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O que é hostel? Como funciona, dicas e advertências

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o que é hostel

Você sabe o que é hostel? Esse termo pode soar estranha para muita gente. Hostel é uma palavra que vem da língua inglesa e se você traduzi-la para o português encontrará a palavra “albergue”.

Albergue também é utilizada para denominar hospedagens gratuitas que são oferecidas por prefeituras e entidades sociais para moradores de rua. Apesar de também possuir quartos compartilhados, são locais totalmente diferentes.

Por isso, em português é mais comum você encontrar a denominação “albergue da juventude”. Entretanto, para evitar má entendimento, mesmo no Brasil, o mais comum é utilizar a palavra hostel!

O que é hostel?

Se você não sabe o que é hotel, podemos dizer que é um tipo de acomodação de baixo custo em relação aos meios de acomodações tradicionais, onde há maior convívio social e predominantemente jovens.

Ou seja, hostel é um lugar onde a hospedagem é mais barata que um hotel ou pousada; com maior socialização entre hóspedes e frequentado, sobretudo, por jovens.

Hospedagem barata

A principal característica que popularizaram os hostels é o valor da hospedagem. Ela é mais barata devido aos quartos compartilhados. Esses quartos são dormitórios que possuem várias camas, por isso seu custo é baixo. É comum encontrar quartos compartilhados com 4 a 12 camas, embora existam hostels com quartos para 16, 20 até 24 pessoas.

A lógica é simples, quanto mais pessoas nos quartos, mais baratas as diárias. Os dormitórios podem ser masculinos, femininos ou mistos e podem ter armários individuais para você guardar seus pertences.

Mas, os hostels também oferecem quartos privados para até quatro pessoas. Inclusive, o quarto privado para quatro pessoas pode sair mais barato que quatro camas nos dormitórios.

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Quarto compartilhado pode ser divertido, mas também bagunçado – Foto: Pak-Up Hostel (Tailândia)

Entretanto, os quartos para duas pessoas, nos melhores hostels, são mais caros do que em uma pousada ou hotel do mesmo nível. Isso ocorre porque várias pessoas pagam mais para se hospedar em um hostel devido às facilidades e socialização que eles possuem.

Hostel, ambiente de socialização

Como há várias pessoas dividindo o quarto, fica mais fácil a socialização entre os hóspedes. Mas, esse não é o único aspecto, hostels têm áreas sociais que são propícias ao convívio. Alguns hostels têm até atividades sociais como jogos, karaokê e noite de cinema para os hóspedes interagirem.

albergue da juventude
Quarto compartilhado do Ô de Casa Hostel (São Paulo) – Foto: divulgação

Além disso, quem tem costume de se hospedar em hostel, gosta de conhecer, conversar e fazer novos amigos. Principalmente, para pessoas que viajam sozinhas, o hostel é uma ótima opção para conhecer pessoas e encontrar companhia para fazer passeios. Há pessoas que viajam e pagam um pouco mais para ficar em quartos privados em hostels, por causa de todo esse ambiente.

E é claro, para quem tem orçamento apertado ou viaja sozinho, o hostel é uma opção mais barata, pois quartos individuais são mais caros.

Como funciona um hostel: facilidades e instalações

Outro diferencial do hostel em relação ao hotel são as facilidades. No hostel, normalmente, há cozinha que os hóspedes podem utilizar. Então, caso queira economizar ou tenha restrições alimentares, você pode preparar a sua própria comida. Mas, não esqueça de que você terá que lavar a louça que sujou!

Hostel também podem ter lavanderia, bar, depósito de bagagem, computadores para acesso à internet, empréstimos de livros, jogos de tabuleiro, etc.

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Eu já fiquei no Castle Rock Hostel (Escócia), à noite há jogos para interagir os hospedes – Foto: divulgação

Outro diferencial importante é que os recepcionistas são, normalmente, mais dispostos a ajudar, dando boas informações turísticas e de meios de transporte e além disso, são pessoas que falam inglês. Pousadinhas ou hotéis mais baratos, em vários países, não possuem recepcionistas que falam bem inglês, em vários casos não falam nada.

Por tudo isso, o hostel é um tipo de hospedagem que está crescendo. E há hostels de vários níveis e preços; alguns com muito conforto e facilidades, mais caros que muitos hotéis. Outros mais simples que só tem o quarto e nada mais.

