar esses três países!

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Repodução Google Maps

Custo da Viagem

O Camboja é considerado um destino barato! Siem Reap é um pouco mais cara que a média do país. Mas mesmo assim é barato, principalmente, se comparado ao Brasil. A única parte da viagem que sairá cara será a passagem aérea. Mas, é possível achar promoções de passagens de ida e volta São Paulo – Bangkok por R$3000. Com relação a hospedagem, é possível achar hotéis que custam US$25 o quarto duplo. A alimentação também é barata, os pratos custam a partir de US$4 nas regiões turísticas.

Com relação ao câmbio, a dica é levar dólares americanos, pois eles são amplamente aceitos no Camboja, desde os pontos turísticos até os mercados.

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Foto de: Sam Sith (CC BY)

Dicas

    • Para entrar no Camboja é necessário um visto, mas ele é tirado na própria fronteira ou aeroporto e fica pronto na hora. O visto custa US$30, mas se você entrar por terra os policiais da fronteira pedirão uma propina de 100 Baths tailandeses (US$3).
    • A moeda do Camboja é o Riel (KHR), mas o Dólar americano é amplamente aceito no país, desde os pontos turísticos até os mercados. Por isso, a dica é levar dólares.
    • A língua do Camboja é o Khmer, mas o inglês é falado por muitas pessoas nas regiões turísticas. Mesmo que muita gente fale um inglês básico, é possível se comunicar.
    • Passagens aéreas para o Camboja saindo dos países vizinhos são caras, apesar das distâncias serem pequenas. Por isso, a dica é ir de ônibus.
    • Em Bangkok há três rodoviárias, a que têm ônibus que vai para o Camboja é a rodoviária nordeste (Northeast Bus Station – Mochit).
    • A melhor empresa de ônibus que faz o trajeto Phnom Penh – Ho Chi Minh (Vietnã) é a Mekong Express Limousine.
    • A melhor empresa de ônibus que faz trasporte dentro do Camboja é a Giant Ibis. Ela possui ônibus cama, em que as poltronas ficam a quase 180°.
    • Os motoristas de tuk-tuk de Phonm Penh são os mais chatos do sudeste asiático. Então, saiba que você será abordado várias vezes por dia com a célebre frase “Tuk tuk sir?”
    • Para entrar nos templos budistas, se você for mulher terá que usar roupas que cubram os ombros e os joelhos. Já homens precisariam usar calças, mas, normalmente, não se cria caso se você estiver de bermuda.

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Monges em Angkor Wat – Foto de: Brian Jeffery Beggerly

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-Quantos dias ficar em Angkor: 1, 2, 3 ou 4 dias

-Como visitar Angkor, tour, templos e dicas

-Onde ficar em Siem Reap, a cidade próxima a Angkor

Foto de capa de: Chi King (CC BY)

Salvador viajando com amigos

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Viajar com amigos é sempre uma experiência única! E se você escolher bem as companhias e o destino, a experiência pode ficar ainda mais incrível! Pensando nisso, eu e mais duas amigas solteiras, na casa dos 25 anos, decidimos viajar a Salvador. Fizemos uma viagem curta de 3 dias que acabou sendo muito divertida! Salvador é uma cidade quente em todas as acepções da palavra. Tem um povo de sorriso largo, um clima de festa e muitas cores.

Hospedagem e transporte

Para quem pretende não gastar muito com hospedagem e ao mesmo tempo aproveitar a noite de Salvador, minorando os gastos com táxi noturno, a região do Rio Vermelho é uma boa pedida. Lá é considerado o bairro boêmio da cidade e segundo os próprios moradores, é onde se encontram os melhores bares e boates da capital baiana.

Durante o dia, optamos pelo transporte coletivo para ir às praias. Infelizmente a cidade peca em infraestrutura e mobilidade, com ônibus precários e lotados.

Farol da Barra

A praia do Farol da Barra é um lugar lindo e uma parada obrigatória dessa viagem. Ela não é a ideal para banho porque possui muitas pedras, mas o pôr do sol é fantástico.

Vale dizer que o artesanato vendido nas praias pelos ambulantes é facilmente encontrado no Mercado Modelo e por preços bem menores.

Praia do Farol da Barra
Praia do Farol da Barra

Pelourinho e Mercado Modelo

O pelourinho é o bairro de Salvador que possui um conjunto arquitetônico singular. É um local essencialmente turístico, com várias igrejas, museus, lojas, bares e restaurantes; também é palco de diversas manifestações culturais, como o Olodum.

