Biribiri Diamantina - Foto: Andrey Ribas de Meira / Wikipédia (CC BY)
A Vila do Biribiri é um pequeno distrito de Diamantina com pouco mais de 30 casas e acesso por estrada de terra. O povoado tem origens no final do século 19, quando abrigou uma enorme fábrica da indústria têxtil, a Estamparia S.A. Naquela época, foi moradia de mais de 600 trabalhadores e chegou a ter escola, armazém, convento, igreja e até gerar sua própria energia elétrica.
A Estamparia funcionou entre 1876 e 1972. Após ser desativada, Biribiri se tornou, ao longo do século 20, uma vila bucólica e visitada pelos amantes do ecoturismo, da tranquilidade e de belas paisagens.
Biribiri é uma vila bucólica e visitada pelos amantes do ecoturismo – Foto: Rodrigo Argenton / Wikipédia (CC BY)
Com modestas instalações comerciais, a Vila do Biribiri está situada no parque estadual de mesmo nome e tem ao fundo a Serra do Espinhaço. Seu clima interiorano e a calmaria típica das pequenas cidades de Minas Gerais atraem turistas o ano todo e a faz roteiro obrigatório para quem visita Diamantina.
Da Vila do Biribiri até o centro histórico de Diamantina são apenas 15 quilômetros, onde se encontram ainda duas belas cachoeiras e centenas de paisagens montanhosas, tão comuns no Vale do Jequitinhonha, mas que encantam turistas do país inteiro.
Vem com a gente conhecer esse lugar encantador.
Os cenários para locação na Vila do Biribiri MG
Tanta história e uma pequena sensação de “vila fantasma”, pelos poucos moradores, fez de Biribiri um povoado muito procurado por quem busca cenários para fotos de casamento ou noivado.
Biribiri é considerado uma vila fantasma, pois possui pouquíssimos moradores – Foto: divulgação Pousada Vila Do Biribiri
Suas casas em azul e branco costumam também fazer parte do “pacote” e são alugadas de forma individual ou mesmo para eventos de grande porte.
No dia a dia, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus é o ponto de destaque no meio de uma praça única. Durante seu auge, era dali que partiam os toques de acordar e recolher, para os moradores do local. Seu sino foi fundido na própria fábrica de tecidos e o seu relógio doado pela Família Real portuguesa.
Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Biribiri Diamantina – Foto: Felipe Zig
Ao lado do povoado, corre o rio Biribiri, que corta o parque estadual e moveu, durante anos, as turbinas da usina hidrelétrica do local.
Um ponto que desperta curiosidade nos visitantes é que a vila foi cenário de obras artísticas, como a novela “Chica da Silva”. Além disso, a Vila do Biribiri também inspirou, com Diamantina, o romance “Minha vida de menina”, da escritora Helena Morley.
Século 21: uma vila no coração de um Parque Estadual
Criado em 1998 e administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Parque Estadual do Biribiri foi fundado para preservação ambiental e cultural de todas as belezas que circulam a vila. Com quase 17 mil hectares, ele é composto por cerrado, matas de galeria e campos rupestres. Além disso, tem representantes importantes da fauna mineira, como o lobo-guará, a onça-parda e o carcará.
Em seu interior, é possível conhecer o antigo Caminho dos Escravos, parte importante no Caminho dos Diamantes, de uma das 4 rotas da Estrada Real.
Para chegar ao parque, partindo de Diamantina, o trecho a percorrer é completamente de estrada de chão. Contudo, está bem conservado e é de acesso simples. A entrada, gratuita, é permitida das 8h às 18h. No interior do parque, são proibidos som automotivo, churrascos, acampar ou dormir em carros.
Parque Estadual do Biribiri possui vegetação de caatinga e cerrado – Foto: Denys Flores/ Wikipédia (CC BY)
É recomendado levar sacos para recolher o lixo, assim como é importante saber que não há infraestrutura comercial em nenhum de seus pontos, exceto no vilarejo de Biribiri.
Aliás, para almoçar, a Vila do Biribiri conta com apenas dois restaurantes, com comida mineira no fogão à lenha e estrutura bem simples. São eles: o Restaurante do Raimundo sem Braço e o Restaurante do Adilson.
Cachoeiras e belas paisagens no Parque Estadual do Biribiri
Você terá acesso a várias nascentes de água cristalina, que formam piscinas naturais em diversos trechos, logo na entrada do Parque Estadual do Biribiri.
As duas cachoeiras mais conhecidas e visitadas pelos turistas são: Cachoeira do Sentinela e Cachoeira dos Cristais.
Cachoeira do Sentinela, a preferida das famílias no Parque Estadual do Biribiri
Cachoeira da Sentinela é a preferida das famílias no Parque Estadual Biribiri – Foto: Pedro Vilela/MTur
A Cachoeira do Sentinela fica a 6 km da entrada do parque. Está entre as rochas de quartzo e tem quedas que variam entre 1 e 4 metros de altura. Por formar vários poços de água cristalina, ideais para banho, é a preferida de famílias com crianças. Também possui incidência de sol praticamente durante todos os períodos da manhã e tarde, o que favorece o passeio.
Cachoeira dos Cristais, a mais bonita do Parque Biribiri
O destaque do Parque Estadual do Biribiri é a cachoeira dos Cristais Diamantina – Foto: Felipe Zig
A Cachoeira dos Cristais apresenta águas mais escuras devido ao tipo de pedras encontradas ao seu redor. Há duas quedas d’água e poços cristalinos que permitem até mesmo nadar. Sua entrada só pode ser realizada a pé, o que pode restringir o acesso para pessoas com dificuldade de se locomover.
Como chegar e onde se hospedar em Biribiri Diamantina?
Primeiramente, é preciso saber que a maior parte dos turistas prefere se hospedar em Diamantina e conhecer a Vila do Biribiri durante o dia. Isso porque não há atrações recorrentes durante a noite, diferente, por exemplo, das vesperatas diamantinenses.
Diamantina possui muitas opções de hospedagens, como o Hotel Tijuco projetado por Oscar Niemeyer, como pousadas pequenas, confortáveis e charmosas como a Pousada do Garimpo e a Pouso da Chica. Para conhecer as melhores opções de hospedagens, veja nossa lista com as mais interessantes pousadas em Diamantina.
Para quem deseja ficar em Biribiri, a única pousada existente é a Pousada Vila do Biribiri. Com wi-fi, bar e jardim, a acomodação tem recepção 24 horas e serviço de quarto. Há opções para família e casais, sendo o café da manhã incluso em todas as hospedagens. Aos que pretendem passar mais dias, é possível alugar uma das pequenas casas locais.
A única opção de hospedagem é a Pousada Vila do Biribiri – Foto: divulgação
O acesso à Vila, para quem vem de um dos aeroportos de Belo Horizonte, se dá pela BR-259, em direção a Sete Lagoas, passando por Curvelo e chegando a Diamantina. O percurso de carro é cerca de 4h10, sendo que Diamantina também conta com um pequeno aeroporto para voos particulares.
Outras atrações em Diamantina
Diamantina é uma cidade que possui muitas atrações turísticas. Igrejas históricas, casa de JK e da Chica da Silva, museu do Diamantina e várias outras atrações. Para conhecer os pontos turísticos da cidade leia o texto sobre o que fazer em Diamantina.
O cruzeiro pelo rio Nilo é uma das experiências mais tradicionais e desejadas do Egito. Navegar pelo rio que testemunhou o auge de uma das civilizações mais fascinantes da história soa como um sonho para muitos viajantes. Mas, vamos ser sinceros: apesar do charme inegável, essa aventura pode pesar no bolso, especialmente em um país conhecido por ser econômico para viajar. E aí surge a pergunta que não quer calar: o cruzeiro pelo rio Nilo, realmente, vale a pena?
Para ajudar você a decidir, preparamos este texto repleto de informações práticas. Vamos discutir as vantagens e desvantagens, além de mostrar por que esse passeio pode ser incrível para alguns e frustrante para outros. Afinal, enquanto muitos enxergam o cruzeiro como uma jornada única e mágica, há quem o considere monótono. Então, vem com a gente descobrir tudo o que você precisa saber antes de embarcar nessa aventura histórica!
O Rio Nilo ajuda a deixar Cairo mais bonita – Foto: Nina R (CC BY)
Quando estava no colégio, estudava que o Rio Nilo era o maior do mundo. Entretanto, um estudo realizado por satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgado em 2008, revelou que o rio Amazonas é 140 metros maior que o Nilo. Ou seja, o Rio Nilo, com seus 6.850 quilômetros de extensão, é o segundo maior do mundo.
Contudo, isso não diminui a grandiosidade do rio africano. O Nilo atravessa 7 países, está em uma região árida, muito próximo do deserto do Saara e chama atenção de qualquer um que navega em suas correntezas.
O rio sempre esteve intimamente ligado à economia local desde a antiguidade. A produção de alimentos no Egito Antigo dependia das cheias do rio Nilo que inundavam a planície próxima às margens do rio, deixando o terreno fértil. Sem o Nilo, não haveria a civilização egípcia. A produção de grãos chegou a abastecer Roma em épocas de desabastecimento do Império Romano, como pode ser visto na série Roma da HBO/MAX.
O deserto do Saara se encontra bem próximo do rio Nilo – Foto: Wikpédia
Por outro lado, as cheias do rio também podiam ser violentas e devastadoras. Em alguns anos, os egípcios comemoravam a cheia como dádiva dos deuses e, em outros, como castigo. Por isso, o mito do dilúvio que estava presente na Epopeia de Gilgamés, da Babilônia, e, posteriormente, entrou na Bíblia na história da Arca de Noé, pode ter sido inspirado nas cheias do Nilo, segundo alguns historiadores.
Também foi no rio Nilo que fizeram a barragem de Aswan, que inundou uma grande área no sul do Egito e precisou que as autoridades egípcias, com a ajuda de vários países, removessem o templo de Abu Simbel e o remontassem em outro lugar. Para quem não sabe, Abu Simbelé a maior joia do Egito Antigo e o templo mais bonito na minha opinião.
Deslocamento dos templos de Abu Simbel em 1967 – Foto: Wikicommouns (CC)
Por tudo isso, o Rio Nilo é tão importante para a ecologia, economia e história, merecendo ser admirado de perto. Porém, o cruzeiro pelo rio Nilo é apenas uma forma de visitá-lo.
Rio Nilo: passeio de barco, jantar noturno ou cruzeiro?