Hospedagem de mochileiro

Os hostels, ou hostals, como são chamados em espanhol, são muito procurados por um tipo de viajante: os mochileiros. Quem viaja com mochila nas costas costuma se hospedar em hostels.

No Brasil, ainda não é muito comum viajar de “mochilão”, entretanto em outros locais do globo, como Europa ou Sudeste Asiático, há bastante mochileiros. Em Bangkok, na Tailândia, por exemplo, existe até uma rua conhecida como rua dos mochileiros.

o que é um hostel e como funciona
Bandeiras de países são comuns em hostels – Foto: Railway Square YHA (Austrália)

Para quem pretende viajar de mochilão, é preciso tomar alguns cuidados na hora de escolher a mochila. Para ajudar nessa tarefa fizemos um texto com todas as dicas na hora de escolher uma mochila de viagem.

Desvantagens do hostel

Hospedar em hostel também pode proporcionar alguns desconfortos. A principal queixa são os quartos compartilhados, que pode haver barulho ou alguém pode acender as luzes de madrugada. Entretanto, os melhores hostels possuem luzes individuais em cada cama e curtinha para dar mais privacidade.

E falando de privacidade, esse é outro ponto negativo. Não apenas nos quartos, mas também nos banheiros. Muitos banheiros são coletivos, tipo de clube, onde há várias chuveiros e várias privadas.

Outra reclamação é limpeza, nem todo hostel é bem limpo. Por isso, é importante olhar a avaliação antes de reservar. Tanto o Booking quanto o Hostel World possuem uma nota geral de cada estabelecimento e uma apenas para a limpeza. Vale a pena observar antes de reservar.

O barulho também pode ser um problema, mesmo se você estiver em um quarto privado. Os hotels que possuem bares dentro do estabelecimento possuem uma quantidade de barulho maior que pode atrapalhar alguns hóspedes. Se você está indo com intuito de curtir a noite, isso não será um problema.

Entretanto, se quiser descansar depois de um dia cansativo, é melhor escolher um hostel sem bar. Nos comentários das avaliações no Booking ou Hostel World, as pessoas sempre falam se houver barulho, por isso é bom ler os comentários.

Hostels durante a pandemia de coronavírus (covid19)

Durante a pandemia de coronavírus (covid19), uma característica admirada dos hostels virou um problema. Os espaços compartilhados (quartos, banheiros e cozinha) e as áreas de convivência se tornaram uma preocupação, devido ao maior risco de contágio. Com isso, vários viajantes evitaram esse tipo de hospedagem e alguns chegaram a fechar.

Entretanto, com o controle da pandemia, os hotels voltaram a ser a escolha preferida de vários viajantes.

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O que é hostel – Bar do Los Amigos Hostel (Guatemala) – Foto: divulgação

Reservar ou não o hostel?

Primeiramente, vale a pena reservar. Nas primeiras vezes que utilizei hostel eu não reservava, chega na cidade e procurava a hospedagem. Essa questão de reservar ou não a hospedagem é complexa, temos até um texto sobre isso.

Por um lado eu pagava menos escolhendo a acomodação na hora. Muitas propriedades permitiam uma negociação no valor, o que gerava um desconto na hospedagem. Por outro lado perdíamos muito tempo na procura de um quarto, algumas opções de hospedagens eram caras e outras estavam cheias.

Outro fator fundamental, é que não tínhamos muito base de comparação, e algumas vezes escolher hostels com péssima relação custo-benefício.

Quarto compartilhado hostel
Quarto compartilhado com camas com cortinas Foto: CoDE Pod Hostels (Escócia)

Onde reservar o hostel?

No começo da minha vida mochileira, eu reservava através do site Hostel World, que é um site que tem apenas hostels. Entretanto, hoje em dia reservo pelo Booking, porque considero um site melhor para pesquisar vários tipos de propriedades e comparar as opções. Veja abaixo as características de cada site.

Vantagens do Booking

O Booking é a maior plataforma de reservas de hospedagens do mundo, por isso, ele costuma ter mais variedades. Um dos diferencias desse portal são as opções de buscas. Há uma barra à esquerda em que você pode refinar a pesquisa.