Na sequência, é bacana conhecer o Mercado Modelo de Salvador, e a maneira de se chegar lá é saindo do pelourinho e pegando o Elevador Lacerda, que apesar de ser um ícone da cidade, não me surpreendeu. Na verdade, ele faz a transição da cidade baixa para a cidade alta e a diferença marcante que pude constatar é que na cidade baixa os casarões estão muito degradados e em contrapartida há uma maior preocupação com a arquitetura da cidade alta.

O Mercado Modelo é o lugar perfeito para fazer as compras da viagem com comidas típicas (farinhas, cocadas, pimentas) e artesanato (rendas, berimbaus). Minha dica é a velha e boa arte da pechincha.Quanto às famosas fitinhas coloridas do Senhor do Bonfim, prepare-se para ser abordado por inúmeros vendedores ambulantes que insistem em amarrar uma delas no seu pulso. Há quem diga que essa cortesia também serve como marcação de que você é um turista e, portanto, um possível alvo para roubos. Melhor ter cuidado!

Pelourinho
Pelourinho

Manifestações culturais

Dançar ao som da batida do Olodum é sentir Salvador na sua essência. O grupo estava se apresentando num local fechado no pelourinho e pagamos R$30 para entrar no evento que se realizara numa tarde de domingo. É realmente uma aula de Brasil em sua raiz africana.

Outra vertente musical recente que não poderia ser esquecida nessa viagem é o famoso arrocha! Esse é o ritmo que domina grande parte da noite baiana, desde os eventos mais populares até as boates mais requintadas. As letras das músicas são engraçadíssimas e a diversão é garantida. Nós escolhemos a boate Pink Elephant em que se apresentava Kart Love – A Orquestra do Arrocha. O que achamos interessante é que na propaganda do evento dizia tratar-se de um baile de gala e fazia várias ressalvas quanto aos trajes, exigindo-se muita elegância para a sofrência coletiva.

Se você não é muito afeto a esse tipo de música, fique tranquilo! Não é só de arrocha e axé que Salvador é feita. Também conhecemos um pub com bandas de rock bem legais, o Groove Bar.

Onde Comer

No Pelourinho, o restaurante Odoyá é a minha indicação, uma vez que o cardápio traz comidas típicas e muito bem executadas. Mas se você tem a alma gordinha como eu e pretende gastar pouco se deliciando na vasta gastronomia baiana, o local certo é o Mercado do Peixe. O escondidinho de camarão é uma obra prima e para mim, conseguiu ganhar até do tradicional acarajé!

Leia também: Onde comer em Salvador: acarajé, moqueca e alta gastronomia

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Foto de capa de: Mario Carvajal

Nadando com tubarões e raias em Caye Caulker

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Uma das maiores aventuras que já realizei em viagens foi nadar com tubarões. Ao contrário de entrar na jaula de tigres ou andar de elefante, os tubarões estavam no mar e não eram adestrados. Apesar do tubarão-lixa não ser agressivo, sempre dá aquele frio na barriga. Mas, deixa eu começar a contar a história pelo começo.

Em junho desse ano, viajei ao Belize, um pequeno país na América Central, que faz fronteira com o México e a Guatemala. O país possui 290 km de litoral, além de várias ilhas. As praias de Belize não são tão belas quanto as da vizinha Cancún, porém esse país possui ótimos lugares para se fazer mergulho!

Um bom exemplo é a Barreira de Corais de Belize, que é a segunda maior do mundo com 300 km de extensão. Outro ponto de destaque é o Blue Hole, um grande buraco com 450 metros de profundidade, que é o símbolo do país. Entretanto, nada é mais interessante do que nadar com tubarões e raias no mar!

Para conhecer os destinos turísticos e curiosidades, leia o texto Tudo sobre Belize, onde mostramos o que fazer e demais várias dicas.

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Blue Hole – Foto de: USGS (Wikicommons)

Hol Chan

A reserva marinha de Hol Chan não deixa de ser um dos destaques do país. Ela possui 18 km2 e é uma quebra natural na Barreira de Corais de Belize. Hol Chan na língua Maia significa “pequeno corte”. A reserva existe há quase trinta anos e em 1999 foi adicionada à reserva o Shark Ray Alley, que em português significaria algo como “beco dos tubarões e raias”.

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Reserva Marinha de Hol Chan – Foto de: Ambergris Caye (creative commons)

Shark Ray Alley

Nesse incrível local há uma grande concentração de tubarões, raias e peixes. Como a profundidade na região é pequena, cerca de 3,5 metros, você nada bem próximo desses animais marinhos! Não há nenhuma proteção como grades ou telas, você pode nadar livremente pelo local, apesar dos guias não gostarem que se afaste muito do barco.

