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Ouro Preto em outra perspectiva

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fotos de ouro preto
Foto: Felipe Zig
Se você busca conhecer a histórica e monumental Ouro Preto, entender melhor o palco da inconfidência mineira e se aprofundar na história da arte através do barroco mineiro.
Atenção: não leia este texto! Venho lhes apresentar a minha Ouro Preto e desde já peço licença aos ouropretanos de nascença e de coração já que sou apenas uma visitante assídua e apaixonada.
Para conhecer os principais pontos turísticos da cidade e saber melhores épocas para viajar leia o texto o que fazer em Ouro Preto.

O clima

Para visitar Ouro Preto é necessário um kit sobrevivência com tênis, camiseta, guarda-chuva, casaco, óculos e chapéu. Digo isso porque em apenas um dia você poderá sentir na pele todas as quatro estações do ano. É possível vivenciar o calor escaldante em meio aos sobe e desce das ladeiras e um frio torrencial nas esquinas sombrias da  noite ouropretana.

É comum ouvir de visitantes que a cidade possui um certo peso, uma tristeza pairando nos seus casarões e igrejas. Há um clima conspiratório e mórbido, mas ao mesmo tempo intrigante, talvez em razão da densidade histórica escravada na serra mineira.

Para saber onde hospedar, veja nossas dicas de pousadas em Ouro Preto.

A vida republicana

A Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP e seus universitários trazem um suspiro de jovialidade à cidade anciã. Curiosamente, as festas em repúblicas são chamadas de rock, mesmo que esteja tocando samba ou funk. O carnaval e a festa do 12 (12 de outubro) são as mais tradicionais e as repúblicas se preparam para receber visitantes. É nesse momento que se você é mulher e solteira poderá abrir um largo sorriso. Geralmente mulheres entram facilmente nessas festas e a consumação de bebida é livre, já os homens pagam. No carnaval são vendidos pacotes que incluem hospedagem, festas temáticas e blocos fechados.
Algumas repúblicas possuem verdadeiras boates em seus interiores. Ao adentrar quaisquer delas, você se depara com uma parede de quadrinhos com fotos dos moradores ilustres e homenageados. Se o  ex morador está presente, o quadrinho é virado para a parede.  Há uma hierarquia na república que vai do “decano” (morador mais antigo) que está no topo da pirâmide e assume as responsabilidades contratuais e toma decisões até o “bixo” que obedece as ordens.
O diferencial dessas festas está na receptividade dos estudantes, o sentimento de acolhimento e a simplicidade das pessoas. É inevitável sair de um “rock” sem lamentar não ter vivido essa experiência de vida republicana. Há uma ligação emocional muito intensa entre os moradores e a república em si que se expressa através do hino entoado com vigor, do amor à bandeira e do respeito mútuo.
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Onde Comer

Quanto à gastronomia, recomendo três estabelecimentos:
– Restaurante “O Passo”: as pizzas de carne seca e catupiry ou a de abobrinha são uma ótima pedida.
– Restaurante ” Escada abaixo”: o ambiente é o maior atrativo. Um porão estiloso e cervejas variadas.
– Bar do Barroco: só digo uma coisa –  não saia de Ouro Preto sem experimentar a coxinha do barroco.
Para conhecer mais sobre os locais leia nosso texto sobre os restaurantes de Ouro Preto.

Como Chegar

Ouro Preto não possui aeroporto, mas fica bem próximo à Belo Horizonte, a cerca de 100km. Um das possibilidades é ir de ônibus saindo da rodoviária de Belo Horizonte. A empresa que faz o trajeto é a Pássaro Verde, a passagem custa R$30 e dura duas horas.
Também é possível ir de carro, nesse caso a viagem é mais rápida. Porém tome cuidado, porque é preciso paciência para estacionar e manobrar nos becos estreitos e sem sinalização da cidade.
Fotos de Felipe Zig

Tour de um dia a Ayutthaya, a antiga capital da Tailândia

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Ayutthaya é a antiga capital da Tailândia e fica bem perto de Bangkok, há 85 km. É uma cidade pouco conhecida e comentada. Entretanto, a antiga capital do Reino de Sião é um destino bem interessante! Dos passeios fora de Bangkok, é o mais interessante. Por isso, se você for ficar pelo menos três dias em Bangkok, vale a pena usar um dia para visitar essa interessante cidade.

Leia também: Bangkok, a Cidade dos Anjos e do Pecado

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Wat Phra Sri Sanphet

A cidade de Ayutthaya foi fundada em 1350 para ser a capital do Reino de Sião. Ela foi crescendo junto com o reino e o comércio a fez enriquecer e desenvolver. Por volta de 1700, Ayutthaya tinha uma população de um milhão de habitantes e era considerada a maior cidade do mundo. Comerciantes da China, Índia, Japão e Europa compravam e vendiam na cidade e ficavam encantados com seus templos. Porém, os anos de glória da cidade chegaram ao fim, em 1767, quando ela foi invadida, saqueada e destruída pelo exército da Birmânia (hoje Myanmar). A cidade ficou tão destruída que a capital precisou ser transferida para uma cidade bem menor que ficava próxima, chamada Bangkok. As marcas da destruição podem ser vistas até hoje. As mais marcantes são as várias estátuas de Buda que foram decapitadas.

Ayutthaya
Wat Yai Chai Mongkol

O que ver

As principais atrações de Ayutthaya são os templos. Há templos em vários estados de conservação. Alguns que foram destruídos em 1767 e só sobraram ruínas, outros que sobreviveram à invasão e foram corroídos pelo tempo e ainda há os que se mantêm bem conservados.

O Parque arqueológico de Ayutthaya é a parte mais famosa da cidade, pois foi ele que se tornou patrimônio da humanidade pela Unesco. Dentro dele, há vários templos e o antigo palácio real, Wat Phrasri Sanphet. É também nos templos do parque que há a maior parte de Budas decapitados. Entretanto, o que se tornou mais simbólico de Ayutthaya é a cabeça do Buda que está entre as raízes das árvores, que fica no Wat Mahathat.

Ayutthaya

Para além do parque, o templo mais interessante é o Wat Yai Chai Mongkol. Esse templo, que se manteve mais conservado, é mantido pelos monges e é onde há dezenas de estátuas de Budas, lado a lado com vestes amarelas.

Ayutthaya

Outra atração da cidade é o Wat Lokayasutha, o Buda reclinado de 8 metros de altura e 42 de comprimento. Ele não tem todo o fascínio do Wat Pho, mas é interessante também.

Ayutthaya

Tour de um dia

O jeito mais comum de conhecer Ayutthaya é o tour de um dia. Ele é oferecido na maioria das agências de turismo e até mesmo nos hotéis dá para fechar, apesar de ser um pouco mais caro fechando no hotel. O tour passa pelos principais pontos turísticos da cidade, tem guia falando inglês e almoço incluído. Pagamos 500 Baths (US$16) em junho de 2014. O tour é feito em uma van, eles te buscam e te deixam no hotel, vai de manhã e volta no final da tarde. Achamos que valeu a pena o tour.

Há uma opção mais barata, indo por conta própria. É possível chegar de trem, que sai da Estação Hualamphong, que é o jeito mais barato. Também é possível ir de ônibus, que sai do Northern Bus Terminal de Bangkok. Chegando lá é preciso fechar um tour com um tuk-tuk ou taxista, já que os templos não ficam muito próximos uns dos outros.

Leia também: Onde ficar em Bangkok, na parte histórica ou moderna?

Ayutthaya 

Leia nossas outras matérias da Tailândia:

– Tailândia, uma visão geral de seus encantos

– Khao San Road, a rua dos mochileiros em Bangkok

– Tiger Kingdom: entrando na jaula do tigre

– Maya Bay, a praia mais encantadora da Tailândia

– Phi Phi: quando ir, como chegar, quanto tempo ficar e onde se hospedar

Tipos de Vinho do Porto e onde comprar em Portugal

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Você conhece quantos tipos de Vinho do Porto existem? Com a pandemia os clubes de vinhos se popularizaram e cresceu o interesse pelo assunto. O Vinho do Porto é um vinho muito peculiar por isso é necessário conhecer para poder comprar e até mesmo degustar essa especialidade da cultura portuguesa.

Quando fiz intercâmbio em Portugal, aprendi a apreciar e conheci mais profundamente o vinho do Porto. Os portugueses do norte têm muito orgulho do vinho do Porto. Porém, esse é apenas um dos vinhos produzidos em Portugal. Há também o vinho do Douro, o vinho Verde, o vinho do Alentejo, entre vários outros.