O cruzeiro pelo Rio Nilo é, sem dúvidas, a experiência mais icônica para explorar o rio mais famoso do mundo, mas não é a única forma de vivenciá-lo. Quando mencionamos “cruzeiro pelo Rio Nilo”, estamos nos referindo especificamente aos cruzeiros realizados no sul do Egito, entre Luxor e Aswan. No entanto, outras cidades ao longo do Nilo também oferecem passeios de barco — e, às vezes, até os chamam de cruzeiro. Por isso, é importante ficar atento para não confundir as opções.
Antes de nos aprofundarmos nos detalhes do tradicional cruzeiro, vamos explorar outras experiências no Rio Nilo, como passeios de barco e jantares noturnos. Estas alternativas podem ser uma maneira mais curta e acessível de conhecer o rio. Prepare-se para descobrir tudo no próximo tópico!
Passeio de barco com jantar em Cairo
Em Cairo, o passeio no rio Nilo percorre uma pulsante metrópole – Foto: Nina R (CC BY)
Se você está visitando o Egito e pretende ficar apenas no Cairo, o passeio de barco com jantar pelo Rio Nilo é provavelmente a opção mais acessível e prática para vivenciar o famoso rio. Além de ser uma alternativa muito mais barata — custando cerca de 10% do valor de um cruzeiro tradicional —, essa experiência combina gastronomia, cultura e um toque de entretenimento.
O passeio mais popular ocorre à noite e inclui um jantar completo, acompanhado de apresentações culturais, como danças típicas egípcias. O jantar dura cerca de duas horas, e a maioria dos pacotes também oferece transporte de ida e volta do hotel ao barco, tornando a experiência ainda mais conveniente.
Cruzeiro noturno com jantar é a opção mais procurada em Cairo – Foto: Ahmed Hamdy (CC BY-NC-ND 2.0)
No entanto, vale destacar que o foco deste passeio está no entretenimento a bordo, e não na apreciação das paisagens do Rio Nilo. Muitos turistas relatam que o jantar e os shows ocupam quase todo o tempo da navegação, deixando pouco espaço para observar o rio ou a vista noturna do Cairo.
Ainda assim, para quem busca uma experiência descontraída e econômica, essa é uma excelente escolha. Quer saber mais sobre preços e detalhes? Clique aqui para conferir as opções disponíveis.
Uma das formas mais autênticas e tranquilas de navegar pelo Rio Nilo é a bordo de uma felucca, o tradicional barco de madeira com vela que carrega séculos de história. A palavra “felucca”, que significa simplesmente “barco” no idioma local, tornou-se sinônimo dessa embarcação típica do Egito, amplamente usada no norte da África e no Mediterrâneo, tanto para pesca quanto para transporte.
Enquanto no norte do Egito, mais industrializado, a felucca praticamente desapareceu, no sul do país ela ainda é parte do cotidiano da população local e se destaca como uma das opções mais charmosas para explorar o Rio Nilo. Navegar em uma felucca é como voltar no tempo, pois essas embarcações movidas pelo vento proporcionam uma experiência serena e profundamente conectada à natureza.
Navegar em uma felucca é um bom jeito de fazer um passeio pelo rio Nilo – Foto: Pixabay
No entanto, o turismo também adaptou esse ícone tradicional. Muitas das feluccas disponíveis para turistas foram modernizadas ou até substituídas por barcos a motor, que mantêm o nome, mas perdem o charme das velas. Em geral, as feluccas têm capacidade para acomodar de 10 a 20 pessoas.
Se você quer explorar o Nilo de forma simples, mas com uma pitada de história, o passeio de felucca é uma escolha acertada!
Cruzeiro Rio Nilo: felucca em Cairo
Em Cairo, não é muito comum o passeio de felucca – Foto: Wikipédia (CC BY)
No Cairo, as feluccas competem diretamente com os cruzeiros com jantar, e como os preços são semelhantes, a oferta de feluccas para passeio é mais limitada. Ainda assim, é possível encontrar passeio de 1 ou 2 horas a bordo dessas embarcações tradicionais. Eles podem incluir ou não refeições, dependendo da experiência escolhida.
A maioria dos pacotes oferece transporte do hotel até o ponto de embarque. Apesar da concorrência com os cruzeiros noturnos, o passeio de felucca no Cairo é uma alternativa mais tranquila e intimista, ideal para quem busca um momento de paz no movimentado cenário da capital egípcia.
Cruzeiro Rio Nilo: felucca em Luxor
Felucca em Luxor – Cruzeiro Rio Nilo – Foto: Pixabay
No sul do Egito, os passeios de felucca são muito mais populares, e em Luxor, elas estão por toda parte. É impossível caminhar pelo calçadão à beira do Rio Nilo sem notar a grande quantidade dessas embarcações e, claro, vendedores oferecendo o serviço a cada passo. Apesar da insistência dos vendedores — algo que pode ser incômodo, como explico no texto sobre Luxor —, a felucca ainda é uma opção bastante procurada pelos turistas.
O ponto fraco dos passeios em Luxor é o itinerário limitado. A maioria das rotas leva os visitantes até a chamada “ilha da banana”, uma fazenda com plantações de banana localizada na margem oposta do rio. Embora seja um local tranquilo, a visita não é especialmente interessante para quem espera algo mais marcante.
Ainda assim, muitos turistas optam pelo passeio de felucca por ser uma alternativa barata e diferente, especialmente para quem não fará o cruzeiro pelo Nilo. Além disso, a experiência de navegar em um barco tradicional, impulsionado pelo vento, é uma forma agradável de passar algumas horas apreciando o rio.
Meu passeio de felucca em Luxor até a ilha das bananas
Você pode contratar o passeio de felucca diretamente no calçadão de Luxor, negociando os valores no momento. Isso geralmente sai mais barato do que reservar com antecedência pela internet. Porém, para quem prefere a segurança de um planejamento prévio, também há opções disponíveis online. De qualquer forma, o passeio de felucca em Luxor é uma maneira autêntica e acessível de vivenciar o Rio Nilo.
Cruzeiro Rio Nilo: felucca em Aswan
Aswan é o melhor local para fazer um passeio de felucca – Foto: Pixabay
Aswan é, sem dúvida, o lugar mais recomendado para fazer um passeio de felucca, já que ele é necessário para chegar na ilha de Elefantina, que abriga ruínas históricas e é lar de comunidades de descendentes núbios.
Não é necessário reservar o passeio com antecedência. Em frente ao Museu de Aswan, há um pequeno porto que oferece travessias. No entanto, nesses casos, os barcos disponíveis são geralmente pequenos barcos a motor, e não as tradicionais feluccas. Para quem faz questão de navegar em uma felucca, há várias opções disponíveis: você será abordado por guias na avenida à beira do rio ou poderá contratar diretamente no porto próximo ao centro.
Se a ideia é fazer um passeio curto, há passeios de felucca pelo Rio Nilo de duas horas. Contudo, para uma experiência mais enriquecedora, o passeio até a ilha de Soheil é uma opção imperdível. Essa ilha, conhecida por suas casinhas coloridas e charme único, é um reduto de descendentes núbios que preservam sua cultura e estilo de vida tradicional.
Para quem tem mais tempo, outra opção interessante é o passeio de barco(não em felucca) que combina uma visita ao famoso Templo de Philae, a principal atração turística de Aswan, com uma parada na vila de Soheil. Esse é um passeio de dia inteiro, ideal para quem deseja explorar mais a fundo as belezas e a história da região.
O famoso cruzeiro pelo rio Nilo
Até agora, exploramos diferentes maneiras de navegar pelo Rio Nilo. Mas, quando falamos no “cruzeiro pelo Rio Nilo”, estamos nos referindo à experiência icônica proporcionada pelos cruzeiros, muitos deles de luxo, que acontecem no sul do Egito.
Esses cruzeiros conquistaram sua fama graças ao conforto e praticidade que oferecem. Os barcos são amplos, equipados com piscinas, áreas de lazer e quartos confortáveis que mais se assemelham a suítes de hotel, com a vantagem adicional de uma vista incrível para o rio. É o tipo de experiência que combina relaxamento com o cenário deslumbrante do Nilo.
Quarto do navio Mövenpick MS Hamees – Foto: divulgação
No entanto, o grande diferencial para os turistas é a praticidade em explorar as atrações turísticas. Os cruzeiros geralmente incluem um roteiro bem planejado, com visitas guiadas às principais atrações, o que facilita o deslocamento e elimina preocupações com logística. É uma forma de conhecer templos e sítios históricos enquanto desfruta de uma experiência confortável e bem organizada.
Com todo esse apelo, os cruzeiros pelo Rio Nilo tornaram-se extremamente populares entre turistas estrangeiros. Contudo, essa exclusividade tem seu preço: os valores não são baixos, o que faz com que muitos viajantes reflitam se o investimento vale a pena. Para quem busca uma combinação de comodidade, luxo e imersão na história egípcia, é uma escolha difícil de superar.
Roteiro dos cruzeiros pelo rio Nilo: Luxor – Aswan
Os cruzeiros pelo Rio Nilo seguem um itinerário bem definido: Luxor – Aswan (ou o trajeto inverso, Aswan – Luxor). Atualmente, mais de duas dezenas de barcos, operados por diferentes empresas, realizam esse percurso, que é considerado o coração histórico e cultural do Egito.
O trajeto não foi escolhido por acaso. Luxor e Aswan são as cidades mais visitadas do sul do Egito, famosas por abrigarem alguns dos sítios arqueológicos mais importantes e bem preservados do país. Entre elas, encontram-se templos e ruínas que contam a história de uma das civilizações mais fascinantes da humanidade.
Mapa do Cruzeiro no Nilo
Embora o norte do Egito tenha as icônicas Pirâmides de Gizé, poucos outros sítios arqueológicos foram preservados naquela região. Por outro lado, o sul do país, especialmente ao longo do trajeto entre Luxor e Aswan, é um verdadeiro tesouro arqueológico, repleto de templos monumentais e construções que resistiram ao tempo, consolidando essa rota como a principal escolha para os cruzeiros.
Começar o cruzeiro em Luxor ou Aswan?
Os cruzeiros pelo Rio Nilo operam em ambos os sentidos: Luxor – Aswan ou Aswan – Luxor, com embarque em uma cidade e desembarque na outra. A escolha do ponto de partida depende do seu roteiro e preferências, mas vale considerar alguns pontos antes de decidir.