As raias costumam ficar paradas no fundo do mar, mas os tubarões ficam circulando de um lado para o outro. Quando você menos imagina, passa um tubarão ao seu lado. No começo dá um pouco de medo, mas depois se acostuma.

Tubarão, raia e peixes
Tubarão, raia e peixes

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Esse tubarão passou a 2 metros de mim

Dizem que o tubarão-lixa é considerado um tubarão pouco agressivo. Mas, algumas pessoas mais medrosas não quiseram sair do barco. O tubarão-lixa não é muito grande, possui entre 1 e 2 metros de comprimento e parece não se importar em dividir seu espaço com humanos. Porém, como todo animal silvestre, não se pode facilitar! Por isso, para não ocorrerem acidentes, o guia nos disse quatro regras de segurança.

Aí vem a parte mais divertida da história, eu entendi apenas uma regra! No nosso barco só havia americanos e canadenses e como em Belize também se fala inglês, eles estavam falando em uma linguagem que eu não estava entendendo. Também devo confessar que meu inglês não é assim tão bom. O resultado foi que entendi apenas a regra: não tocar nos tubarões. Mas, acredito que não se aproximar seja outra regra, pois quando me aproximei muito de um tubarão o guia me puxou. Porém, não fique preocupado, voltei ao barco vivo e inteiro!

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O mar do caribe ajuda a enxergar bem embaixo d’água!

Selfie com a raia.
Selfie com a raia.

Tours no mar de Belize

Para ir a Hol Chan e a Shark Ray Alley o jeito mais comum é fazer um tour. Há várias empresas tanto na Cidade de San Pedro quanto em Caye Caulker oferecendo o serviço. De Caye Caulker o passeio é chamado de ful day (dia inteiro), mas, na verdade, dura das 10:30 às 15:00 horas.

O preço é meio tabelado entre as agências. Quando fui alguns anos atrás custava cerca de  130 Dólares de Belize (US$65). Para saber o preço atual veja no Get Your Guide. No preço está incluído o guia, o transporte, o almoço, os pés de pato e a máscara de snorkeling. Há dois tipos de barcos: lancha e veleiro. A lancha é mais rápida, mas balança muito mais, porém tem a vantagem de ficar mais tempo nos locais.

Já o veleiro, apesar de ser mais lento, é bem mais confortável e tem mais espaço para sentar e deitar, além de ter banheiro. O preço do veleiro é um pouco superior ao da lancha. Fui de veleiro e gostei muito! Os barcos param em três lugares: recife de corais, Shark Ray Alley e Hol Chan.

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Foto de: denAsuncioner (creative commons)

Onde ficar em Caye Caulker

Caye Caulker é uma ilha pequena, e com poucas opções de hotéis. Os hotéis da ilha são pequenos, bem diferente dos grandes hotéis e resorts da ilha de San Pedro.

Caye Caulker não é um destino para quem procura sofisticação e luxo. Entre as melhores opções da ilha, estão os pequenos Sea Dreams Hotel e Barefoot Caye Caulker, esse último com piscina. E o Island Magic Beach Resort, um dos maiores hotéis da ilha.

Há também boas opções de apartamentos como o Caye Reef Condos e o Seaside Villas.

Já entre os hotéis baratos, o De Real Macaw é o que possui a melhor relação entre preço e avaliação dos hóspedes.

Dicas:

  • Pague o tour em dinheiro, pois pagando com cartão haverá um acréscimo de 10%.
  • É possível pagar em Dólares americanos, ele é amplamente aceito em Belize.
  • Se fizer o passeio de Caye Caulker, a primeira parada é no recife de corais e fica uns 40 minutos por lá. Se você não tiver um bom preparo físico, nade mais devagar ou vá para o mar de colete salva-vidas, senão quando chegar na parte dos tubarões você estará cansado e não aproveitará tanto.
  • Algumas agências de turismo alugam câmeras fotográficas subaquáticas. Vale a pena alugar, pois é um momento único e precisa ser registrado!

Como a água é cristalina, mesmo do barco é possível ver bem os tubarões!
Como a água é cristalina, mesmo do barco é possível ver bem os tubarões!

Nadando com Tubarões e Raias no Mar de Belize
Tubarão-lixa, apesar de esquisito, nem possui muito cara de mal – Foto de: Ambergris Caye

 

E você, encararia nadar com os tubarões? Deixe seu comentário!