Vinho do Porto, um vinho diferente

Para quem não sabe, o vinho do Porto é um vinho diferente dos outros tipos de vinhos tradicionais. Ele é um vinho mais fortificado, com maior teor alcoólico, entre 19 e 22%; os vinhos comuns possuem 14% de álcool, em média. Isso acontece porque a fermentação do vinho do Porto é interrompida para que seja adicionada uma aguardente vínica. É justamente por isso, que ele fica mais doce que os outros vinhos e também mais forte. Por isso, ele é considerado um vinho licoroso.

cave vinho do porto
Barris com diferentes tipos de vinho do Porto em uma Cave

Pequenas doses de Vinho do Porto

Como o vinho do porto é um vinho mais forte e adocicado, ele também é mais enjoativo. Assim como os licores, o vinho do Porto é tomado em pequenas quantidades. Não é um tipo de vinho que se tome uma garrafa inteira de uma vez!

Em Portugal, em muitos locais o vinho é servido em pequenos cálices, com capacidade semelhante a de um copinho de shot (dose).

Para quem for visitar a cidade do Porto, em Portugal, vale muito a pena fazer uma visita a uma cave de vinho do Porto, onde você conhecerá mais sobre a produção e a diferença dos tipos de vinho. Para saber mais leia nosso texto Visita as Caves de Vinho do Porto.

Vinho com denominação de origem

O Vinho do Porto é um vinho com denominação de origem. Ou seja, só são chamados de Vinhos do Porto, os vinhos que são produzidos na Região Demarcada do Douro, no norte de Portugal. Há produtores em outras regiões, inclusive em Portugal, que produzem esse mesmo tipo de vinho, porém devido a denominação de origem, eles não podem ser denominados como “Vinho do Porto”.

Algo semelhante acontece com o Champagne, só podem ter essa denominação os vinhos produzidos na região francesa de Champagne, os demais são chamados de espumantes.

Entretanto, como a maior parte da produção do Vinho do Porto, vem da região do Douro, dificilmente você encontrará esse vinho com outra denominação.

Tipos de Vinho do Porto

Os três tipos tradicionais de vinho do Porto são: o Ruby, o Tawny e o Branco. Os vinhos Ruby e Tawny são tintos e representam a maior parte das vendas de vinho do Porto. Por isso, se quiser um vinho tradicional você deve escolher um desses dois. Veja abaixo a diferença entre os vinhos do Porto.

tipos vinho do porto
Taças com Vinho do Porto: branco, rosé e tintos.

Ruby

O vinho Ruby tem esse nome devido a sua cor vermelha escura, semelhante a pedra preciosa rubi. Esse é um vinho mais intenso, encorpado e doce que o Tawny e mantém o sabor forte da uva. É envelhecido em balseiros de madeira de dois a três anos.

Sua maior diferença em relação ao Tawny é justamente o envelhecimento. O Ruby passa apenas alguns anos nos balseiros de madeira e depois é engarrafado. Por isso, tem pouco contato com o oxigênio.

Tawny

O vinho Tawny também é vinho tinto e é feito com o mesmo tipo de uva do Ruby. Sua diferença está no envelhecimento. Primeiro, assim como o Ruby, vai para os balseiros onde fica de dois a três anos. Depois, ele vai para tonéis menores de 550 litros, onde há um maior contato com a madeira e com o ar. A oxidação e o envelhecimento são mais rápidos e o vinho adquire mais o aroma e a cor da madeira, deixando seu vermelho mais claro.

Branco

O vinho branco é produzido com uvas brancas e envelhecido de dois a três anos. Normalmente, é vinho jovem e frutado. Apresenta uma doçura variável, desde os muito doces chamados “lágrima”, passando pelos doces, meios secos e secos.

Lágrima

O Vinho do Porto Branco do tipo Lágrima é o meu vinho do Porto favorito! Esse é um vinho bem doce. Esse é o vinho do porto mais caro entre as categorias comuns, mas também tem um paladar único! Há quem considere muito enjoativo, mas para tomar acompanhando a sobremesa é muito bom!

Recomendo o vinho lágrima da marca Kopke, que é uma marca que produz menor quantidade e é mais cara que a média, porém um dos melhores vinhos lágrima. Infelizmente, esse vinho é difícil de encontrar fora da cidade de Porto.

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Balseiros no centro e tonéis ao redor, na cave dos vinhos Ferreira. Foto: Sogrape Vinhos

Categorias especiais de Vinho do Porto

O Ruby e o Tawny são feitos com uvas de diferentes safras. E envelhecem, em média, até três anos. Os vinhos que envelhecem por mais tempo ou que foram feitos por uvas de melhor qualidade são considerados de categorias especiais e, consequentemente, mais caros! A maioria desses vinhos usa uvas de apenas uma safra e na garrafa vem gravado o ano da safra utilizada.

Tawny envelhecido

Tawny envelhecido é o mesmo tipo de vinho Tawny, feito a partir de várias safras. Seu diferencial é que ele fica envelhecendo nos tonéis por mais tempo, de 10 a 40 anos. Quanto mais tempo

Reserva

Reserva é feito a partir de uvas de melhor qualidade. Pode ser branco ou tinto. Ele envelhece de quatro a seis anos nos balseiros. Porém, assim como os vinhos comuns, não envelhecem dentro da garrafa.

LBV (Late Bottled Vintage)

LBV são vinhos que vem de uma mesma safra de uva, considerada especial. Envelhecem de quatro a seis anos dentro dos balseiros e depois de engarrafados continuam a sua evolução, ainda que não muito significativa. Possuem aspecto de vinho tinto Ruby, cor vermelha carregada e sabor frutado.

O LBV é um vinho que precisa ser consumido em até cinco dias depois de aberto.

onde comprar vinho do porto
Garrafas de vinho LBV e Vintage

Vintage

Vintage é considerado o melhor tipo de vinho do Porto! Só são considerados vintages os vinhos feitos a partir das safras de uvas consideradas excepcionais. Eles possuem aromas florais e frutados, cor intensa e taninos marcantes. O vintage envelhece apenas dois anos nos balseiros e é engarrafado.

Entretanto, ele mantém o envelhecimento na garrafa. Por isso, é interessante deixá-lo envelhecer alguns anos na garrafa. Seu rótulo indicará o ano da safra e do engarrafamento. Menos de 2% da produção de vinhos do Porto são do tipo Vintage. Um aspecto que precisa se atentar é que quando se abre a garrafa, é necessário tomar o vinho em até dois dias, senão ele perderá suas características.

Um dos “problemas” do Vintage é que ele é um vinho que precisa ser consumido em até dois dias depois de aberto. Por isso, em Portugal muita gente considera esse vinho para celebração, como casamentos, aniversários, etc. Pois ele é aberto para ser consumido por várias pessoas.

 

sobre viajar

Onde comprar Vinho do Porto em Portugal?

O Vinho do Porto pode ser encontrado em várias países e free shops do mundo. Entretanto é em Portugal o melhor local para comprar. Além dos preços serem menores, você encontrará mais opções. Veja abaixo onde comprar Vinho do Porto:

Supermercado

Nos supermercados em Portugal você encontrará os principais tipos do vinho das principais marcas. Nos supermercados, normalmente, é onde você conseguirá os melhores preços. Por isso é um bom local para comprar os vinhos Rubi, Tawny e Branco. Entretanto, se quiser um vinho especial, não haverá muitas opções, mesmo assim dá para encontra Reserva e Lágrima, por exemplo.

Os supermercados maiores possuíram mais opções de marcas e tipos de vinho, nos menores você não terá muita opção de escolha.

Dutty Free – Free shop

O Dutty Free dos aeroportos de Lisboa e Porto possuem algumas opções de vinhos do Porto. Apesar de você encontrar uma variedade maior de tipos de vinho do Porto, inclusive os especiais. Não há uma grande variedade de marcas. Entretanto, a maior desvantagem é que os preços são mais altos, do que as outras opções apresentadas aqui. Porém, mais barato do que Dutty Frees de outros países.

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Garrafas de Vinhos Porto – Foto: Terry Kearney (CC BY-NC 2.0)

Cidade do Porto

Porto é o melhor local para você comprar os vinhos que levam o nome da cidade. Em Porto você encontra uma variedade tão grande de vinhos e marcas que até fica perdido. Além disso, será onde você verá os melhores preços dos vinhos especiais. Além das duas opções apresentadas acima, Porto ainda possui outros dois locais para comprar vinho:

Caves de Vinho do Porto

As Caves são os locais onde o vinho do Porto são produzidos. Elas são abertas para visitação. Normalmente, no final da visita você pode degustar um ou mais tipos de Vinhos do Porto. Entretanto, esses não são locais baratos para comprar. Justamente, porque eles aproveitam que os turistas gostam de levar um tipo de vinho que ele acabaram de provar.

Entretanto, se você quer comprar um vinho muito específico, como o LBV ou um Vintage de uma safra específica, aí as caves são os locais que há mais chances de você encontrar.

Para saber mais sobre como é a visita às Caves e se vale a pena, leia o texto Visita as Caves de Vinho do Porto.

Lojas Especializadas

O melhor lugar para comprar Vinhos do Porto na cidade de Porto são as lojas especializadas em vinho. Quando falamos em loja especializadas em vinho, muita gente pensa em lojas sofisticadas com sommeliers. Essas lojas existem, mas são as pequenas lojas que possuem os melhores preços.