Um dos filtros é o “tipo de propriedade”, onde é possível escolher: hotel, albergue (hostel), camping, apartamento, casa de temporada, etc. Também é possível escolher as facilidades como piscina, cozinha, depósito de bagagens, etc. E você ainda pode escolher uma localização, como um bairro da cidade.

Outro recurso interessante é poder ver a localização em um mapa, funcionalidade que não há no Hostel World. Outra vantagem é o sistema de cancelamento mais fácil de ser usado e a possibilidade de pagar antecipado em Reais em algumas acomodações no exterior, o que evita o IOF do cartão de crédito.

Vantagens do Hostel World

O que há de melhor na plataforma do Hostel World são os comentários e a avaliação! Os comentários no Hostel World são feitos, normalmente, por que tem costume de se hospedar em hostels. Por isso, as avaliações são mais úteis.

Além disso, o critério de avaliação dos hóspedes é melhor dividido. Há dois itens no Hostel World (segurança e diversão), que não há no Booking e são itens bem pertinentes a um hostel.

Para quem prefere se hospedar em hostel, o Hostel World permite ter informações mais pertinentes, o que poupa tempo e ajuda na escolha da hospedagem.

Reserve através de um link de blog

Quando for reservar uma hospedagem, seja através do Booking ou Hostel World reserve pelo nosso blog ou por algum outro que você goste. Para você será o mesmo valor que entrando direto no site de reservas e o blog recebe uma comissão que ajuda a manter o site e realizar novos projetos.

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Ambiente de convívio do Wombats Munich Hostel (Alemanha) – Foto: divulgação

Outras dicas sobre hostels

Se for se hospedar em um hostel siga essas dicas:

  • Se for ficar em um dormitório, veja se o hostel tem armários individuais. Eu já fiquei várias vezes em hostels que não possuíam isso; nunca me roubaram nada, mas é mais seguro colocar seus pertences no armário e trancá-lo. Principalmente, se tiver objetos de valor, como computador, tablet, máquina fotográfica, etc.
  • Leve cadeado! Os armários individuais têm trinco e cada hóspede deve levar o seu cadeado. É bom levar até mais de um cadeado. Alguns hostels possuem tomadas para carregamentos de equipamentos eletrônicos individuais que podem ser trancados.
  • Leia os comentários de quem já se hospedou, para saber as características daquele hostel, se ele é barulhento, sujo ou bem localizado, por exemplo.
  • Prefira hostels com café da manhã. Eles podem ser um pouco mais caros, mas é um custo-benefício que vale a pena. Principalmente, se tiver pouco tempo disponível naquela cidade.
  • Se for viajar para cidades caras, prefira ficar em hostel com cozinha, pois comprando no supermercado comida congelada, semipronta ou mesmo in natura, te fará economizar bastante.

Outras dicas para quem já sabe o que é um hostel e como funciona

Agora que você já sabe o que é um hostel e como funciona, veja nossas outras dicas de viagem. Você pode começar com nosso texto sobre como planejar e fazer um roteiro de viagem. O planejamento é essencial para aproveitar ao máximo o destino e gastar menos.

Uma outra questão muito importante, é decidir se vai viajar de mochila ou mala. Quem se hospeda em hostels, costuma viajar de mochila cargueira, o famoso mochilão. Ela lhe permite mais agilidade como ao utilizar o transporte público, entretanto também limita a quantidade de roupa que você pode levar.

Caso você planeje uma viagem a um destino muito frio, como os destinos que nevam, vale a pena conferir como se vestir no frio.

Imagem destacada: Hostel Dormitory – Foto de: Let99

Reservar ou não o hotel?

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Reservar ou não reservar hotéis, eis a questão

Essa é uma dúvida cruel na hora de planejar uma viagem. Reservar ou não reservar hotéis? E o resultado da sua escolha impactará nos gastos e deixará sua viagem mais rígida ou flexível.

Mas, afinal o que vale mais a pena? A resposta para essa pergunta é: depende. E depende de muita coisa! E não importa se você se hospeda em hotéis ou hostels, os prós e os contras são os mesmos!

Roteiro de Viagem

Primeiramente, depende do seu roteiro de viagem. Se você está com uma viagem em aberto, não sabe, exatamente, quantos dias vai ficar em cada cidade, não adianta reservar; pois se você já tiver reservado e não necessitar do quarto, terá que pagar por ele mesmo assim. Cancelamentos de reserva variam de estabelecimento para estabelecimento, mas são realizados, no mínimo, com três dias de antecedência. É possível também reservar apenas para uma parte da viagem, para o primeiro destino ou para uma cidade do roteiro que estará cheia naquela época.