Em termos de itinerário, não há grandes diferenças. A maioria dos cruzeiros faz paradas nos mesmos locais e visita as mesmas atrações turísticas ao longo do trajeto, como os templos de Kom Ombo e Edfu. No entanto, a principal distinção está na duração da viagem, que pode variar entre 2, 3, 4 e 7 noites, dependendo da rota e do pacote escolhido. Essa diferença influencia o ritmo dos passeios e, consequentemente, o valor final pago.
Se você prefere um ritmo mais tranquilo e com tempo de sobra para explorar cada atração, os cruzeiros mais longos, geralmente partindo de Luxor, podem ser a melhor escolha. Já os cruzeiros mais curtos, que muitas vezes partem de Aswan, são ideais para quem tem um cronograma apertado, mas ainda quer aproveitar a experiência.
Navio de cruzeiro em Luxor – Foto: Dezlab/ Pixabay
Quantos dias de cruzeiro Rio Nilo?
Escolher a duração ideal do seu cruzeiro pelo Rio Nilo é um dos passos mais importantes para planejar a viagem. O número de dias não apenas impacta o custo, mas também define o ritmo e a forma como você visitará as atrações turísticas ao longo do trajeto.
As opções mais populares são os cruzeiros de 5 dias e 4 noites e de 4 dias e 3 noites, mas também existem alternativas mais curtas para quem tem pouco tempo ou prefere uma experiência mais compacta.
Em geral, a maioria das empresas oferece:
Cruzeiros de 4 noites saindo de Luxor, com um roteiro mais completo e tranquilo.
Cruzeiros de 3 noites saindo de Aswan, uma opção mais enxuta e dinâmica.
A lógica por trás desses roteiros é simples: com 7 dias na semana, um dos trajetos precisa ser mais longo para acomodar o calendário. Luxor, sendo a cidade mais turística e com maior concentração de atrações no sul do Egito, acaba sendo o ponto de partida natural para o itinerário mais extenso.
A seguir, vou detalhar cada uma das opções de cruzeiros — 2, 3, 4 e 7 noites — para ajudar você a escolher a experiência que melhor se adapta ao seu perfil e tempo de viagem.
Navios estacionados em Edfu – Cruzeiro rio Nilo – Foto: Divya Thakur
Cruzeiro Rio Nilo: 2 noites
Os cruzeiros mais curtos, de 3 dias e 2 noites, são ideais para quem quer experimentar a vida a bordo sem se comprometer por muito tempo. Este itinerário mais compacto geralmente cobre Luxor, Aswan e uma parada intermediária no caminho. Contudo, ele sacrifica diversas atrações importantes, especialmente em Luxor, o que pode ser frustrante para quem deseja explorar mais a fundo os tesouros do Egito.
Por ser uma opção menos comum, a oferta de cruzeiros de 2 noites é limitada. Na maioria dos casos, esses cruzeiros partem de Aswan. Portanto, se você quiser visitar atrações fora do roteiro ou realizar o famosopasseio de balão, é fundamental organizar essas atividades antes ou depois de embarque, ou seja, ficar mais um dia em Luxor, antes ou depois do cruzeiro.
Opções de cruzeiros de 3 dias e 2 noites disponíveis:
Partida de Aswan: rota mais popular, com várias saídas durante a semana. Veja as opções oferecidas pela Viator e pelo Get Your Guide (incluído passeio de balão).
Partida de Luxor: a opção menos popular, com poucas saídas por semana. Veja as opções oferecidas pela Viator e pelo Get Your Guide.
Além disso, há pacotes mais completos, como um tour de 4 dias que combina:
Passagem aérea de ida e volta entre Cairo e Luxor,
Passeio de balão,
Cruzeiro de 2 noites,
Visita a Abu Simbel.
Embora seja uma experiência intensa e corrida, essa pode ser a solução ideal para quem tem pouco tempo, mas quer conhecer o máximo possível. Acesse aqui para ver detalhes e preços.
Passeio de balão em Luxor é uma das atividades muito procurada por turistas – Foto: Michael Rodock – Unsplash
Se necessitar ficar mais dias em Luxor, temos um texto sobre onde ficar em Luxor. Já adiantamos que os hotéis não costumam ser muito limpos.
Cruzeiro Rio Nilo: 3 noites
O cruzeiro de 4 dias e 3 noites geralmente parte de Aswan, uma cidade que, embora tenha menos atrações turísticas em comparação a Luxor, também possui suas belezas. Entre os destaques incluídos no roteiro estão:
Templo de Philae, um dos mais preservados do Egito, fica em uma ilha e é a principal atração de Aswan;
Represa de Aswan, um marco da engenharia moderna;
Visita a uma vila núbia, onde você pode conhecer mais sobre a cultura local.
Se você tiver interesse em explorar ainda mais, como visitar o Obelisco Inacabado ou o Museu de Aswan, considere passar um dia extra na cidade antes de embarcar no cruzeiro. Isso permite aproveitar Aswan com mais calma e enriquecer sua experiência. Veja nossas dicas de hotéis em Aswan.
O que está incluído no cruzeiro?
Independente da duração, a maioria dos cruzeiros inclui o transporte até o navio. Isso significa que você será buscado no aeroporto, na estação de trem ou no seu hotel em Aswan ou Luxor, garantindo comodidade desde o início.
Outro ponto alto desse roteiro é a visita ao impressionante Templo de Abu Simbel, considerado por muitos — inclusive por mim — o templo mais bonito do Egito. Normalmente, esse passeio é oferecido como um extra pago à parte, mas vale cada centavo.
Além disso, durante o trajeto até Luxor, o cruzeiro faz paradas estratégicas para explorar os famosos Templo de Kom Ombo e Templo de Edfu, culminando nas atrações icônicas de Luxor.
O cruzeiro no sentido contrário Luxor – Aswan, faz o mesmo itinerário, mas de maneira inversa.
Custo-benefício do cruzeiro de 3 noites
O cruzeiro de 3 noites é amplamente considerado o melhor em termos de custo-benefício. Ele cobre praticamente os mesmos locais que os roteiros mais longos de 4 ou 7 noites, mas em menos tempo, tornando-o uma escolha eficiente para quem tem um cronograma apertado.
Para quem procura conforto, há boas opções de cruzeiros de luxo no rio Nilo – Foto: Cattan2011Seguir (CC BY)
No entanto, é importante estar ciente de que o ritmo pode ser mais acelerado. Muitos passageiros relatam que as visitas às atrações são um pouco apressadas, com pelo menos duas paradas turísticas por dia e pouco tempo disponível para explorar cada local.
Opções de cruzeiros de 4 dias e 3 noites
Cruzeiro de 3 noites saindo de Aswan – esse é o trajeto mais popular, você encontrará opções:
Viator – opção mais bem avaliada e com mais opções de saídas semanas;
Get Your Guide – opção com maior número de reservas e avaliações;
Civitatis – melhor preço, porém com menos opções de saídas semanais.
Cruzeiro de 3 noites saindo de Luxor – opção menos popular, o que significa menos opções de saídas semanas, veja as opções:
Viator – o menor preço e com opção de incluir passeio de balão;
Get Your Guide – opção com maior número de reservas e avaliações.
Cruzeiro Rio Nilo: 4 noites
O cruzeiro pelo Rio Nilo de 4 noites é apontado por muitas pessoas como a melhor opção, por isso é o mais procurado. Além disso, muitos turistas preferem iniciar o cruzeiro em Luxor, já que a cidade é o principal destino turístico quando se trata de Egito Antigo.
O cruzeiro de 4 noites visita praticamente os mesmos locais que o de 3 noites. A diferença é que há um pouco mais de tempo para explorar os pontos turísticos. Mesmo assim, a visita a Luxor é a parte mais corrida.
Navio passando por Luxor – Foto: Felipe Zig
Cruzeiro de 4 noites saindo de Luxor – opção mais popular e a mais indicada pelas agências de turismo, veja as opções:
Civitatis – menor preço e com maior número de reservas e avaliações.
Cruzeiro de 4 noites de Aswanpara Luxor – esse trajeto não é ofertado pela grande maioria das empresas, por isso é muito difícil de ser encontrado. O que você encontrará é o cruzeiro pelo Lago Nasser, mas que vai sair e chegar em Aswan. Esse cruzeiro está disponível na versão de 4 dias e 3 noites e também de 5 dias e 4 noites.
Cruzeiro Rio Nilo: 7 noites
O cruzeiro de 7 noites é perfeito para quem busca um ritmo mais tranquilo e equilibrado. Diferente das opções de 3 e 4 noites, que costumam incluir duas visitas diárias a sítios arqueológicos (uma pela manhã e outra à tarde), ocupando quase todo o dia, o roteiro de uma semana oferece mais tempo livre para os passageiros descansarem a bordo.
Espreguiçadeira e guarda-sóis do cruzeiro – Foto: Viator.com (CC BY-SA 2.0)
Embora o itinerário seja semelhante aos cruzeiros mais curtos, a programação estendida permite momentos de relaxamento no barco e até um dia livre em Luxor, ideal para explorar atrações que não estão incluídas nos passeios guiados. Essa combinação de visitas culturais e descanso faz deste cruzeiro a opção favorita de viajantes que desejam vivenciar a história do Egito sem pressa — especialmente entre pessoas da terceira idade.
A maioria dos navios de cruzeiro no Rio Nilo têm piscina – Foto: PnP! (CC BY-NC-ND 2.0)
Vantagens e Desvantagens
Uma das grandes vantagens do cruzeiro de 7 noites é que ele começa e termina em Luxor, diferente dos roteiros de 3 e 4 noites que conectam Luxor a Aswan (ou vice-versa). Isso pode facilitar a logística de quem prefere evitar deslocamentos adicionais entre as cidades.
No entanto, para quem não gosta de passar muito tempo parado, o cruzeiro de uma semana pode parecer entediante, já que os barcos não oferecem muitas opções de lazer além das paisagens do Rio Nilo e da estrutura básica a bordo.
Além disso, esse tipo de cruzeiro não é tão popular devido ao custo elevado, o que reduz a quantidade de empresas que o oferecem. Ainda assim, plataformas como a Viator e a Get Your Guide Get Your Guide disponibilizam opções confiáveis de cruzeiros de 7 noites partindo de Luxor, ideal para quem busca conforto.
Quando fazer o cruzeiro Rio Nilo?
O cruzeiro pode ser feito o ano inteiro, entretanto é melhor não escolher os meses de verão (junho a agosto). O sul do Egito é uma região muito quente e, no verão, a temperatura pode passar dos 40ºC. Além disso, muitos sítios arqueológicos possuem poucas sombras ,o que obriga a caminhar sobre o sol escaldante.