Há no centro de Porto algumas lojas especializadas em vinhos, com uma grande variedade de vinhos e ótimos preços, principalmente das marcas que não são vendidas em supermercados. Você encontrará vários tipos de vinhos de diversas marcas. Será até difícil escolher.

Os vendedores não costumam ter formação, mas são grandes conhecedores de Vinho do Porto e podem ter ajudar na escolha!

Degustação de Vinho do Porto

Em Porto, Portugal, há vários tours com degustação de Vinho do Porto. Até o Show de Fado possui degustação de vinho. A fama do Vinho do Porto é utilizada para atrair turistas para vários tipos de atividades.

Entretanto, para quem é apreciador de vinho, o melhor tour é ao Vale do Douro. Essa é a região onde são plantadas as uvas para a produção de vinhos do Porto e vinhos Douro. A excursão ao vale dura o dia inteiro, inclui visita a duas vinícolas, degustação de vinhos e passeio de barco.

Com tantas opções de passeios que incluem degustação de vinho em Porto, além dos baixos preços das garrafas vendidas nas lojas, tome cuidado para não abusar do álcool. De toda forma você terá o Seguro Viagem para lhe assegurar atendimento médico, caso precise de um pouco de glicose. Mas, esperamos que isso não seja necessário.

O que é necessário é o Seguro Viagem para viagens à Europa. O Tradado de Schengen obriga turistas a contratar o seguro. Caso vá viajar não esqueça de fazer o seu seguro, faça agora uma cotação na Seguros Promo, escolhe entre as várias opções e ganhe 5% de desconto com o cupom ABRACEOMUNDO5.

Foto em destaque: Porto – Foto de: Pug Girl

Caves de Vinho do Porto: conheça as melhores

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Um dos passeios mais tradicionais em Porto é visitar as caves do vinho do Porto. É um passeio interessante no qual podemos conhecer a produção do vinho mais famoso de Portugal e, no final, ainda degustar essa bebida espetacular!

Quando fiz intercâmbio em Portugal, tive a oportunidade de conhecer mais profundamente o vinho do Porto e visitar algumas caves, por isso posso contar como é essa visita e dar algumas dicas.

Antes de falar especificamente das caves, vale a pena dizer que Porto em Portugal, possui muitas outras atrações turísticas interessantes. Para conhecê-las temos um guia completo com as atrações, museus, praias e destinos turísticos próximos de Porto.

Tipos de Vinhos do Porto

Um dos atrativos da visita às caves  é conhecer a produção e diferença dos tipos de vinho do Porto. Os mais tradicionais são os vinhos tintos Ruby e Tawny, o vinho Branco também é muito produzido. Mas, ainda há o vinho Lágrima, que é branco e mais doce e o Rosé, que é o tipo mais novo. Para conhecer as diferenças, leia o texto Os diferentes tipos de Vinho do Porto e onde comprar em Portugal.

Caves não ficam em Porto

O curioso é que apesar deste famoso vinho ser denominado Vinho do Porto, na verdade, ele nem passa pela Cidade do Porto. As uvas são produzidas ao longo do Rio Douro e as caves ficam em Vila Nova de Gaia.

O vinho ganhou esse nome no século XVII por ser exportado a partir da cidade do Porto. Entretanto, Gaia fica tão perto de Porto que muita gente nem percebe que é outra cidade. Veja a foto abaixo, em um lado da margem fica Gaia do outro fica Porto.

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Do lado esquerdo é Gaia e do lado direito Porto

Como chegar às caves?

Na parte histórica de Porto, na região mais turística da cidade, há uma grande ponte chamada de Ponte Luís I. Essa ponte liga Porto a Gaia. Você pode atravessar a ponte andando ou de ônibus na parte de baixo. Neste caso você já chegará na região onde ficam as caves de vinho.

Na parte de cima da ponte passa o metro e o bonde. Entretanto, esses meios de transporte lhe deixarão na parte de cima da cidade, bem longe das caves.

Se chegar em Gaia sem ter reservado a visita, vale a pena passar no Centro de Informações Turísticas da cidade, que fica próximo à ponte. Lá eles podem lhe informar locais, preços, horário de visitação e tipos de visitas que existem nas caves.

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Cave de vinho do Porto da Sandeman – Foto: Sogrape Vinhos

Como é a visita a uma Cave de Vinho do Porto

As visitas as caves foram criadas como forma de aproveitar uma demanda dos turistas em conhecer mais sobre o vinho do Porto e, é claro, vender mais garrafas. Há 12 caves que oferecem visitação na cidade de Gaia e em todas elas há degustação do vinho do Porto, no final da visitação.

Apesar de existirem muitas caves, a visita não varia muito, é basicamente a mesma e dura em média uma hora. A visita é guiada, com grupos, em geral, com mais de 10 pessoas, podendo passar de 40 pessoas, dependendo da cave e do dia.

Os guias contam a história do vinho do Porto, da cave e explicam como são produzidos os diferentes tipos de vinho do Porto (Branco, Ruby, Tawny). Tudo isso andando no meio dos tonéis onde ficam armazenados os vinhos. No final, a melhor parte, a degustação!

A maioria das casas oferecem visitas em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês. O inglês, normalmente, é o idioma com mais horários de visitas. É possível comprar a visita na cave na hora, entretanto procure saber primeiro os horários da visita, senão você precisará esperar algumas horas para fazer a visita em português ou precisará fazer a visita em outro idioma.

Por isso, muita gente prefere reservar a visita com antecedência, pois já assegura o horário da visita. Falarei mais sobre como reservar nos tópicos seguintes.

Algumas caves oferecem mais de um tipo de visita. Na verdade, a visita é a mesma e o que varia são os vinhos da degustação. Quanto mais vinhos disponíveis ou de melhores qualidades, mais cara será a visita!

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Degustação padrão são de dois ou três vinhos, um branco e os outros tintos – Foto: Cave Ferreira

Se for fazer muitas visitas ou quiser comprar algumas garrafas de vinho para beber no hotel, apenas tenha cuidado para não exagerar e passar mal. Ninguém quer passar mal em uma viagem. Mas, se passar, você tem o seguro de viagem. Lembre que contratar seguro viagem é obrigatório para as viagens à Europa.

Se ainda não contratou, faça agora uma cotação na Seguros Promo, escolhe entre as várias opções e ganhe 5% de desconto com o cupom ABRACEOMUNDO5. Ganhe mais 5% de desconto pagando em boleto ou PIX.

Principais Caves de Vinho do Porto

Escolher a Cave a ser visitada não é tarefa fácil! Há mais de 10 caves na cidade. As visitas são bastante parecidas, e você pode dar sorte, ou não, de pegar guia melhor que deixe o passeio mais interessante. Entretanto, a parte mais objetiva que pode ser comparada é a degustação de vinhos. Veja abaixo algumas das caves mais visitadas.

Calém

produção vinho do porto
Visita guiada da Calém, com projeções de imagens nos balseiros – Foto: divulgação

Uma das caves mais visitadas é a Calém, que possui mais de 235 mil visitantes por ano. A cave pertence ao grupo Sogevinus, proprietários também de outras 6 marcas de vinho, incluindo Kopke e Velhotes.

A Calém é a principal marca da empresa, por isso foi onde ela decidiu investir para oferecer uma boa experiência ao turista. A visita inclui um Museu Interativo (15 minutos) e uma visita guiada às caves históricas que dura cerca de 30 minutos.

Apesar da visita ser interessante, o que deu fama à Calém é a variedade de opcionais existentes que vão desde harmonização dos vinhos com queijo e chocolate até show de fado. Para ver todas as opções clique aqui.

Degustação

A visita padrão possui dois tipos de degustação, o Standart  que dá direito a um vinho Branco e um Tawny Reserva (15€), e o Premium que dá direito a uma terceira degustação de um LBV, Late Bottled Vintage (17€).

Para quem procura uma experiência ainda mais interessante, vale a pena ter a degustação de queijos e chocolates harmonizado com os 3 vinhos. Para ver horários das visitas em português e preços, acesse o Civitatis que vende os passeios em Reais.

Para a visitação padrão e degustação standart, crianças com até 5 anos não pagam e com idade de 6 a 17 anos pagam metade do ingresso.

fado e vinho do porto
Apresentação de Fado da Calém – Foto: divulgação

Show de fado + degustação

A Celém ainda possui uma visita guiada que além de visitar a cave e fazer a degustação de vinhos, ainda está incluído uma apresentação de 45 minutos de fado (foto acima), que é uma música típica de Portugal. O único problema é que a visita guiada é apenas em inglês e ocorre apenas uma vez ao dia, às 18:00. Para saber horários e informações clique aqui.

Crianças de até 9 anos não pagam.

Onde comprar os ingressos

Você pode comprar o ingresso na porta da Cave (sujeito a lotação), no site oficial ou em um site de venda de ingressos, como o Get Your Guide ou Civitatis. Eu indico esses sites, porque além do preços ser semelhante, eles ainda permitem cancelamento grátis. O Civitatis ainda vende em Reais, o que evita a cobrança do IOF do cartão de crédito.