Economia

Reservar antes pode fazer você economizar ou pagar mais caro pela estadia. Quando eu viajo sem reserva, um dos motivos é poder negociar na hora e pagar um valor menor pela diária. Porém, isso só funciona se você estiver viajando em baixa temporada. E é preciso pesquisar, pois dentro de um mesmo país ou até cidades próximas, podem haver períodos de baixa e alta temporadas diferentes. Outra questão referente aos hostels é o país. Em países mais desenvolvidos, como EUA e o oeste europeu, a vida é muito mais informatizada e os hostels e hotéis mais baratos, provavelmente, estarão no WorldHostel e Booking. Já nos outros países, as hospedagens mais baratas, sejam elas hotéis, hostels ou guesthouse (pousada) não estão disponíveis nos sites. Então para economizar, se for para EUA ou Europa aconselho comparar os preços e reservar antecipadamente, já para os outros, caso viaje em baixa temporada é preferível escolher na hora.

Então, se decidir reservar, reserve com antecedência, pois os lugares que oferecem o melhor custo-benefício são os primeiros a esgotar.

Tempo disponível

Deixar para escolher o hotel na hora consumirá um tempo do seu dia. Caso seu cronograma esteja muito apertado, podem ser horas preciosas! Para gastar menos tempo na procura de um lugar para dormir eu fazia o seguinte: pesquisava na internet ou perguntava no guichê de informação turística do aeroporto/rodoviária onde era a região dos mochileiros, pois seria o local onde encontraria hostels e hotéis baratos. Normalmente, as cidades têm regiões onde ficam concentrados os hotéis ou hostels. Para saber se o preço está bom, eu entro em, pelo menos, uns quatro hotéis. Quando estou achando os valores caros, ando mais e entro em mais hotéis para comparar os preços. Muito perto das atrações turísticas pode ser mais caro, então deve-se procurar também os hotéis que estejam alguns quarteirões mais distantes.

Localização

Um dos aspectos que acho mais importante na escolha da hospedagem é onde ela está localizada. Os sites HostelWorld, Booking, Hoteis.com, TripAdvisor, etc trazem a classificação de vários quesitos dos hotéis: limpeza, ambiente, funcionários, custo-benefício e inclusive localização. Esse é um bom lugar para ver se seu hotel está bem localizado. Mas, as classificações podem ser meio subjetivas. Quando você chega que, realmente, vê se aquela é uma boa localização. Eu já reservei hostels bem legais, mas super distantes do centro histórico, em que eu precisava pegar o metrô até o ponto final e ainda percorrer mais 20 minutos de ônibus. Quando se escolhe o hotel pessoalmente, pode ser que você não fique no melhor lugar, mas você também não vai ficar em um lugar ruim.

Despojamento

Essa é uma questão central e para muitos pode ser o quesito mais determinante na hora de escolher reservar ou não. Para viajar sem reserva, você precisa ter um espírito mais aventureiro, pois pode acontecer de demorar a achar a vaga, não encontrar nada barato no nível que pretende ficar ou simplesmente não encontrar quarto disponível. E caso uma dessas hipóteses aconteça, você vai gastar ainda mais tempo procurando e talvez precisará adaptar seu roteiro para se hospedar em outra cidade.

Espero ter lhe ajudado a fazer a melhor escolha e se ainda assim você está com medo de não reservar, comece aos poucos. Viaje e deixe apenas um destino sem reserva. Aos poucos você vai ganhando confiança para viajar totalmente sem reserva; como eu quando fui ao sudeste asiático.

Fotografia: Hotel California – Foto de:  Kevin Dooley

Alfajor, uma delícia da culinária latina

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alfajor argenina

Viajar para a Argentina significa degustar deliciosos alfajores. Se você viajar para a Argentina e não provar nenhum alfajor, sua viagem não será completa! O alfajor é um doce extremamente delicioso e sua receita original é: duas massas, recheio de doce de leite e cobertura de chocolate. Mas, existem diferentes sabores e versões do doce. O alfajor com cobertura de açúcar e o com recheio de chocolate, também são bastante vendidos.
Apesar do alfajor não estar presente apenas na Argentina, é lá que o doce se tornou um ícone gastronômico. Na Argentina são consumidos entre 5 a 7 milhões de alfajores por dia, são dezenas de marcas e é possível encontrá-los em qualquer esquina.
Por isso, o Alfajor é um ótimo presente para trazer da Argentina e também do Uruguai.