Por isso, outubro a abril são os meses em que a temperatura estará menos intensa e mais agradável para fazer turismo no sul do Egito.
Navios que fazem cruzeiro pelo rio Nilo – Foto: David Berko (CC BY)
Qual roupa vestir?
Como você já sabe, essa é uma região muito quente, então é bom levar roupas frescas. Lembre-se que o Egito é um país muçulmano, por isso é melhor evitar roupas muito curtas, decotes e tecidos meio translúcidos.
Outras dicas sobre o cruzeiro Nilo
O Egito é um país que não tem muita higiene, por isso é recomendado não comer em qualquer lugar. Comida de rua, então, é melhor nem arriscar. Além disso, é muito prudente viajar com um seguro viagem. Esse não é um item obrigatório em uma viagem ao Egito, mas é algo que pode lhe dar segurança para aproveitar tranquilo suas férias.
Além da cobertura médica, o seguro viagem ainda lhe propicia outras vantagens como retorno antecipado em caso de doença grave do segurado ou em um parente próximo. E uma indenização em caso de extravio ou perda de mala. Faça uma cotação.
Diamantina encanta com as possibilidades de passeio - Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Muitos turistas têm dúvidas sobre o que fazer em Diamantina devido às possibilidades de passeios culturais oferecidos neste local memorável. De todas as cidades históricas mineiras, Diamantina talvez seja a que guarda mais peculiaridades em relação ao ciclo do ouro no estado.
Diferente de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes e Congonhas, o antigo Arraial do Tejuco, situado no Vale do Jequitinhonha, teve economia e desenvolvimento próprios, tanto pelo tipo de extração mineral da região – os diamantes – quanto pela distância das demais cidades.
Além disso, diferente do ciclo do ouro que teve seu declínio a partir do fim do século 18, Diamantina manteve a extração e comércio de diamantes quase por um século a mais. Na metade daquele século, ainda se manteve em evidência, atraindo inclusive a elite mineira para suas terras.
Tombada pela ONU como patrimônio mundial em 1999, a cidade é um dos principais destinos da Estrada Real e, atualmente, encanta seus visitantes com suas cachoeiras, casarios e igrejas seculares e pelas forte tradição cultural, religiosa e folclórica.
Para quem deseja saber o que fazer em Diamantina, este artigo irá traçar um panorama sobre todos os atrativos da cidade.
Índice do Artigo
Estrada Real – O caminho dos Diamantes no coração mineiro
Vista da paisagem em Diamantina – Foto: Osni dos Passos Laia – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
O Caminho dos Diamantes é um dos 4 percursos da Estrada Real para quem pretende conhecer as belezas do estado, a partir dos caminhos coloniais.
Abrangendo 19 cidades e 395 km de paisagens de tirar o fôlego, o trecho é composto por lugares históricos como os municípios de Mariana, Catas Altas, Barão de Cocais e Serro. Além dessas cidades, o Caminho dos Diamantes tem o Parque Nacional da Serra do Cipó e a Cachoeira do Tabuleiro.
Diamantina fica no extremo norte deste trecho, que liga a Região dos Inconfidentes, em Ouro Preto, até a cidade de 46 mil habitantes, no Vale do Jequitinhonha. A região de Diamantina está situada na Serra dos Cristais, ocupada no século 16 pelos índios “macro-jê”, quando ocorreu a chegada dos primeiros portugueses.
No final do século 18, Diamantina figurava uma das 3 maiores cidades da capitania mineira, com Ouro Preto e São João del-Rei.
Dentre os personagens famosos, destaca-se Chica da Silva, mulher escravizada, posteriormente alforriada, que se casou com João Fernandes de Oliveira, tornando-se esposa do homem mais rico do Brasil naquela época.
Também é importante citar o ex-presidente Juscelino Kubitschek, nascido em Diamantina, e que comandou o país nos chamados “anos dourados” da política nacional.
Turismo em Diamantina: o que fazer na cidade
Rua Contrato em Diamantina – Foto: Giorgioglobe – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
O centro histórico de Diamantina é o ponto de partida para conhecer e admirar as riquezas e belezas da cidade colonial mineira. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938, o local está integrado de forma harmônica com as construções do século 18, que encantam os turistas tanto pelas estruturas grandiosas do barroco como pelas paisagens naturais.
Importante citar que, devido ao relevo acidentado, ao contrário da maior parte das cidades similares, Diamantina não possui praça central, como era costume da época. Porém, conta com fachadas homogêneas, apostando em cantarias típicas da época, além de monumentos importantes de outros séculos, por exemplo, três obras de Oscar Niemeyer, do século 20.
A principal delas, o Hotel Tijuco, é uma das favoritas na escolha dos turistas para hospedagem. Também merece destaque os eventos culturais mais importantes de Diamantina, como o Carnaval e a Vesperata, que acontecem no centro histórico.
Confira abaixo os principais atrativos turísticos e o que fazer em Diamantina.
Religiosidade e fé: As principais igrejas de Diamantina
Assim como nas demais cidades coloniais de Minas Gerais, Diamantina possui forte influência religiosa. Em outras palavras, dentre os principais pontos de visitação, estão igrejas erguidas no século 18, com forte influência do barroco.
Catedral Metropolitana da Sé
Catedral Metropolitana da Sé localizada no Centro Histórico – Foto: Py4nf – Wikipedia (CC BY-SA 3.0)
Com estrutura em tons de branco e azul e altares laterais simples, a Catedral da Sé fica no centro histórico de Diamantina, onde no século 18 estava erguida a Matriz de Santo Antônio.
O antigo templo foi demolido em 1930, após sucessivas tentativas de reformas. Sua construção foi finalizada em 1940 e a matriz foi elevada à condição de catedral. Possui arquitetura neocolonial, semelhante às igrejas litorâneas do Brasil, por exemplo, Rio de Janeiro e Salvador.
Para informações, entre em contato pelo telefone (38) 3531-1094.
Igreja Nossa Senhora do Carmo
Igreja Nossa Senhora do Carmo localizada na esquina da rua do Carmo – Foto: Giorgioglobe – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Situada em frente à casa de Chica da Silva, a Igreja Nossa Senhora do Carmo foi construída a pedido de seu então amante, João Fernandes de Oliveira. Erguida com obras de Aleijadinho, Manoel Pinto e José Soares de Araújo, possui a torre nos fundos, ao contrário da maior parte das igrejas da época.
Seu interior abriga ainda um órgão em funcionamento, que possui, inclusive, concertos periódicos de música barroca. O forro da nave da igreja é o grande destaque e apresenta o arrebatamento ao céu do Profeta Elias, montado em um carro de fogo.
Além dele, os retábulos no estilo Dom João V é a principal referência deste estilo de arquitetura no barroco mineiro.
Para mais informações, ligue para o telefone (38)3531-1188.
Igreja de São Francisco de Assis
Igreja de São Francisco de Assis – Foto: Will Smyle – Wikipedia (CC BY-SA 4.0) – acréscimo de logomarca
Localizada no coração de Diamantina, nas proximidades da Praça JK, a Igreja São Francisco de Assis teve sua construção iniciada em 1766, inserindo elementos do rococó ao tradicional barroco.
Com apenas uma torre lateral e a presença de cores mais fortes que as tradicionalmente utilizadas, a igreja merece atenção especial também por ser o local onde Chica da Silva foi enterrada.
Mantém atualmente a tradição dos cultos religiosos católicos. Também se destaca pela realização de saraus religiosos e apresentação de corais.
É cobrada taxa de visitação a preço módico, porém durante as celebrações, a entrada é gratuita. Outros detalhes podem ser obtidos pelo telefone (38) 3531-1188.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Igreja do Rosário – Foto: Patricia Callejon – Wikipedia (CC BY-SA 4.0) – com acréscimo de logomarca
Sendo a mais antiga de Diamantina, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída entre 1728 e 1731 e tem torre única do lado direito do altar.
Seu forro é pintado com anjos e querubins em louvor à Nossa Senhora e sua sacristia possui teto ornado com painéis de passagens bíblicas. Em seu sistema construtivo, é possível encontrar a alvenaria de adobes revestida por reboco e caiação branca.
O destaque da igreja vai para a presença de santos negros no altar, uma vez que sua história está intimamente ligada à conversão deste povo pelos portugueses.
A visitação é recomendada para os horários das missas, que podem ser conferidos no contato a seguir, visto que não há horário definido para o turismo. Para mais informações, ligue (38) 3531-1667.
Igreja Nossa Senhora do Amparo
Igreja Nossa Senhora do Amparo faz parte da história diamantinense – Foto: Oscar liberal – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
A pequena igreja, situada no centro histórico de Diamantina, se destaca pelo estilo de transição dos seus altares, que podem ser definidos como barroco-rococó.
Pelas várias reformas realizadas ao longo do século 19, possui estruturas de diferentes épocas. No período colonial, obteve o título de Capela Imperial, se tornando, anos mais tarde, importante por sediar a Festa do Divino, tradicional em Diamantina.
Possui entrada paga e abre de quarta a domingo, periodicamente, de 9h às 12h.
Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Basílica Sagrado Coração de Jesus
Igreja Nossa Senhora das Mercês – Foto: Zé Rocha – Wkipedia (CC BY-SA 4.0) – com acréscimo de logomarca
Duas das igrejas de Diamantina costumam não fazer parte do roteiro turístico, mas merecem atenção.
A primeira, por ter sido criada em 1772, após o rompimento da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de religiosos negros, com a intenção de constituírem uma nova irmandade, que deu origem ao templo. Infelizmente, sua visitação é apenas externa, já que não está aberta à visitação.
Basílica Sagrado Coração de Jesus – Foto: Josue Marinho – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Por sua vez, a Basílica Sagrado Coração de Jesus foi erguida no fim do século 19, utilizando o estilo neogótico e destoando da arquitetura barroca de Diamantina. Contudo, o projeto desta última é do mesmo autor da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, no Parque do Caraça, o Padre Júlio Clévelin.
Informações pelo telefone (38) 3531-2455.
Arquitetura e casarios históricos: o que conhecer em Diamantina
Rua do Rosário e sua arquitetura – Foto: Zé Rocha – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Quando os turistas se perguntam o que fazer em Diamantina, é preciso ter em mente que, mesmo com sua importância religiosa, há outros destaques arquitetônicos para visitar na cidade.