Taylor’s

museu vinho do porto
Museu da Taylor’s que é visitado junto com a visita a cave – Foto: divulgação

A Taylor’s é uma das mais antigas empresas a produzir vinhos do Porto, desde 1693. O problema dessa cave, é que você precisará subir uma rua íngreme para chegar até ela!

Depois do sacrifício você perceberá que de lá tem uma boa vista do Rio Douro e do centro histórico de Porto. No local ainda tem um restaurante.

A visita à Taylor’s não é guiada, cada pessoa recebe um áudio guia que explica a origem da cave e o processo de produção dos vinhos. Como a visita custa o mesmo valor da Calém (15€) e não há um guia, a visita é menos procurado

O destaque é a degustação 2 vinhos, um branco extra-seco e um LBV.

Crianças de até 7 anos não pagam e de 8 a 17 pagam 6€. Para saber preços e horário de funcionamento, clique aqui.

Ferreira e Sandeman

Cave Sandeman – Foto: divulgação

Essas são duas das principais marcas de vinhos do Porto. Você já deve ter visto estar marcas em supermercado, principalmente a Ferreira é uma das marcas que mais presentes no Brasil.

A Casa Ferreira é uma produtora criada em 1751 por Bernardo Ferreira. Entretanto, foi sua neta Dona Antónia Adelaide Ferreira que ficou marcada como símbolo da empresa. Ao comandar a empresa Dona Ferreira conseguiu ampliar a produção e consolidar a marca.

Já a Sandeman foi criada em 1790 por um escocês chamado George Sandeman. O que chama mais atenção é sua logomarca, um homem de capa e chapéu criada em 1928, chamado de “Don Sandeman” e considerado um dos primeiros símbolos icônico de marca de vinhos do mundo.

As duas marcas possuem bastante tradição, entretanto, o que fez eles estarem presentem em vários países do mundo foi eles fazerem parte de um conglomerado de empresas chamado Sogrape. Essa empresa possui marcas de vinho da Espanha, Argentina, Chile, Nova Zelândia, e adquiriu essas duas marcas em 1978 e 2001, respectivamente.

O principal motivo de você encontrar essa marca em várias lojas especializadas e dutty frees do mundo é sua ampla rede de distribuição.

Além da Ferreira e da Sandeman, a Sogrape também é dona da marca de Vinho do Porto Offey. Entretanto, estão abertas a visitação apenas as caves da Ferreira e Sandeman.

A Sogrape leva a sério as visitas como uma forma de divulgação das marcas, há visitas em seis idiomas diferentes. Há 4 tipos de visitas diferentes na Sandeman e 5 visitas diferentes na Ferreira. Os preços são iguais nas duas caves.

Cave Sandeman

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Don Sandeman, guia vestico com a capa preta e chapéu típicos da marca – Foto: divulgação Sandeman

Na Sandeman, o guia vai vestido como o Don Sandeman, com uma capa e chapéu pretos. A Visita Clássica, que é a mais barata e com preços semelhantes as outras caves, possui duas degustações. A Visita Premium possui três degustações: Branco, Ruby e Tawny.

Ambas as visitas duram 40 minutos. Já as visitas mais caras duram 1h30min e possuem 5 e 4 provas de vinhos, com destaque para a visita Old Tawnies com provas de Tawnies que envelheceram por 10, 20, 30 e 40 anos. Entretanto, essa é a visita mais cara. Para saber preços e horários clique aqui.

Cave Ferreira

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Área de degustação da Casa Ferreira – Foto: divulgação

A Cave Ferreira possui uma sala com a história de Dona Ferreira. Com relação as visitas, são parecidas a Sandeman, a diferença são as degustações. A visita que tem a mais é que fala e degusta sobre os vinhos Douros. As demais degustações são equivalentes, entretanto a principal visita da casa possui degustações de Vinhos Vintages que são melhores do que os Old Tawnies da Sandeman. Para ver preços e horários das visitas da Cave Ferreira clique aqui.

Cave Croft

produção vinho porto portugal
A Cave da Croft é menos procurada por turistas por isso a visita é mais privativa – Foto: divulgação Croft

A Croft, fundada em 1588, é a produtora de vinho do Porto mais antiga ainda em funcionamento. Apesar de não ser das maiores empresas, ela tem muita história. Por exemplo, o vinho rosé da Croft, chamado de Pink, foi o primeiro vinho rosé do Porto criada em 2008.

Essa era uma das caves mais vazias, por isso era uma ótima opção para quem procurava fugir das multidões. Entretanto, a empresa parou de fazer visitas à sua cave durante a pandemia.

Agora ela oferece visitas à seus vinhedos com direito a degustação. Ela também vende cestas de piquinique para comer no local. O local chamado de Quinta da Roêda é bonito, fica no Vale do Douro, o problema é que ele está a 125 km de Porto. Para quem quer conhecer a região do Douro há um tour saindo de Porto que visita a região onde são plantado as uvas usadas no Vinho do Porto. Esse, inclusive, é um dos tours mais procurados de Porto.

Outros tipos de tours para provar vinho do Porto

Os portugueses sabem que o vinho do Porto é famoso mundialmente e que grande parte dos turistas que chegam à cidade querem provar o famoso vinho. Por isso, há uma grande quantidade de tours que envolvem a degustação de vinho do porto.

A começar por um tour de 3 horas, com 10 degustações de 3 marcas diferentes de vinho do porto. Há um trenzinho turístico que circula pelo centro histórico de Porto e inclui a visita a uma cave.

Você também encontra na cidade show de Fado, o estilo musical mais tradicional de Portugal, em que também são oferecidas degustações de vinho. O tour gastronômico que passa em alguns bares e prova comidas típicas e também há degustação de vinhos.

Para quem quer conhecer a produção do vinho mais afundo, o indicado é o tour que visita o vale Douro, onde são plantada as uvas que são utilizadas para a produção do vinho. O tour ainda inclui visita a duas vinícolas e um passeio de barco.

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Local de degustação da Taylor’s. Foto: Taylor’s Vinhos

Onde comprar vinho do Porto?

Ao contrário do que parece, as caves não são bons locais para comprar vinho, pois seus preços são mais altos. Caso você queira um vinho especial, um vintage ou uma reserva de um ano específico, aí sim, as caves são os melhores lugares para comprar, pois não haverá lugar com mais opções.

Entretanto, caso compre os vinhos comuns é melhor comprar em uma loja no Porto. No centro da cidade há algumas lojas especializadas em vinhos do Porto, não são lojas requintadas, são lojas simples, parecendo mercearias. Elas ficam nas ruas paralelas a avenida principal e seus preços são bem menores do que nas caves, além de possuírem opções de várias marcas.

Também há a opção de comprar no supermercado. O preço do supermercado é até melhor que nas lojas de rua, porém possui menos opções, só as maiores marcas vendem em supermercados. Por isso, se você for a Porto, eu recomendo comprar em uma loja especializada em vinho. Além da maior variedade de opções, eles ainda podem te indicar alguma marca ou tipo específico.

Foto de capa: Nice place to hide yourself - Foto de: Jairo

Mercado Central de Belo Horizonte: cheiros, sabores e encantos

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pimentas mercado central

O Mercado Central de Belo Horizonte é o mercado mais tradicional da capital mineira. Fundando em 1929, como forma de abastecimento de alimentos da cidade, ele já passou por diversas fases e é hoje local de encontrar vários produtos, principalmente produtos tradicionais mineiros.

Eu, como um bom mineiro, sempre frequentei e comprei no Mercado Central. Mas, fiz uma visita especial e algumas entrevistas para contar um pouco melhor como funciona esse eclético mercado.

mercado central bh antigamente
Mercado Central de BH no final da década de 1920 – Foto: Arquivo Mercado Central

História do Mercado Central BH

O Mercado Municipal foi fundado pela Prefeitura de Belo Horizonte em 1929. Naquela época havia duas importantes feiras que foram juntadas para formar o novo mercado. No começo o mercado tinha uma estrutura bem simples, com barracas de madeiras, chão de terra e era descoberto.

Em 1964 a prefeitura resolveu vender o mercado, alegando impossibilidade de administrá-lo. A venda se daria através de leilão e quem ganhasse, precisaria construir as paredes e a cobertura do local. Os comerciantes criaram uma cooperativa para participar do leilão.

Fato curioso é que no dia do leilão, os comerciantes bloquearam a entrada do local, impedindo os outros investidores de entrarem no lugar onde ocorreria o leilão. Com a impossibilidade de investidores paulistas e cariocas participarem, a cooperativa dos comerciantes fez proposta única e venceu.