Leia também: Quantos dias ficar em Buenos Aires?

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Alfajor Land – Foto: Alberto

Qual a melhor marca de alfajor argentino?

A Argentina tem várias marcas de alfajor, sendo que a maioria é industrializada. Entre os mais populares estão Milka, Cachafaz, Jorgito. Entretanto, a marca que é considerada a melhor é a Havanna. É uma marca bem tradicional, fundada em 1948 e possui mais de 180 lojas espalhadas pelo país. Em Buenos Aires é possível encontrar lojas da Havanna nos principais pontos turísticos. O problema dessa marca é o preço. Ela é cara, o preço é bem mais alto que as outras marcas. Para você ter uma base de comparação, quando fui, o alfajor da Havanna custava 16 pesos e os outros, aproximadamente, a metade do preço. Porém, não é a toa que o preço é mais alto, ele é, realmente, muito bom! Dos alfajores que eu comi, esse foi o melhor! Parece que desmancha na boca! Então, vale a pena pelo menos provar.

Leia também: Onde ficar em Buenos Aires: no centro ou nos bairros?

Qual a melhor marca de alfajor uruguaio?

No Uruguai os alfajores também são bem tradicionais e eles consomem suas próprias marcas do produto. As duas principais marcas uruguaias são: La Pataia e a Punta Ballena. A La Pataia tem a embalagem de vaquinha e é a mais bonita para levar de presente, mas os alfajores são muito açucarados. Eu quase comprei uma caixa dela sem comparar com a concorrente. A Punta Ballena eu achei mais gostoso; não é uma Havanna, mas é gostoso. No Uruguai há lojas que vendem as caixas de alfajor com um preço bem melhor do que comprando individualmente; em frente ao Mercado del Puerto há uma dessas lojas.

Cuidado com a validade

Os alfajores mais artesanais possuem validade pequena, por isso, quando for comprar preste atenção na data de validade, para não precisar comer tudo de uma vez.

Veja nossas outras matérias sobre Buenos Aires:

– 7 dicas essenciais de Buenos Aires

– Como escolher o show de Tango em Buenos Aires?

– 10 Pontos Turísticos Gratuitos em Buenos Aires

– Como ir de Buenos Aires a Montevidéu – 4 opções

Imagem destacada: Alfajor – Foto: Jakobien van der Weijden

Como aproveitar o câmbio paralelo na Argentina em 2025 – depois da eleição novo presidente

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cambio paralelo argentina
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A Argentina possui algumas particularidades em relação ao câmbio, e você ainda pode tirar proveito disso! No país dos nossos hermanos, o dólar e o real possuem cotações muito diferentes no câmbio oficial (casas de câmbio) e no câmbio paralelo (também chamado de câmbio “blue”).

Mudanças devido ao novo presidente

Essa diferença, que ultrapassava os 50% e chegou a impressionantes 300% nos últimos meses do mandato de Alberto Fernández, encerrado em novembro de 2023, começou a ser reduzida com a posse de Javier Milei. O novo presidente, cumprindo sua promessa de aproximar as cotações do dólar oficial e do paralelo, implementou medidas drásticas logo na primeira semana de governo, incluindo uma expressiva desvalorização do peso argentino.

Essa estratégia fez a cotação oficial se aproximar da paralela, mas a paridade completa ainda não foi alcançada. A diferença, que já foi abissal, foi gradualmente diminuindo e, em janeiro de 2025, é de cerca de 12%. Mesmo com a redução dessa disparidade, o câmbio paralelo ainda oferece uma vantagem econômica significativa para aqueles que sabem aproveitá-lo de forma estratégica.

Continua valendo a pena trocar no câmbio paralelo?

Hoje, a diferença é pequena porém continua a pena trocar dinheiro no câmbio paralelo. Entretanto, é preciso avaliar as diferenças das cotações quando você viajar para ver se, realmente, vale a pena trocar dinheiro no câmbio paralelo.