Em geral, eles estão ligados ao Ciclo do Diamante ou às duas principais personalidades históricas do lugar.
Passadiço da Casa da Glória
Passadiço da Casa da Glória – Foto: Leandro Neumann Ciuffo – Wikipedia (CC BY 2.0)
O passadiço da Casa da Glória, um dos principais cartões-postais de Diamantina, é uma galeria que liga dois casarões na rua de mesmo nome.
Ambas as casas pertenceram à Igreja Católica no século 18, funcionando primeiramente como orfanato e, depois, como um educandário feminino. A motivação de sua construção surgiu da necessidade de fazer as crianças e jovens atravessarem de um lado para o outro, sem ter acesso à rua.
Atualmente o casario pertence à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e se transformou em um museu com obras e objetos históricos. Além disso, também abriga um instituto de geologia.
Mercado Velho: a tradição no comércio de Diamantina
Mercado Velho na noite diamantinense – Foto: Marcusvmpereira – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Conhecido anteriormente como Mercado dos Tropeiros, o Mercado Velho foi erguido na segunda metade do século 19, com a finalidade de facilitar a venda e a troca dos produtos trazidos pelos tropeiros de outros pontos de Minas Gerais.
Atualmente, recebe a feira da cidade nas manhãs de sábado. No espaço, é possível encontrar vendas de comidas tradicionais, peças de tapeçaria, queijos, temperos, artesanato, além de outras mercadorias típicas de Minas. Já à noite, o mercado costuma contar com música ao vivo, quitutes e tira-gostos variados, regados com a boa cachaça mineira.
Casa de Chica da Silva: a polêmica sobre a principal personagem de Diamantina
Casario onde morou Chica da Silva – Foto: Raquel Mendes Silva – Wikipedia (CC BY-SA 4.0) – com acréscimo de logomarca
A casa de Chica da Silva já passou por quatro restaurações desde 1949, quando foi incluída na lista das belas artes brasileiras.
A história de sua ilustre moradora povoa o imaginário popular, entre a perversão e a religiosidade. Comprada como escrava aos 22 anos, Chica foi alforriada e passou a viver com o contratador que a libertou, mesmo sem matrimônio oficial. Tiveram 13 filhos e, segundo os historiadores, foi uma mulher que aproveitou de sua beleza para se impor ao esposo.
Em seu testamento, destinou parte de seus bens às irmandades do Carmo, Mercês, Rosário dos Pretos e São Francisco, sendo inclusive sepultada nesta última.
Nos fundos da casa, Chica mandou construir uma capela, demolida e restando apenas as ruínas. E a casa, na totalidade, mostra essa grandiosidade, com enormes salas, sacadas, além de um jardim-pomar em sua área externa.
Uma exposição permanente do artista Marcial Ávila na casa retratam os crimes capitais com as imagens de Chica da Silva. E mesmo com pouco mobiliário histórico, a visitação se faz importante pela imponência do local junto às demais construções de Diamantina.
Casa de JK: a referência política mineira nasceu aqui
Casa de Juscelino Kubitschek – Foto: Morio – Wikipedia (CC BY-SA 3.0)
Ainda que apresente outro contexto histórico, a casa onde morou Juscelino Kubitschek, em Diamantina, é um passeio importante para os turistas amantes de história e política.
Isso porque ela está para Diamantina, assim como a casa de Tancredo Neves para São João del-Rei.
Em um casarão extremamente preservado, JK morou com a mãe e a irmã no local, após a morte do pai. A mãe, professora primária, não tinha muitas posses e, ainda assim, JK estudou e se formou em medicina em Belo Horizonte, se tornando prefeito da capital, governador de Minas Gerais e, posteriormente, presidente do Brasil.
No acervo do local, encontram-se documentos, objetos e vários painéis que recontam a história de JK. Parte do museu é material original, enquanto uma pequena parcela, reproduções de objetos da época.
Museu do Diamante: a memória do norte de Minas em Diamantina
Visite o Museu do Diamante – Foto: Ministério da Cultura – Wikipedia (CC BY 2.0)
O imóvel que abriga o Museu do Diamante surgiu da necessidade de se criar um pequeno arquivo local. Foi tombado pelo patrimônio histórico em 1950 e transformado em museu quatro anos depois.
Com pedras preciosas e outros elementos que remetem à extração do diamante em Minas Gerais, o museu aborda desenvolvimento e influência da pedra preciosa na economia brasileira.
O acervo possui mais de 1600 peças, entre pinturas, esculturas, cédulas, estampas, instrumentos musicais e mobiliário. Em sua coleção, é possível encontrar até mesmo objetos pessoais e indumentárias que caracterizam a região no auge do ciclo do diamante.
A entrada é gratuita e o museu funciona de terça a domingo, inclusive feriados. Mais detalhes, entre em contato pelo telefone (38) 3531-1382.
Beco do Mota: boemia e história na cultura de Diamantina
Foto: Josue Marinho – Wikipedia (CC BY 3.0)
Se você deseja encontrar opções diferentes quando procura o que fazer em Diamantina, este é o local. O Beco do Mota é o principal ponto do reduto boêmio da cidade.
Em outras palavras, é o contraponto das visitações históricas e religiosas que são feitas durante o dia, oferecendo um espaço para a gastronomia e confraternização nas noites da cidade.
No período colonial, era um lugar destituído de qualquer classe ou elegância, abrigando inclusive o espaço onde se encontravam os prostíbulos e a região menos nobre da cidade.
Porém, assim como a região da Lapa no Rio de Janeiro, o Beco do Mota foi restaurado e hoje abriga bares, restaurantes e outros serviços que atendem os turistas.
O local foi imortalizado em uma canção de mesmo nome, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, e hoje abriga em suas noites desde seresteiros até artesãos e agitadores culturais.
Algumas das boas opções são o Restaurante Deguste, com música ao vivo e um cardápio voltado para crepes e massas variadas, e o bar e restaurante Beco do Mota, com porções e tira-gostos de culinária mineira.
Também é necessário citar o Berola do Gilmar, tradicional restaurante e bar que serve o famoso feijão com mulambo e a porção de cascudo frito, favorita dos diamantinenses.
O Beco do Mota se tornou o principal point do universitários de Diamantina, fazendo parte do circuito boêmio da cidade em torno da Rua da Quinta, carinhosamente conhecida por Baiúca.
Caminho dos escravos: o roteiro dos diamantes
O Caminho dos Escravos foi construído no início do Século 18 com a finalidade de escoar os diamantes extraídos do distrito de Medanha para Diamantina.
Medanha tinha naquela época uma das áreas de maior extração de diamantes da região e era passagem também dos tropeiros, que traziam mercadorias para negociar na cidade. Com um percurso de aproximadamente 20 km, o caminho se tornou famoso pelos amantes de trekking ou caminhadas.
Inserido no mapa oficial da Estrada Real, o Caminho dos Escravos começa nas margens da BR-367, que possui uma belíssima vista da cidade, passando por dentro do charmoso vilarejo de Biribiri.
Biribiri: bucolismo em uma vila dentro da Serra do Espinhaço
Parte da Vila Biribiri – Foto: Josue Marinho – Wikipedia (CC BY 3.0)
Para quem procura o que fazer em Diamantina, Biribiri é uma volta no tempo em meio às montanhas do lugar. Isso porque o vilarejo foi erguido no fim do século 19 para abrigar a Companhia Estadual de Estamparia, atualmente desativada.
Com pouco mais de 30 casas, um restaurante simples e uma igreja colonial, Biribiri é um dos distritos de Diamantina que vale a pena conhecer. Cercado por mata nativa e cerrado, o charmoso povoado ainda conta com belíssimas cachoeiras em seu entorno, que formam quedas d’água e piscinas naturais. Contamos mais sobre essa interessante local no texto sobre a Vila de Biribiri.
E por falar em cachoeiras, tanto em Biribiri quanto nos arredores de Diamantina, elas são muitas e de exuberante beleza. Dentre as principais cachoeiras e belezas naturais, destacam-se as relacionadas abaixo.
Cachoeiras, cânions e grutas: o que fazer em Diamantina para os amantes da natureza
Cachoeira dos Cristais – Foto: Raquel Gonçalves Vieira de Andrade – Wikipedia (CC BY-SA 3.0)
O turismo voltado ao esporte e às belezas naturais possui um grande espaço em Diamantina e arredores. São vários locais para quem deseja nadar, contemplar belos cenários ou descansar.
A Cachoeira dos Cristais e da Sentinela, ambas próximas à entrada do Parque do Biribiri, estão entre as preferidas dos turistas. Enquanto a primeira tem duas quedas d’água e poços de água cristalina, a segunda forma pequenas “jacuzzis” naturais, com água morna e relaxante. Já a Cachoeira da Toca está na cidade e conta com um poço de aproximadamente 8 m de profundidade.
Quem deseja conhecer formações rochosas seculares ainda pode visitar a Gruta do Salitre e conhecer seus cânions e salões, ideais para a prática de esportes radicais, como rapel.
Como chegar em Diamantina e qual a melhor época do ano para conhecer
Diamantina possui aeroporto que recebe apenas voos domésticos e com escala reduzida, por isso, o mais recomendável para turistas de outros estados é desembarcar em um dos aeroportos de Belo Horizonte. Aliás, para quem tem mais dias disponíveis para passear, é recomendável um ou dois dias na capital mineira para conhecer seus famosos bares e restaurantes.
O percurso até Diamantina pode ser feito de ônibus ou carro, indo em direção a Sete Lagoas pela BR-040. A distância de Belo Horizonte até Diamantina é cerca de 300 km ou 4 horas.
Ainda que a parte turística possa ser visitada ao longo de todo o ano, a menor ocorrência de chuva em Diamantina é nos períodos de abril a outubro. Dessa forma, é mais propício o passeio ao ar livre e a visita das belezas naturais. No inverno, as temperaturas costumam ser bem baixas, chegando próxima aos 8 graus.
Os feriados mais disputados são Carnaval, Semana Santa e Ano novo. Além deles, o espetáculo da Vesperata é bastante concorrido, com seresta tocada nas sacadas enquanto o público curte nas ruas e bares do centro histórico de Diamantina.
Há muitas pousadas em Diamantina situadas em construções históricos – Foto: Pixabay
A escolha de pousadas e hotéis em Diamantina é menor se comparada a outras cidades históricas de Minas Gerais, já que a maioria das hospedagens estão na região central, próximo às principais atrações citadas. A principal dica é reservar antecipadamente, principalmente em datas de grande fluxo turístico.