O prazo para construir as paredes e a cobertura do mercado era de 5 anos. Devido a falta de dinheiro as obras começaram apenas em 1969, com a ajuda financeira de um banqueiro mineiro. E para dar conta de terminar no prazo, foi necessário contratar quatro construtoras, uma para construir cada parede externa. A cerâmica quadrada das paredes foi escolhida justamente por ser a mais rápida de montar. Com o esforço, eles conseguiram concluir a obra externa a tempo.

Nessa época a parte interna do mercado continuava a mesma, barracas de madeira e chão de terra. As reformas para modernizar a parte interna levaram mais de uma década. E apenas na década de 1980 foi finalizada com lojas de alvenaria, piso acimentado e estacionamento.

Na década de 1980 foi quando o mercado teve sua maior transformação. Em 1974 foi inaugurado o Ceasa Minas, Central de Abastecimento da Grande BH. O local muito maior que o Mercado Central e com maior oferta de produtos agrários, fez diminuir a venda de muitos comerciantes, principalmente, os que vendiam frutas, hortaliças e verduras.

Posteriormente, a difusão de supermercados pela cidade, fez cair as vendas dos inúmeros mercadinhos que existiam no Mercado Central. Por isso muitos comerciantes precisaram se adaptar, muitos deles mudando o ramo da atividade.

doces mercado central bh
Há grande variedade de doces no Mercado Central BH

Mercado Central atual

Hoje, o Mercado Central de Belo Horizonte conta com mais de 400 lojas que vendem de tudo: frutas, carnes, temperos, doces, queijos, artesanato, panelas, cachaças, etc. Há desde barracas mais simples que vendem frutas da mesma forma a décadas a lojas mais sofisticadas que vendem carnes especiais.

A falta de higiene que era comum antigamente e, eu próprio, via quando criança, já não existe mais. Hoje os comerciantes seguem as normas de higiene e mantém suas lojas limpinhas.

Os preços também mudaram, o mercado que já foi um lugar de comprar barato, agora é um lugar de achar bons produtos, que algumas vezes têm o preço um pouco acima da média. Os comerciantes gostam de frisar que a qualidade dos seus produtos é superior, por isso se justifica o preço mais alto.

Segundo a assessora de eventos do Mercado Central, Cláudia Neris, o público diário que frequenta o mercado é entre 40 e 50 mil pessoas, dados de 2016. Nos finais de semana o fluxo aumenta, podendo chegar a 80 mil. A média mensal é de 1,2 milhão de clientes. Para dar conta de atender todo esse público há três mil funcionários, distribuídos pelas lojas, seguranças e limpeza.

Visita guiada

Como o Mercado Central BH virou um ponto turístico da cidade, o local passou a oferecer visitas guiadas. Elas ocorrem apenas durante a semana, das 9h às 16h com grupos de até 20 pessoas. Para saber mais e agendar acesse o site do Mercado Central.

Hotéis próximo ao Mercado Central e o Minascentro

O Centro de Belo Horizonte já foi a principal região para se hospedar na cidade. Hoje, os hotéis da região são mais antigos, porém há opções interessantes na divisa entre o centro e Lourdes, que é o bairro mais elitizado da cidade.

Essa é uma região mais procurada pelo turismo de negócios, sobretudo devido ao Minascentro, um centro de convenções que fica em frente ao Mercado Central.

O Ibis Budget Minascentro é uma opção de hotel econômico a 450 metros do Mercado Central. Já o Hotel Quality Lourdes é uma opção mais confortável a 700 metros do mercado.

Atualmente, a Savassi é a região preferida dos turistas e é onde estão a maioria dos novos hotéis. Para conhecer os principais bairros para se hospedar leia nosso texto sobre onde ficar em Belo Horizonte.

mercado central de bh
Corredor onde há produtos de artesanato no Mercado Central de BH

O que mais vende no Mercado Central BH?

O que é mais vendido no mercado são produtos de laticínios, ou seja, queijo e derivados. São 48 lojas desse ramo e há um corredor que se concentra boa parte dessas lojas. O principal produto dessas lojas é o delicioso queijo minas. Há diferentes tipos e marcas do queijo minas, variando de R$30 a R$80, o quilo.

Queijo minas, um produto famoso em todo o país

Os mais comuns são o queijo minas padrão e o meio curado. O queijo minas padrão é branco-creme, mais leve, com buracos irregulares e levemente ácido. Já o queijo meio curado é mais amarelado e sabor mais intenso, lembra o queijo prato, a massa é mais macia e tem um teor de gordura maior.

Também há o queijo frescal que é um queijo fresco e mais light, de massa crua e de validade menor, em torno de um mês. Mas, nem só de queijo minas vive essas lojas, elas também vendem outros tipos de queijo como requeijão, parmesão e provolone. Além, é claro dos doces!

Doces típicos para adoçar qualquer paladar

O doce de leite e a goiabada são os doces mais vendidos do Mercado Central de Belo Horizonte. Minas Gerais, terra do leite, tem tradição na produção de doces de leite, por isso muitas lojas do mercado vendem o produto à granel.

Entretanto, os doces de leite embalados são considerados melhores. O da marca Viçosa, foi por muito tempo, considerado o mais famoso, tendo ganhado vários prêmios. Entretanto,  surgiram outras marcas tão boas quanto ou mesmo melhores; como o doce de leite DOM que é artesanal e sem nenhum tipo de aditivo ou conservante.

Você também encontra doces de leite misturados com algum outro produto, como: chocolate, maracujá, coco, morango, ameixa (meu preferido), entre outros.

As goiabadas também fazem muito sucesso. A preferida dos consumidores é a do tipo cascão, que é mais consistente que a goiabada comum, e tem esse nome devido ao uso de pedaços de cascas da goiaba. Pode experimentar e você verá que a goiabada cascão é bem melhor que essas goiabadas industrializadas que vendem em supermercados.

Por sinal, vale a pena frisar que vários tipos de produtos podem ser degustados no Mercado Central BH. Nem sempre os pedaços para degustação ficam expostos, mas se você solicitar, o atendente lhe oferece o produto para experimentar.

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Laticínios são os produtos mais vendidos do Mercado Central BH

Mercado Central de Belo Horizonte vende de tudo um pouco

O Mercado Central de Belo Horizonte vende vários produtos, de tudo um pouco. Carnes é um dos itens mais vendidos, há vários açougues e algumas peixarias. Carnes de porco, boi e frango são as principais, mas também há carnes exóticas, como pato, cabrito, capivara, entre outras.

Temperos

Outro item muito buscado no mercado são os temperos. Há várias lojas que vendem temperos, como açafrão, orégano, chimichurri e até alguns mais exóticos como semente de papola. Também há lojas especializadas em pimenta, que vendem tanto os produtos in natura como em molho. Essas lojas são o paraíso dos fotógrafos, pois as imagens das formas e cores das pimentas e dos vidros de pimenta são muito interessantes!

Frutas

Também é possível encontrar frutas. Antigamente, esse tipo de produto era um dos principais do mercado, mas, hoje em dia, sobraram poucas lojas. Apesar de venderem frutas muito bonitas, os preços são mais altos que em supermercados e sacolões.

Também são vendidos frutas em pedaços, prontas para serem consumidas. Faz parte do passeio no mercado, comer um pedaço de abacaxi ou melancia. Cada pedaço custa R$5 e as frutas são geladas e deliciosas! Em volta do elevador, é o local que se concentra as lojas que vendem as frutas em pedaços. Não deixe de comer!

Artesanato

Artesanato é outro produto que se encontra no Mercado. Há algumas lojas desse ramo, que possuem alguns produtos interessantes. Porém, o mercado não é o lugar mais indicado para se comprar esse tipo de produto. A Feira de Artesanato, conhecida como Feira Hippie, que acontece aos domingos na avenida Afonso Pena é o melhor lugar, pois tem uma grande variedade de itens e de expositores.

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Frutas descascadas fazem bastante sucesso no mercado

Bares do Mercado Central BH

O Mercado Central BH possui vários bares. Na maioria deles não há mesas, nem cadeiras e as pessoas bebem em pé. Há pouco tempo, os bares eram botecos simples que são chamamos em Minas de “copo sujo”.

Porém, os bares foram se modernizando e alguns já melhoraram muito o nível. Os principais bares do mercado são: Bar da Loira, Bar da Tia e Rei do Torresmo. Os principais tira-gosto dos bares do cercado são a carne de porco com jiló e o fígado de boi.

bares mercado central de belo horizonte
Mesmo sem mesas e cadeiras, os bares ficam cheios aos finais de semana

Cachaça

Minas Gerais é famosa pela produção de cachaças, há centenas de alambiques espalhados pelo estado. E o mercado é um ótimo lugar para comprar esse tipo de bebida. Há algumas lojas especializadas na venda de cachaça.

A principal loja era a AJR Cachaças que possuía 800 marcas de cachaças, porém ela encerrou as atividades. Há outras lojas especializadas em cachaça no mercado, porém com uma variedade menor de rótulos.