Um dos motivos é a insegurança da transação. O maior perigo é eles te darem notas falsas e isso acontece muito em Buenos Aires, há muitas notas falsas em circulação. E como o câmbio paralelo é considerado ilegal, não há nenhum órgão que fiscalize essa venda e, teoricamente, ela não poderia existir. Por isso, você não tem a quem reclamar se cair em um golpe.

Mas, no passado, como a diferença era muito grande entre o câmbio paralelo e o oficial, valia a pena correr o risco. Porque, na verdade, esse esse câmbio negro faz parte da vida dos argentinos há muito tempo e é super incorporado ao turismo.

Mesmo o câmbio paralelo não está mais valendo a pena, vou manter as dicas de como utilizá-lo. Porque essa questão do câmbio está sempre mudando na Argentina.

Devo levar real ou dólar?

Eu sempre prefiro levar dólar nas minhas viagens, mas quando fui à Argentina levei Real, pois naquele momento estava mais vantajoso levar Real. Mas, você pode fazer as contas para ver o que vale mais a pena. Veja quanto está o dólar nas casas de câmbio do Brasil e por quanto estão trocando o dólar na Argentina no câmbio paralelo. E compare com o valor do Real no câmbio paralelo.

Como posso comparar a cotação do peso argentino no câmbio oficial e no paralelo?

O câmbio oficial do peso argentino pode ser encontrado em qualquer site que mostre investimentos e câmbios, o que mais gosto de olhar é o UOL Cotações. Já o câmbio paralelo não é oficial, por isso não existe uma cotação oficial e a cotação pode variar bastante; porém existem alguns sites que mostram essa cotação e podem servir de referência: Dolar Blue HoyParalelo Hoy e Dolar Blue.
O dólar paralelo é chamado na Argentina de Dólar Blue e o Real de Real Blue. Já as pessoas que trocam dinheiro na sua são chamadas de arbolitos.

Onde trocar real no câmbio paralelo?

Os dólares e reais blue podem ser trocados nos centros das grandes cidades argentinas. Em Buenos Aires, o melhor lugar para trocar é a Calle Florida, uma das principais ruas do centro de Buenos Aires. E você não precisará procurar, há várias pessoas na rua oferecendo, todos eles gritando “câmbio câmbio”, ou “dólar”, “real”. A cada 10 metros há alguém te oferecendo câmbio. Eu costumava trocar em uma banca de revista perto da Praça de Maio, eles me transmitiam confiança e havia luz negra pra conferir as notas. Outro lugar que muitos viajantes indicam é o Boston Cash, Calle Florida, nº142. É um lugar que se aparenta muito a uma casa de câmbio tradicional e fica dentro de uma galeria, loja n°36.
Para não cair numa cilada na hora de fazer o câmbio, dê uma olhada nas dicas abaixo.

Dicas na hora de trocar dólar ou real no câmbio paralelo

O câmbio paralelo é o câmbio não oficial e é considerado ilegal na Argentina. Por isso, caso você seja passado para trás, não poderá recorrer à polícia. Mas, tomando alguns cuidados você não terá problemas:

  • Na rua Florida há várias pessoas oferecendo para fazer câmbio. Normalmente, eles te levam para algum lugar para trocar como lojas ou a parte interna das bancas de revista. Nunca troque o dinheiro diretamente na rua, pois você estará mais vulnerável a golpes e roubos.
  • Sempre pergunte a cotação antes de trocar. Caso a cotação não esteja boa, procure mais!
  • Depois de saber a cotação, multiplique pelo valor que você vai trocar, para saber exatamente quanto eles precisam te dar.
  • Conte as notas para saber se eles te deram o valor correto.
  • Confira as notas para saber se são verdadeiras. Notas falsas é o golpe mais comum que se aplica no câmbio paralelo. Na Argentina há muitas notas falsas, por isso tome cuidado! Há duas formas simples de conferir se a nota é verdadeira. Alguns lugares que trocam câmbio possuem luz negra, esse é o melhor jeito de conferir a autenticidade, pois é possível ver os desenhos que só aparecem na luz negra. Outro jeito simples de conferir é observar a marca d’água, pois olhando contra a luz é possível ver uma imagem, que é a mesma do personagem estampado na cédula

Veja nossas outras matérias sobre Buenos Aires:

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Fotografia: Money, foto de: Beatrice Murch: Flickr/Beatrice (creative commons)