O Hotel Tijuco é um dos favoritos. O local Projetado por Niemeyer e com apartamentos panorâmicos. Outra ótima opção é a Pousada do Garimpo, que tem um restaurante anexo, onde é servido diariamente um completo café colonial.
Aos turistas que forem à cidade para o evento da Vesperata, uma excelente recomendação é a Pousada Ouro de Minas, por ser a mais próxima à principal igreja de Diamantina. Dessa forma, você estará a cerca de 300 metros do terminal rodoviário e 500 metros do Largo das Forras, onde acontece a Vesperata.
Para saber onde se hospedar, confira nosso artigo com as principais opções de hotéis e pousadas em Diamantina.
Talvez você não saiba o que fazer em Monte Verde, MG, mas sabe que a vila mineira é um destino turístico em ascensão. A cidadezinha localizada no extremo sul de Minas Gerais tem recebido cada vez mais turistas, especialmente, em sua temporada de inverno.
Com estilo rústico e bucólico, a vila sempre foi um destino de casais que gostam de ficar em contato com a natureza, porém cada vez mais tem ampliado o seu público.
Onde fica Monte Verde MG?
Monte Verde fica no sul de Minas Gerais, na divisa com São Paulo. A vila que está a 1.600 metros de altitude fica na Serra da Mantiqueira, a mesma serra que abriga a cidade de Campos do Jordão.
Apesar de ser chamada de cidade por muitas pessoas, Monte Verde é, na realidade, um distrito de Camanducaia. Com apenas 4 mil habitantes, Monte Verde não tem planos de emancipação. Ser pequena e rústica é, justamente, o que dá charme ao distrito.
Mapa Monte Verde
Como chegar em Monte Verde?
Monte Verde MG fica mais próxima da capital paulista do que capital da mineira. A cidade de São Paulo está cerca de 160 km (2h30 de carro) de distância. Belo Horizonte fica a 480 km (6h30 de carro) e a cidade do Rio de Janeiro aproximadamente 465 km (7h de carro).
Para chegar a cidade se passa pela rodovia Fernão Dias (BR-381) até Camanducaia. De Camanducaia para Monte Verde são 30 km em uma estrada muito bonita que sobe a serra, porém estreita. Contudo, se formos comparar com a estrada que sobe a serra para chegar em Campos do Jordão, a estrada para Monte Verde é mais larga e segura.
Carro, principal meio de transporte
O principal meio de transporte para chegar à cidade é usando carro. Não apenas para chegar, mas para se deslocar na vila. Muitos hotéis ficam fora da vila e há algumas atrações mais distantes. Além disso, há poucas opções de táxis e eles são caros.
Por tudo isso, vale a pena ir de carro a Monte Verde. Para quem não possui carro ou quer um maior para viajar, vale a pena alugar! Eu que não possuo automóvel, aluguei pela RentCars para fazer essa viagem e indico a empresa.
Viajar de carro é a melhor opção para esse destino
Avião, aeroportos de Guarulhos e Viracopos são os mais próximos
Para quem vem de avião, os dois aeroportos mais próximo são o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e o aeroporto Viracopos, em Campinas, ambos estão cerca de 160 km de Monte Verde. De lá, você pode alugar um carro, veja preços aqui.
De transporte público são necessário 2 ônibus
Quem pretende viajar de transporte público precisará pegar dois ônibus para chegar em Monte Verde, primeiro um ônibus até Camanducaia. Há ônibus diretos de São Paulo e Belo Horizonte. Depois, um segundo ônibus de Camaducaia a Monte Verde que faz o trajeto cerca de sete horários por dia.
Como já havíamos falado, apesar da vila ser pequena, as hospedagens ficam bastante espalhadas. Por isso, caso não esteja de carro, é melhor se hospedar em uma pousada mais central. As dicas são o Resort Roots, Pousada Tom’s Avenue e Chalé Pinheiro Velho. Para conhecer as demais pousadas no centro e as diferenças para as pousadas que ficam em regiões cercado de natureza, leia nosso texto sobre onde ficar em Monte Verde.
Já se você planeja uma viagem de casal, precisamos te contar que há ótimas opções de hospedagens românticas na vila. Por isso, vale a pena conhecer as mais interessantes pousadas em Monte Verde com hidro.
História de Monte Verde Minas Gerais
Monte Verde foi fundada pelo casal Emília e Verner Grinberg. A família Grinberg é formada por imigrantes vindos da Letônia, que chegaram ao Brasil em 1913. Na década seguinte, Verner Grinberg casou com a brasileira Emília e foram passar a lua de mel em Campos do Jordão. Ele gostou muito do clima da região que parecia com sua terra natal.
O casal resolveu conhecer outras regiões da Serra da Mantiqueira e, em 1938, decidiram comprar uma fazenda na região do Campos do Jaguari. Se mudaram para lá e depois decidiram comprar outros terrenos ao redor. Mais tarde decidiram trocar o nome do lugar para Monte Verde.
Depois de um tempo, Verner Grinberg começou a vender lotes para parentes e amigos que gostavam de visitar o local. A fazenda começou a se transformar em uma vila e também despertou interesse de turistas.
Avenida Monte Verde ao entardecer
Monte Verde, uma nova Campos do Jordão?
Um comentário sempre feito é comparar Monte Verde com Campos do Jordão. As duas cidades têm alguns pontos em comum: ambas são destinos de inverno, estão na Serra da Mantiqueira, ficam cerca de 60 km de distância em linha reta (mas 200 km pela principal estrada), possuem opções de passeios em meio a natureza e opções de gastronomia.
Para quem faz uma avaliação superficial, pode parecer que as duas cidades são parecidas. Entretanto, são diferentes e agradam tipos distintos de turistas. Eu visitei as duas cidades na mesma viagem e posso dizer que possuem estilos muito diferentes.
Restaurante na avenida principal – o que fazer em Monte Verde MG
Monte Verde: uma vila rústica, tranquila e com estrada de terra
Monte Verde é uma vila e o charme do local é justamente por ser pequeno. Por isso, Verner Grinberg, o fundador da vila, não queria que asfaltasse a estrada para não popularizar demais, crescer de forma desordenada e perder sua identidade. Problema que Campos do Jordão vem enfrentando!
Hoje, a estrada Camanducaia Monte Verde é asfaltada, porém muitas ruas na vila são de terra. Apesar de ser mais complicado dirigir, isso é uma marca da cidade e agrada os turistas de perfil aventura.
Estrada de terra para chegar em pousadas de Monte Verde
As construções em estilos europeus são outra característica da vila. Há várias delas, porém em quantidade muito menor que em Campos do Jordão.
Quantos dias ficar em Monte Verde, Minas Gerais?
A vila não tem muitas atrações turísticas, por isso a média de tempo que os turistas ficam em Monte Verde é de 2 a 3 dias, segundo a MOVE, Agência de Desenvolvimento de Monte Verde.
Entretanto, para quem está em busca de fazer trilhas e esportes em meio a natureza, vale a pena ficar mais dias.
Uma informação muito importante é que o turismo se concentra aos finais de semana. Durante a semana, a cidade fica vazia e muitos restaurantes nem abrem. Por isso, para ver a cidade mais movimentada é indicado viajar de quinta-feira a domingo, período em que as noites são mais atrativas na vila.
O Portal é um dos pontos turísticos de Monte Verde
Quando ir a Monte Verde MG?
Monte Verde surgiu no cenário turístico nacional como um destino de inverno. Apesar de a vila receber turistas o ano inteiro, o inverno continua sendo a época mais procurada.
O Natal é outro período interessante para visitá-la. Desde 2018, Monte Verde possui decoração natalina.
Para quem pretende fazer trilhas e algumas atividades ao ar livre, pode ser mais interessante viajar nos meses mais quentes.
No inverno, as temperaturas ficam entre 5 e 10ºC, podendo chegar abaixo de zero grau em algumas noites.
Já no verão, as temperaturas passam de 20ºC, podendo chegar a 28ºC.
Termômetro na avenida principal do distrito
Inverno em Monte Verde
Monte Verde é, tradicionalmente, um destino de inverno, por isso o turismo se concentra nessa parte do ano. Muitos casais procuram a cidade com seu clima de montanha para curtir o frio, tomar vinho, comer fondue e se aquecer em uma lareira. Várias pousadas e hotéis possuem lareira.
A alta temporada na vila é de abril a agosto, segundo a MOVE. Entretanto, junho e julho são os meses mais cheios e caros. Caso queira viajar nessa época e pagar menos na hospedagem, viajar durante a semana é uma boa opção.
O que fazer em Monte Verde?
Mapa de Monte Verde MG
Trilhas em Monte Verde
Não tinha como começar de outro jeito essa lista do que fazer em Monte Verde. As trilhas são o que a cidade tem de mais famoso e a atividade mais realizada pelos turistas.
Há diferentes tipos de trilhas em Monte Verde, com níveis distintos de dificuldade. Por isso, há opções que agradam tanto trilheiros iniciantes como os mais experientes.
Situação das trilhas em 2021
Até 2019, todas as trilhas eram abertas e não precisavam de guia para percorrê-las. Apesar dos locais serem de propriedade particular, houve uma parceria público-privada, PPP, que passou para a administração para a Prefeitura de Camanducaia em troca de fazer as manutenções nas trilhas.
Como a prefeitura não deu a devida manutenção, os proprietários encerraram a parceria, desde então as trilhas ficaram fechadas.
A exceção é a trilha da Pedra Redonda, que a MOVE escolheu para administrar já que é a mais popular delas. Entretanto, passou a ter novas regras de acesso ao local, como a visita apenas acompanhada de guia.
Até o começo de 2021, apenas trilha da Pedra Redonda continuava aberta.
A Pedra Redonda é a trilha mais popular – Foto: divulgação Quadriventure
Pedra Redonda
A trilha da Pedra Redonda é a mais popular em Monte Verde por ser uma das mais fáceis e curtas. São 900 metros de extensão. Essa é uma trilha acessível a vários tipos de pessoas, até mesmo crianças maiores dão conta de percorrê-la. Entretanto, a parte final da trilha possui uma subida bastante íngreme.
Pelo caminho, há vários mirantes e do alto da Pedra Redonda (1950 metros de altitude) se tem uma das melhores vistas de Monte Verde.