Normalmente, essas lojas vendem mais caro que os supermercados, mas eles podem te dar uma boa explicação das diferenças das cachaças, além de ter uma variedade maior.

mercado central belo horizonte
Loja especializada em cachaça

Horário de funcionamento do Mercado Central BH

Segunda-feira a sábado – 8h às 18h

Domingos e feridos – 8h às 13h

Para mais informações sobre lojas e estacionamento, acesse o site do Mercado Central.

Dicas do Mercado Central de Belo Horizonte

  • Pesquise antes de comprar, pois os preços podem variar bastante entre as lojas.

  • Os dias mais cheios são sexta, sábado e domingo. Se quiser tranquilidade e corredores vazios, fuja desses dias. Se esses dias forem antes de datas comemorativas como páscoa e natal, o mercado estará ainda mais cheio.

  • Se quiser ir aos bares, os finais de semana podem ser boas opções. Pois são os dias que os bares tem mais vida. Durante a semana, eles ficam meio vazios.

  • O banheiro do mercado é pago e nem sempre é limpo.

  • O estacionamento possui 400 vagas e é caro como os demais estacionamentos do centro de Belo Horizonte.

Agora que você já conhece o Mercado Central BH, veja nossas matérias sobre outras atrações turísticas de Belo Horizonte. A famosa Igrejinha da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer é o ponto turístico mais famoso da cidade. Já a Praça da Liberdade é o ponto mais charmoso da capital mineira.

Caso você esteja procurando hospedagem, temos um texto completo sobre onde ficar em Belo Horizonte onde mostramos os melhores bairros com dicas de hotéis.

O que é hostel? Como funciona, dicas e advertências

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o que é hostel

Você sabe o que é hostel? Esse termo pode soar estranha para muita gente. Hostel é uma palavra que vem da língua inglesa e se você traduzi-la para o português encontrará a palavra “albergue”.

Albergue também é utilizada para denominar hospedagens gratuitas que são oferecidas por prefeituras e entidades sociais para moradores de rua. Apesar de também possuir quartos compartilhados, são locais totalmente diferentes.

Por isso, em português é mais comum você encontrar a denominação “albergue da juventude”. Entretanto, para evitar má entendimento, mesmo no Brasil, o mais comum é utilizar a palavra hostel!

O que é hostel?

Se você não sabe o que é hotel, podemos dizer que é um tipo de acomodação de baixo custo em relação aos meios de acomodações tradicionais, onde há maior convívio social e predominantemente jovens.

Ou seja, hostel é um lugar onde a hospedagem é mais barata que um hotel ou pousada; com maior socialização entre hóspedes e frequentado, sobretudo, por jovens.

Hospedagem barata

A principal característica que popularizaram os hostels é o valor da hospedagem. Ela é mais barata devido aos quartos compartilhados. Esses quartos são dormitórios que possuem várias camas, por isso seu custo é baixo. É comum encontrar quartos compartilhados com 4 a 12 camas, embora existam hostels com quartos para 16, 20 até 24 pessoas.

A lógica é simples, quanto mais pessoas nos quartos, mais baratas as diárias. Os dormitórios podem ser masculinos, femininos ou mistos e podem ter armários individuais para você guardar seus pertences.

Mas, os hostels também oferecem quartos privados para até quatro pessoas. Inclusive, o quarto privado para quatro pessoas pode sair mais barato que quatro camas nos dormitórios.

hostel o que é
Quarto compartilhado pode ser divertido, mas também bagunçado – Foto: Pak-Up Hostel (Tailândia)

Entretanto, os quartos para duas pessoas, nos melhores hostels, são mais caros do que em uma pousada ou hotel do mesmo nível. Isso ocorre porque várias pessoas pagam mais para se hospedar em um hostel devido às facilidades e socialização que eles possuem.

Hostel, ambiente de socialização

Como há várias pessoas dividindo o quarto, fica mais fácil a socialização entre os hóspedes. Mas, esse não é o único aspecto, hostels têm áreas sociais que são propícias ao convívio. Alguns hostels têm até atividades sociais como jogos, karaokê e noite de cinema para os hóspedes interagirem.

albergue da juventude
Quarto compartilhado do Ô de Casa Hostel (São Paulo) – Foto: divulgação

Além disso, quem tem costume de se hospedar em hostel, gosta de conhecer, conversar e fazer novos amigos. Principalmente, para pessoas que viajam sozinhas, o hostel é uma ótima opção para conhecer pessoas e encontrar companhia para fazer passeios. Há pessoas que viajam e pagam um pouco mais para ficar em quartos privados em hostels, por causa de todo esse ambiente.

E é claro, para quem tem orçamento apertado ou viaja sozinho, o hostel é uma opção mais barata, pois quartos individuais são mais caros.

Como funciona um hostel: facilidades e instalações

Outro diferencial do hostel em relação ao hotel são as facilidades. No hostel, normalmente, há cozinha que os hóspedes podem utilizar. Então, caso queira economizar ou tenha restrições alimentares, você pode preparar a sua própria comida. Mas, não esqueça de que você terá que lavar a louça que sujou!

Hostel também podem ter lavanderia, bar, depósito de bagagem, computadores para acesso à internet, empréstimos de livros, jogos de tabuleiro, etc.

o q é hostel
Eu já fiquei no Castle Rock Hostel (Escócia), à noite há jogos para interagir os hospedes – Foto: divulgação

Outro diferencial importante é que os recepcionistas são, normalmente, mais dispostos a ajudar, dando boas informações turísticas e de meios de transporte e além disso, são pessoas que falam inglês. Pousadinhas ou hotéis mais baratos, em vários países, não possuem recepcionistas que falam bem inglês, em vários casos não falam nada.

Por tudo isso, o hostel é um tipo de hospedagem que está crescendo. E há hostels de vários níveis e preços; alguns com muito conforto e facilidades, mais caros que muitos hotéis. Outros mais simples que só tem o quarto e nada mais.

Hospedagem de mochileiro

Os hostels, ou hostals, como são chamados em espanhol, são muito procurados por um tipo de viajante: os mochileiros. Quem viaja com mochila nas costas costuma se hospedar em hostels.

No Brasil, ainda não é muito comum viajar de “mochilão”, entretanto em outros locais do globo, como Europa ou Sudeste Asiático, há bastante mochileiros. Em Bangkok, na Tailândia, por exemplo, existe até uma rua conhecida como rua dos mochileiros.

o que é um hostel e como funciona
Bandeiras de países são comuns em hostels – Foto: Railway Square YHA (Austrália)

Para quem pretende viajar de mochilão, é preciso tomar alguns cuidados na hora de escolher a mochila. Para ajudar nessa tarefa fizemos um texto com todas as dicas na hora de escolher uma mochila de viagem.

Desvantagens do hostel

Hospedar em hostel também pode proporcionar alguns desconfortos. A principal queixa são os quartos compartilhados, que pode haver barulho ou alguém pode acender as luzes de madrugada. Entretanto, os melhores hostels possuem luzes individuais em cada cama e curtinha para dar mais privacidade.

E falando de privacidade, esse é outro ponto negativo. Não apenas nos quartos, mas também nos banheiros. Muitos banheiros são coletivos, tipo de clube, onde há várias chuveiros e várias privadas.

Outra reclamação é limpeza, nem todo hostel é bem limpo. Por isso, é importante olhar a avaliação antes de reservar. Tanto o Booking quanto o Hostel World possuem uma nota geral de cada estabelecimento e uma apenas para a limpeza. Vale a pena observar antes de reservar.

O barulho também pode ser um problema, mesmo se você estiver em um quarto privado. Os hotels que possuem bares dentro do estabelecimento possuem uma quantidade de barulho maior que pode atrapalhar alguns hóspedes. Se você está indo com intuito de curtir a noite, isso não será um problema.

Entretanto, se quiser descansar depois de um dia cansativo, é melhor escolher um hostel sem bar. Nos comentários das avaliações no Booking ou Hostel World, as pessoas sempre falam se houver barulho, por isso é bom ler os comentários.

Hostels durante a pandemia de coronavírus (covid19)

Durante a pandemia de coronavírus (covid19), uma característica admirada dos hostels virou um problema. Os espaços compartilhados (quartos, banheiros e cozinha) e as áreas de convivência se tornaram uma preocupação, devido ao maior risco de contágio. Com isso, vários viajantes evitaram esse tipo de hospedagem e alguns chegaram a fechar.

Entretanto, com o controle da pandemia, os hotels voltaram a ser a escolha preferida de vários viajantes.

o que é hostel
O que é hostel – Bar do Los Amigos Hostel (Guatemala) – Foto: divulgação

Reservar ou não o hostel?

Primeiramente, vale a pena reservar. Nas primeiras vezes que utilizei hostel eu não reservava, chega na cidade e procurava a hospedagem. Essa questão de reservar ou não a hospedagem é complexa, temos até um texto sobre isso.

Por um lado eu pagava menos escolhendo a acomodação na hora. Muitas propriedades permitiam uma negociação no valor, o que gerava um desconto na hospedagem. Por outro lado perdíamos muito tempo na procura de um quarto, algumas opções de hospedagens eram caras e outras estavam cheias.

Outro fator fundamental, é que não tínhamos muito base de comparação, e algumas vezes escolher hostels com péssima relação custo-benefício.

Quarto compartilhado hostel
Quarto compartilhado com camas com cortinas Foto: CoDE Pod Hostels (Escócia)

Onde reservar o hostel?

No começo da minha vida mochileira, eu reservava através do site Hostel World, que é um site que tem apenas hostels. Entretanto, hoje em dia reservo pelo Booking, porque considero um site melhor para pesquisar vários tipos de propriedades e comparar as opções. Veja abaixo as características de cada site.

Vantagens do Booking

O Booking é a maior plataforma de reservas de hospedagens do mundo, por isso, ele costuma ter mais variedades. Um dos diferencias desse portal são as opções de buscas. Há uma barra à esquerda em que você pode refinar a pesquisa.

Um dos filtros é o “tipo de propriedade”, onde é possível escolher: hotel, albergue (hostel), camping, apartamento, casa de temporada, etc. Também é possível escolher as facilidades como piscina, cozinha, depósito de bagagens, etc. E você ainda pode escolher uma localização, como um bairro da cidade.

Outro recurso interessante é poder ver a localização em um mapa, funcionalidade que não há no Hostel World. Outra vantagem é o sistema de cancelamento mais fácil de ser usado e a possibilidade de pagar antecipado em Reais em algumas acomodações no exterior, o que evita o IOF do cartão de crédito.

Vantagens do Hostel World

O que há de melhor na plataforma do Hostel World são os comentários e a avaliação! Os comentários no Hostel World são feitos, normalmente, por que tem costume de se hospedar em hostels. Por isso, as avaliações são mais úteis.

Além disso, o critério de avaliação dos hóspedes é melhor dividido. Há dois itens no Hostel World (segurança e diversão), que não há no Booking e são itens bem pertinentes a um hostel.

Para quem prefere se hospedar em hostel, o Hostel World permite ter informações mais pertinentes, o que poupa tempo e ajuda na escolha da hospedagem.

Reserve através de um link de blog

Quando for reservar uma hospedagem, seja através do Booking ou Hostel World reserve pelo nosso blog ou por algum outro que você goste. Para você será o mesmo valor que entrando direto no site de reservas e o blog recebe uma comissão que ajuda a manter o site e realizar novos projetos.

hostel
Ambiente de convívio do Wombats Munich Hostel (Alemanha) – Foto: divulgação

Outras dicas sobre hostels

Se for se hospedar em um hostel siga essas dicas:

  • Se for ficar em um dormitório, veja se o hostel tem armários individuais. Eu já fiquei várias vezes em hostels que não possuíam isso; nunca me roubaram nada, mas é mais seguro colocar seus pertences no armário e trancá-lo. Principalmente, se tiver objetos de valor, como computador, tablet, máquina fotográfica, etc.
  • Leve cadeado! Os armários individuais têm trinco e cada hóspede deve levar o seu cadeado. É bom levar até mais de um cadeado. Alguns hostels possuem tomadas para carregamentos de equipamentos eletrônicos individuais que podem ser trancados.
  • Leia os comentários de quem já se hospedou, para saber as características daquele hostel, se ele é barulhento, sujo ou bem localizado, por exemplo.
  • Prefira hostels com café da manhã. Eles podem ser um pouco mais caros, mas é um custo-benefício que vale a pena. Principalmente, se tiver pouco tempo disponível naquela cidade.
  • Se for viajar para cidades caras, prefira ficar em hostel com cozinha, pois comprando no supermercado comida congelada, semipronta ou mesmo in natura, te fará economizar bastante.

Outras dicas para quem já sabe o que é um hostel e como funciona

Agora que você já sabe o que é um hostel e como funciona, veja nossas outras dicas de viagem. Você pode começar com nosso texto sobre como planejar e fazer um roteiro de viagem. O planejamento é essencial para aproveitar ao máximo o destino e gastar menos.

Uma outra questão muito importante, é decidir se vai viajar de mochila ou mala. Quem se hospeda em hostels, costuma viajar de mochila cargueira, o famoso mochilão. Ela lhe permite mais agilidade como ao utilizar o transporte público, entretanto também limita a quantidade de roupa que você pode levar.

Caso você planeje uma viagem a um destino muito frio, como os destinos que nevam, vale a pena conferir como se vestir no frio.

Imagem destacada: Hostel Dormitory – Foto de: Let99

Reservar ou não o hotel?

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reservar ou nao hotel

Reservar ou não reservar hotéis, eis a questão

Essa é uma dúvida cruel na hora de planejar uma viagem. Reservar ou não reservar hotéis? E o resultado da sua escolha impactará nos gastos e deixará sua viagem mais rígida ou flexível.

Mas, afinal o que vale mais a pena? A resposta para essa pergunta é: depende. E depende de muita coisa! E não importa se você se hospeda em hotéis ou hostels, os prós e os contras são os mesmos!

Roteiro de Viagem

Primeiramente, depende do seu roteiro de viagem. Se você está com uma viagem em aberto, não sabe, exatamente, quantos dias vai ficar em cada cidade, não adianta reservar; pois se você já tiver reservado e não necessitar do quarto, terá que pagar por ele mesmo assim. Cancelamentos de reserva variam de estabelecimento para estabelecimento, mas são realizados, no mínimo, com três dias de antecedência. É possível também reservar apenas para uma parte da viagem, para o primeiro destino ou para uma cidade do roteiro que estará cheia naquela época.

Economia

Reservar antes pode fazer você economizar ou pagar mais caro pela estadia. Quando eu viajo sem reserva, um dos motivos é poder negociar na hora e pagar um valor menor pela diária. Porém, isso só funciona se você estiver viajando em baixa temporada. E é preciso pesquisar, pois dentro de um mesmo país ou até cidades próximas, podem haver períodos de baixa e alta temporadas diferentes. Outra questão referente aos hostels é o país. Em países mais desenvolvidos, como EUA e o oeste europeu, a vida é muito mais informatizada e os hostels e hotéis mais baratos, provavelmente, estarão no WorldHostel e Booking. Já nos outros países, as hospedagens mais baratas, sejam elas hotéis, hostels ou guesthouse (pousada) não estão disponíveis nos sites. Então para economizar, se for para EUA ou Europa aconselho comparar os preços e reservar antecipadamente, já para os outros, caso viaje em baixa temporada é preferível escolher na hora.

Então, se decidir reservar, reserve com antecedência, pois os lugares que oferecem o melhor custo-benefício são os primeiros a esgotar.

Tempo disponível

Deixar para escolher o hotel na hora consumirá um tempo do seu dia. Caso seu cronograma esteja muito apertado, podem ser horas preciosas! Para gastar menos tempo na procura de um lugar para dormir eu fazia o seguinte: pesquisava na internet ou perguntava no guichê de informação turística do aeroporto/rodoviária onde era a região dos mochileiros, pois seria o local onde encontraria hostels e hotéis baratos. Normalmente, as cidades têm regiões onde ficam concentrados os hotéis ou hostels. Para saber se o preço está bom, eu entro em, pelo menos, uns quatro hotéis. Quando estou achando os valores caros, ando mais e entro em mais hotéis para comparar os preços. Muito perto das atrações turísticas pode ser mais caro, então deve-se procurar também os hotéis que estejam alguns quarteirões mais distantes.

Localização

Um dos aspectos que acho mais importante na escolha da hospedagem é onde ela está localizada. Os sites HostelWorld, Booking, Hoteis.com, TripAdvisor, etc trazem a classificação de vários quesitos dos hotéis: limpeza, ambiente, funcionários, custo-benefício e inclusive localização. Esse é um bom lugar para ver se seu hotel está bem localizado. Mas, as classificações podem ser meio subjetivas. Quando você chega que, realmente, vê se aquela é uma boa localização. Eu já reservei hostels bem legais, mas super distantes do centro histórico, em que eu precisava pegar o metrô até o ponto final e ainda percorrer mais 20 minutos de ônibus. Quando se escolhe o hotel pessoalmente, pode ser que você não fique no melhor lugar, mas você também não vai ficar em um lugar ruim.

Despojamento

Essa é uma questão central e para muitos pode ser o quesito mais determinante na hora de escolher reservar ou não. Para viajar sem reserva, você precisa ter um espírito mais aventureiro, pois pode acontecer de demorar a achar a vaga, não encontrar nada barato no nível que pretende ficar ou simplesmente não encontrar quarto disponível. E caso uma dessas hipóteses aconteça, você vai gastar ainda mais tempo procurando e talvez precisará adaptar seu roteiro para se hospedar em outra cidade.

Espero ter lhe ajudado a fazer a melhor escolha e se ainda assim você está com medo de não reservar, comece aos poucos. Viaje e deixe apenas um destino sem reserva. Aos poucos você vai ganhando confiança para viajar totalmente sem reserva; como eu quando fui ao sudeste asiático.