Extensão: 1,8 km (ida e volta)
Tempo estimado de caminhada: 1h30 (ida e volta)
Nível de dificuldade: moderado
Pedra Partida
A Pedra Partida fica ao lado da Pedra Redonda. O começo da trilha é o mesmo para as duas. Entretanto, a trilha para a Pedra Partida é bem mais extensa, são 1.600 metros. Pelo percurso ser mais longo e mais cansativo, é indicada para quem já tem costuma de fazer caminhadas maiores.
O cume da Pedra Partida está a 2.046 metros de altitude e de lá se tem uma visão 360º, onde pode-se ver até a Pedra do Baú em São Paulo.
Extensão: 3,2 km (ida e volta)
Tempo estimado de caminhada: 3h (ida e volta)
Nível de dificuldade: intermediário
Trilha do Chapéu do Bispo
Para quem busca uma trilha bem tranquila, essa é a melhor opção. A Trilha do Chapéu do Bispo é a mais curta e fácil de ser percorrida em Monte Verde. São apenas 650 metros de extensão. Apesar de começar íngreme, ela fica bem mais tranquila depois. Do alto do Chapéu do Bispo são 1.955 metros de altitude e há uma marcação que demonstra a divisa de Minas Gerais e São Paulo.
Extensão: 1,3 km (ida e volta)
Tempo estimado de caminhada: 1h (ida e volta)
Nível de dificuldade: fácil
Trilha do Platô
A trilha do Platô é a continuação da trilha do Chapéu do Bispo. Ou seja, percorrendo mais 450 metros ou 15 minutos de caminhada, você chega ao Platô, uma área plana que está a 1.945 metros de altitude. De um lado do platô, é possível ver Minas Gerais, do outro lado, se vê São Paulo.
Extensão: 2,2 km (ida e volta)
Tempo estimado de caminhada: 1h30 (ida e volta)
Nível de dificuldade: moderado
Trilha do Pico Selada
A Trilha do Pico Selada é a mais extensa em Monte Verde. São 2,5 km desde o Platô. Devido a sua extensão, seu grau de dificuldade é considerado alto, entretanto a trilha não é difícil de ser percorrida.
O Pico do Selado é o mais alto da região. São 2.082 metros de altitude e possui uma bela vista.
Extensão: 7,2 km (ida e volta)
Tempo estimado de caminhada: 5h (ida e volta)
Nível de dificuldade: difícil
Como fazer a trilha?
Como dissemos, agora é permitido apenas fazer as trilhas acompanhado de guias. Monte Verde tem mais de 30 empresas de ecoturismo e a maioria delas oferece esse serviço. A trilha da Pedra Redonda, normalmente, é oferecido dentro do city tour pela vila. Este item, explicamos melhor no próximo item.
City Tour em Monte Verde
O City Tour é aquele tipo de passeio para conhecer os principais pontos turísticas de uma cidade. Normalmente, é possível visitar os locais por conta própria. Entretanto, como a principal atração do city tour em Monte Verde é a trilha para a Pedra Redonda, ele acabou virando um roteiro muito procurado.
O city tour dura cerca de 4 horas e pode ser feito de manhã ou tarde. O turno da tarde é o mais recomendado, já que está incluído ver o pôr do Sol.
Local onde se ver o pôr do Sol no city tour
No city tour, passamos por várias ruas de Monte Verde, conhecendo alguns das construções mais icônicas da vila. Também visitamos uma criação de trutas, uma fábrica de chocolate, uma mercearia que vende queijos. Entretanto, a parte principal é a trilha.
Como estávamos com um bebê, não foi possível fazer a trilha da Pedra Redonda, já que crianças precisam ter pelo menos um metro e meio de altura para fazer a trilha. Por isso, fizemos uma trilha dentro da propriedade do Hotel Fazenda Itapuá. Apesar do nível de dificuldade ser baixo, o local é bem bonito, veja as fotos.
Trilha do Hotel Fazenda Itapuá que fizemos com a Quadriventure
A maioria das agência de ecoturismo de Monte Verde fazem o city tour. Há opções de city tour em grupo e particular. Nós fizemos pela empresa Quadriventure, que oferece apenas city tour privados e na trilha citada acima. Nós gostamos do serviço da empresa que nos buscam e deixam no hotel.
Especialmente, para quem estiver viajando a Monte Verde sem carro, o City Tour é a melhor maneira para conhecer a cidade.
Aeroporto, o mais alto do Brasil
No meio da vila de Monte Verde, há um amplo terreno descampado. Não parece, mas esse terreno de terra batida é a pista do aeroporto da vila. Considerado o aeroporto mais alto do Brasil, com 1.600 metro de altitude, o local já serviu de pista para pequenas aeronaves fazerem passeios na região.
Hoje, o aeroporto não é mais utilizado por aeronaves e moradores da vila utilizam o espaço para fazer caminhadas.
Tirolesa, arvorismo e esportes de aventura
Arvorismo é uma das principais atrações da Fazenda Radical – Foto: divulgação
Para quem gosta de esporte de aventura, Monte Verde possui algumas opções interessantes. Há tirolesa, arvorismo e outros esportes radicais. Os dois principais locais para fazer essas atividades é no Parque do Engenho e na Fazenda Radical. Você ainda encontra outras atividades como parede de escalada, passeios de cavalos, escola de falcoaria e algumas outras atividades.
Tour de Quadricilo
Passeio de quadriciclo da empresa Quadriventure
A atividade relacionada a esportes radicais mais interessante e procurada em Monte Verde é o tour de quadriciclo. Quem gosta de aventura não pode deixar de fazer esse passeio!
O interessante do passeio de quadriciclo em Monte Verde é que você faz em uma estrada de terra com obstáculos, de nível intermediário, o que dá mais emoção para a aventura.
Entretanto, qualquer pessoa consegue pilotar um quadriculo, grande parte das pessoas que fazem o passeio estão pilotando pela primeira vez. Eu mesmo nunca havia pilotado. Apesar de ter uma moto, o quadriciclo é bem diferente. No começo, dá um pouco de medo, mas depois pega-se o jeito. Mesmo assim, se tiver medo, é possível ir na garupa.
O que fazer em Monte Verde MG? Passeio de quadriciclo
O tour de quadriciclo dura cerca de 1 hora, parece pouco tempo, mas é tempo mais que suficiente para se aventurar pelo circuito. O guia vai na frente indicando o caminho, as marchas e a forma de passar em cada parte do percurso.
Para fazer o passeio de quadriciclo precisa ter 18 anos, mas não precisa ter carteira de motorista, CNH. Já para ir na garupa, precisa ter pelo menos 12 anos.
Várias empresas de turismo em Monte Verde oferecem esse tour de quadriciclo. A maioria usa o circuito da Fazenda Radical, o que deixa o local mais cheio. Eu fiz o passeio pela Quadriventure, uma empresa que tem um circuito próprio para o tour, que mistura floresta com fazenda. Então, são cenários diferentes, o que possibilita interessantes fotos.
Bois faziam parte do percurso do tour de quadriciclo
Outro aspecto interessante da empresa é que o limite dela são 4 quadriciclos por tour, o que permite ao guia dar atenção maior para cada um dos pilotos.
Passear pela Avenida Monte Verde
Avenida Monte Verde é muito charmosa e bonita
A Avenida Monte Verde é a principal da vila, aqui estão a maioria dos restaurantes, lojas e bares. Entretanto, é a decoração que chama atenção. Há canteiros suspensos com flores que dão todo charme ao local. Durante a época de Natal, essa é a rua que fica mais enfeitada e bonita. Por tudo isso, essa é a parte mais fotografada da cidade.
Na avenida, você também encontra várias galerias de lojas que vendem produtos laticínios, bebidas, chocolates, objetos de decoração, roupas, entre outros itens.
Galerias na Avenida Monte Verde
Comprar queijos, cachaça, doces e outros produtos mineiros
Monte Verde possui várias lojas com os mais variados tipos de produtos mineiros. Para quem não é de Minas Gerais é uma boa oportunidade para comprar alguns produtos que não são fáceis de encontrar em outros estados.
O produto mais vendido é o queijo minas, famoso por seu paladar e pode ser comido puro, no pão ou usado em receitas. Há diferentes tipos de queijo minas, muitas vezes, ele é classificado pela região do estado onde é produzido. Entretanto, o melhor jeito de conhecer é mesmo provando. As lojas fazem degustação dos queijos e vale a pena experimentar.
Em Monte Verde MG, você encontra várias lojas que vendem produtos mineiros
Outra atração das lojas são as cachaças. Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país. Em Monte Verde, você encontra algumas marcas. As lojas também vendem licores de diferentes sabores e as cervejas artesanais das duas cervejarias instaladas na cidade: Cervejaria Fritz e Cervejaria Monte Verde.
As geleias também são produtos muito procurados. As lojas vendem alguns tipos e marcas de geleias que são produzidas na região. As melhores são as que não possuem conservantes, por isso leia o rótulo. Uma das marcas mais famosas é a Edelweiss, que é fabricada em Monte Verde.
Os doces mineiros também são muito admirados pelos turistas. O doce de leite é o principal doce produzido no estado, há versões dele sólido e cremoso. Uma das versões mais procuradas é o doce de leite cremoso misturado com coco, maracujá, morango, goiabada, chocolate, etc. O meu preferido é o doce de leite com ameixa, uma delícia.
Visita cervejaria Fritz
Monte Verde MG possui duas cervejarias
Monte Verde conta com duas cervejarias artesanais, a cervejaria Monte Verde e a Cervejaria Fritz. Essa última é a mais antiga da vila e oferece uma visita guiada pela fábrica.
A Cervejaria Fritz foi fundada em Sumaré, São Paulo, e depois mudou-se para Monte Verde devido ao poço artesiano local. A cervejaria fabrica 6 tipos de cervejas, totalizando 25 mil litros por mês.
A visita guiada mostra o processo de produção e dura entre 30 e 40 minutos. O tour acontece diariamente, sempre que há um número mínimo de pessoas. O valor da visita guiada é R$40 e, no final, cada participante ganha uma cerveja. Para mais informações e preços, acesse o site da cervejaria.
Aproveitar a gastronomia
Na nossa lista do que fazer em Monte Verde não poderia faltar a gastronomia. Monte Verde não conta com uma gastronomia tão sofisticada e diversa quanto Campos do Jordão, mas há boas opções de restaurantes em Monte Verde. Para poder abordar com mais detalhes essa temática, o nosso próximo tópico é exclusivo sobre as comidas e restaurantes em Monte Verde.