Fotografia: Hotel California – Foto de:  Kevin Dooley

Alfajor, uma delícia da culinária latina

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Viajar para a Argentina significa degustar deliciosos alfajores. Se você viajar para a Argentina e não provar nenhum alfajor, sua viagem não será completa! O alfajor é um doce extremamente delicioso e sua receita original é: duas massas, recheio de doce de leite e cobertura de chocolate. Mas, existem diferentes sabores e versões do doce. O alfajor com cobertura de açúcar e o com recheio de chocolate, também são bastante vendidos.
Apesar do alfajor não estar presente apenas na Argentina, é lá que o doce se tornou um ícone gastronômico. Na Argentina são consumidos entre 5 a 7 milhões de alfajores por dia, são dezenas de marcas e é possível encontrá-los em qualquer esquina.
Por isso, o Alfajor é um ótimo presente para trazer da Argentina e também do Uruguai.

Leia também: Quantos dias ficar em Buenos Aires?

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Alfajor Land – Foto: Alberto

Qual a melhor marca de alfajor argentino?

A Argentina tem várias marcas de alfajor, sendo que a maioria é industrializada. Entre os mais populares estão Milka, Cachafaz, Jorgito. Entretanto, a marca que é considerada a melhor é a Havanna. É uma marca bem tradicional, fundada em 1948 e possui mais de 180 lojas espalhadas pelo país. Em Buenos Aires é possível encontrar lojas da Havanna nos principais pontos turísticos. O problema dessa marca é o preço. Ela é cara, o preço é bem mais alto que as outras marcas. Para você ter uma base de comparação, quando fui, o alfajor da Havanna custava 16 pesos e os outros, aproximadamente, a metade do preço. Porém, não é a toa que o preço é mais alto, ele é, realmente, muito bom! Dos alfajores que eu comi, esse foi o melhor! Parece que desmancha na boca! Então, vale a pena pelo menos provar.

Leia também: Onde ficar em Buenos Aires: no centro ou nos bairros?

Qual a melhor marca de alfajor uruguaio?

No Uruguai os alfajores também são bem tradicionais e eles consomem suas próprias marcas do produto. As duas principais marcas uruguaias são: La Pataia e a Punta Ballena. A La Pataia tem a embalagem de vaquinha e é a mais bonita para levar de presente, mas os alfajores são muito açucarados. Eu quase comprei uma caixa dela sem comparar com a concorrente. A Punta Ballena eu achei mais gostoso; não é uma Havanna, mas é gostoso. No Uruguai há lojas que vendem as caixas de alfajor com um preço bem melhor do que comprando individualmente; em frente ao Mercado del Puerto há uma dessas lojas.

Cuidado com a validade

Os alfajores mais artesanais possuem validade pequena, por isso, quando for comprar preste atenção na data de validade, para não precisar comer tudo de uma vez.

Veja nossas outras matérias sobre Buenos Aires:

– 7 dicas essenciais de Buenos Aires

– Como escolher o show de Tango em Buenos Aires?

– 10 Pontos Turísticos Gratuitos em Buenos Aires

– Como ir de Buenos Aires a Montevidéu – 4 opções

Imagem destacada: Alfajor – Foto: Jakobien van der Weijden

Como aproveitar o câmbio paralelo na Argentina em 2025 – depois da eleição novo presidente

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cambio paralelo argentina
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A Argentina possui algumas particularidades em relação ao câmbio, e você ainda pode tirar proveito disso! No país dos nossos hermanos, o dólar e o real possuem cotações muito diferentes no câmbio oficial (casas de câmbio) e no câmbio paralelo (também chamado de câmbio “blue”).

Mudanças devido ao novo presidente

Essa diferença, que ultrapassava os 50% e chegou a impressionantes 300% nos últimos meses do mandato de Alberto Fernández, encerrado em novembro de 2023, começou a ser reduzida com a posse de Javier Milei. O novo presidente, cumprindo sua promessa de aproximar as cotações do dólar oficial e do paralelo, implementou medidas drásticas logo na primeira semana de governo, incluindo uma expressiva desvalorização do peso argentino.

Essa estratégia fez a cotação oficial se aproximar da paralela, mas a paridade completa ainda não foi alcançada. A diferença, que já foi abissal, foi gradualmente diminuindo e, em janeiro de 2025, é de cerca de 12%. Mesmo com a redução dessa disparidade, o câmbio paralelo ainda oferece uma vantagem econômica significativa para aqueles que sabem aproveitá-lo de forma estratégica.

Continua valendo a pena trocar no câmbio paralelo?

Hoje, a diferença é pequena porém continua a pena trocar dinheiro no câmbio paralelo. Entretanto, é preciso avaliar as diferenças das cotações quando você viajar para ver se, realmente, vale a pena trocar dinheiro no câmbio paralelo.

Um dos motivos é a insegurança da transação. O maior perigo é eles te darem notas falsas e isso acontece muito em Buenos Aires, há muitas notas falsas em circulação. E como o câmbio paralelo é considerado ilegal, não há nenhum órgão que fiscalize essa venda e, teoricamente, ela não poderia existir. Por isso, você não tem a quem reclamar se cair em um golpe.

Mas, no passado, como a diferença era muito grande entre o câmbio paralelo e o oficial, valia a pena correr o risco. Porque, na verdade, esse esse câmbio negro faz parte da vida dos argentinos há muito tempo e é super incorporado ao turismo.

Mesmo o câmbio paralelo não está mais valendo a pena, vou manter as dicas de como utilizá-lo. Porque essa questão do câmbio está sempre mudando na Argentina.

Devo levar real ou dólar?

Eu sempre prefiro levar dólar nas minhas viagens, mas quando fui à Argentina levei Real, pois naquele momento estava mais vantajoso levar Real. Mas, você pode fazer as contas para ver o que vale mais a pena. Veja quanto está o dólar nas casas de câmbio do Brasil e por quanto estão trocando o dólar na Argentina no câmbio paralelo. E compare com o valor do Real no câmbio paralelo.

Como posso comparar a cotação do peso argentino no câmbio oficial e no paralelo?

O câmbio oficial do peso argentino pode ser encontrado em qualquer site que mostre investimentos e câmbios, o que mais gosto de olhar é o UOL Cotações. Já o câmbio paralelo não é oficial, por isso não existe uma cotação oficial e a cotação pode variar bastante; porém existem alguns sites que mostram essa cotação e podem servir de referência: Dolar Blue HoyParalelo Hoy e Dolar Blue.
O dólar paralelo é chamado na Argentina de Dólar Blue e o Real de Real Blue. Já as pessoas que trocam dinheiro na sua são chamadas de arbolitos.

Onde trocar real no câmbio paralelo?

Os dólares e reais blue podem ser trocados nos centros das grandes cidades argentinas. Em Buenos Aires, o melhor lugar para trocar é a Calle Florida, uma das principais ruas do centro de Buenos Aires. E você não precisará procurar, há várias pessoas na rua oferecendo, todos eles gritando “câmbio câmbio”, ou “dólar”, “real”. A cada 10 metros há alguém te oferecendo câmbio. Eu costumava trocar em uma banca de revista perto da Praça de Maio, eles me transmitiam confiança e havia luz negra pra conferir as notas. Outro lugar que muitos viajantes indicam é o Boston Cash, Calle Florida, nº142. É um lugar que se aparenta muito a uma casa de câmbio tradicional e fica dentro de uma galeria, loja n°36.
Para não cair numa cilada na hora de fazer o câmbio, dê uma olhada nas dicas abaixo.

Dicas na hora de trocar dólar ou real no câmbio paralelo

O câmbio paralelo é o câmbio não oficial e é considerado ilegal na Argentina. Por isso, caso você seja passado para trás, não poderá recorrer à polícia. Mas, tomando alguns cuidados você não terá problemas:

  • Na rua Florida há várias pessoas oferecendo para fazer câmbio. Normalmente, eles te levam para algum lugar para trocar como lojas ou a parte interna das bancas de revista. Nunca troque o dinheiro diretamente na rua, pois você estará mais vulnerável a golpes e roubos.
  • Sempre pergunte a cotação antes de trocar. Caso a cotação não esteja boa, procure mais!
  • Depois de saber a cotação, multiplique pelo valor que você vai trocar, para saber exatamente quanto eles precisam te dar.
  • Conte as notas para saber se eles te deram o valor correto.
  • Confira as notas para saber se são verdadeiras. Notas falsas é o golpe mais comum que se aplica no câmbio paralelo. Na Argentina há muitas notas falsas, por isso tome cuidado! Há duas formas simples de conferir se a nota é verdadeira. Alguns lugares que trocam câmbio possuem luz negra, esse é o melhor jeito de conferir a autenticidade, pois é possível ver os desenhos que só aparecem na luz negra. Outro jeito simples de conferir é observar a marca d’água, pois olhando contra a luz é possível ver uma imagem, que é a mesma do personagem estampado na cédula

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Fotografia: Money, foto de: Beatrice Murch: Flickr/Beatrice (creative commons)