Restaurantes em Monte Verde MG
A gastronomia é um dos atrativos da vila, por isso você encontrará boas opções de restaurantes em Monte Verde. Os três destaques da culinária da vila é o fondue, a truta e a comida mineira. Além, é claro, o chocolate.
Fondue, o principal prato do inverno
Fondue de chocolate é o preferido de muita gente – Foto: Freepik
O prato mais famoso nos destinos de inverno é o fondue. Não apenas em Monte Verde, mas também nos restaurantes de Campos do Jordão e nos restaurantes de Gramado. Especialmente em Gramado, é o prato mais consumido na cidade.
Apesar do fondue combinar mais com o inverno, o prato é o mais consumido o ano inteiro em vários restaurantes, como nos contou um funcionário do Restaurante Café Pinhão.
Há alguns restaurantes que servem fondue em Monte Verde. O famoso é a Casa do Fondue, que ganhou fama por ser o primeiro restaurante a servir o prato na cidade. O restaurante costuma ter filas e é indicado chegar cedo, antes das 20h ou fazer uma reserva.
Outro local que serve o fondue é o L’Archange Gourmet Bistrot, restaurantes do Hotel Saint Michel. No local, é servido fondue de chocolate Lindt.
Já um restaurante com melhor custo-benefício que serve fondue é o Restaurante Café Pinhão. A sequência de fondue (queijo, carne e chocolate) é o prato mais pedido pelos clientes o ano inteiro. O restaurante conta com música ao vivo e tem um grande espaço, o que diminui as filas, algo comum aos finais de semana nos restaurantes da vila. Nos comemos no Café Pinhão uma sequência de fondue.
Sequência de fondue do Café PinhãoNosso fondue no Café Pinhão
Truta, o peixe de águas frias
A truta é um peixe de água de fria
Outro destaque da gastronomia de Monte Verde são as trutas. Peixe originário da América do Norte, a espécie só se adapta em águas frias, por isso é produzido na região.
O Paulo das Trutas é um restaurante especializado nesse peixe e produz suas próprias trutas. O trutário, local da produção, é aberto para visitação. Nós o visitamos no City Tour pela vila.
Esse é um restaurante especializado em truta, porém há vários restaurantes da cidade que possuem esse peixe em seu cardápio.
Comida mineira
Feijão tropeiro é uma das comidas mineiras mais conhecidas – Foto: Moe Alves (CC BY 2.0)
A comida mineira sempre é um destaque em qualquer viagem a Minas Gerais. Feijão tropeiro, frango com quiabo, leitão a pururuca e vaca atolada são alguns dos destaques da culinária mineira. Entretanto, como o estado é grande, nem sempre os pratos são encontrados em todas as regiões.
Uma observação importante é que apesar da culinária mineira ser muito apetitosa é uma comida mais pesada. Por isso, não é a refeição mais indicada para comer antes de fazer uma trilha, por exemplo.
Um dos restaurantes que servem comida mineira é o Rancho da Picanha. Apesar da picanha não ser um prato exclusivo mineiro, ele é muito consumido e há vários restaurantes em Monte Verde que servem essa refeição.
Picanha na Chapa do restaurante em Monte Verde Rancho da Picanha
Uma curiosidade que descobrimos com a proprietária do Rancho da Picanha é que, durante o dia, o prato mais consumido é a picanha e a noite, que está mais friozinho, o fondue é o prato preferido dos turistas.
Sobremesa e chocolate em Monte Verde
Monte Verde MG conta com várias chocolaterias
Como todo destino de inverno, o chocolate é um dos destaques da cidade. Há uma variedade de chocolates e embalagens bonitas para presentes. Entre as chocolatarias da cidade, há o Gressoney, Chocolate Montanhês, Sabor Chocolate, Chocolateira Monte Verde. Algumas delas fabricam seus produtos localmente.
Das chocolaterias, queríamos destacar a Gressoney Chocolates, que foi a primeira a se instalar na vila em 1978. A Gressoney produz a sobremesa mais famosa e deliciosa da cidade, que é a Sopa de Morango! A sobremesa é uma mistura de morango batido, sorvete de creme e chocolate. É uma mistura divina e apesar do nome sopa é servido fria.
Sopa de morango da Gressoney é incrivelmente gostoso
A Gressoney ainda possui duas receitas próprias que são muito vendidas, a Prímula que é uma combinação entre alfajor e pão de mel e o Marzipan que é um doce europeu com massa de amêndoas e, na versão da Gressoney, há também castanha do pará e castanha de caju, coberto com chocolate.
O Marzipan é do tipo ame ou odeie, sendo que 70% das pessoas não gostam, segundo a gerente da loja, mesmo assim é um gosto muito peculiar que merece ser experimentado.
A prímula (redondo) e o marzipan são os produtos mais vendidos da Gressoney
Agora que você já sabe o que fazer em Monte Verde MG, é necessário decidir onde se hospedar. A vila possui ótimas opções de pousadas de vários estilos e preços. Para lhe ajudar na escolha escrevemos um texto sobre onde ficar em Monte Verde com dicas de regiões e pousadas.
Campos do Jordão não é um destino que neva com frequência - Foto: Artin Bakhann / Unsplush
Muitas pessoas viajam para a Serra da Mantiqueira com a esperança de encontrar neve em Campos do Jordão. A cidade é um dos destinos de inverno mais famosos do Brasil e um dos poucos pontos no território nacional em que é possível nevar. Apesar da temperatura se aproximar de zero grau no inverno e, muitas vezes, ficar negativa, nevar em Campos do Jordão não é frequente.
Campos do Jordão nevando? Aconteceu poucas vezes!
Apesar de a Serra da Mantiqueira ser um local de montanha, a região não é tão alta ou próxima às extremidades do globo para se tornar uma região que neva com frequência. Isso não quer dizer que não aconteça algumas vezes.
Foto: Pixabay – Campos do Jordão neve
Histórico de neve em Campos do Jordão
A última vez que nevou em Campos do Jordão foi em julho de 1975. Antes disso, aconteceu em 1966, 1947 e 1942. E mesmo quando neva em Campos do Jordão é em quantidade pequena. Dificilmente você verá aquelas cenas de filmes com neve acumulada no chão.
Na década de 1920, provavelmente em 1928, nevou abundantemente, deixando o chão coberto de neve. A imagem ficou registrada em fotos da época, mas foi a única vez que se tem relatos de neve em Campos do Jordão em maior quantidade.
Conheça as condições climáticas necessárias para nevar
Campos do Jordão tem invernos rigorosos se comparado com a temperatura da maior parte das regiões do Brasil. Entretanto, temperatura baixas não significam que ocorrerá neve. Para nevar é preciso uma combinação de fatores.
O primeiro requisito é o frio. Isso todo mundo sabe! Mas não basta que a temperatura do solo (cidade ou campo) esteja baixa, também a temperatura da atmosfera deve estar baixa, em torno de zero grau ou menos. Temperaturas negativas não são muito frequentes em Campos do Jordão, isso já diminui a chance de nevar.
Outro fator é que as nuvens estejam úmidas. Em épocas secas ou que o céu estiver limpo (sem nuvens), não é possível nevar. Em Campos do Jordão, a época mais seca, ou seja, que menos chove, é justamente durante o inverno.
Quando todos esses fatores — temperatura baixa tanto no solo quanto na atmosfera e nuvens úmidas — se coincidem é possível nevar! Neste caso, o vapor d’água que evapora do solo se transforma em cristais de neve e a atmosfera fria não deixa que ele se transforme em água quando cair de volta ao solo.
Cristal de neve, também chamado de flocos de neve – Foto: Pixabay
Dia mais frio já registrado em Campos do Jordão
No inverno de 1988, ocorreu o dia mais frio já registrado em Campos do Jordão. Nessa ocasião, os termômetros marcaram -7,2 °C, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Entretanto, mesmo com a baixa temperatura, não nevou em Campos do Jordão.
Onde ver neve no Brasil?
As regiões serranas no sul do Brasil são os locais onde neva com maior frequência. Temos um texto explicando quando neva em Gramado, na serra gaúcha. Apesar de ser mais frequente, acontece apenas uma vez ao ano. Por isso, suas chances de viajar para ver neve no Brasil são muito pequenas.
Inverno em Campos do Jordão
Não é necessário neve para que o inverno em Campos do Jordão seja interessante. A cidade é agradável, possui várias atrações turísticas que combinam natureza e cultura. Além disso, a cidade é um polo gastronômico, por isso você encontrará muitosrestaurantes interessantes que oferecem pratos que combinam com o inverno, como fondue.
O inverno em Campos do Jordão é a época mais turística e cheia – Foto: JillWellington – Pixabay
Não podemos deixar de falar que a cidade é um destino romântico que atrai muitos casais. Por isso, você encontra muitos hotéis românticos com banheira e/ou lareira. Além dos hotéis com opções de lazer que fazem mais sucesso para as famílias que buscam diversão.
Para saber as dicas sobre as regiões da cidade, o bairro mais bem localizado e os hotéis que ficam em meio a natureza, veja nosso texto sobre onde ficar em Campos do Jordão.
Centro histórico de Diamantina - Foto: Leandro Neumann Ciuffo - Wikipedia (CC BY 2.0)
A escolha de pousadas em Diamantina não é tão complexa para os turistas. Primeiramente, porque a maior parte de suas atrações estão situadas no centro histórico. A principal dica é verificar a distância em relação à Igreja da Sé, que se encontra no coração da cidade. Em suas proximidades, o turista encontrará restaurantes, comércios variados e as principais hospedagens.
De modo geral, Diamantina oferece menos opções que outras cidades coloniais, além de ser mais simples. Por isso, é importante as reservas antecipadas, visto que, em datas comemorativas, se torna mais complicada encontrar hospedagens. Os fins de semana com Vesperata, atração tradicional do local, acontecem entre abril e outubro, o que resulta em ocupações de quase todas as opções de hotel e pousada em Diamantina.
Importante citar que, mesmo que sua hospedagem seja feita longe do centro histórico, a locomoção é rápida, mas, nestes casos, é recomendado ser feita de carro. Isso porque suas ladeiras íngremes podem ser complicadas para aqueles que preferem não caminhar.
A seguir, você confere as 10 principais hospedagens em Diamantina, com informações completas e links para reserva. Antes, vamos conhecer a história do local.
Diamantina, patrimônio cultural da humanidade
Há muitas pousadas em Diamantina em prédios históricos – Foto: Pixabay
Diamantina é um município bem peculiar no circuito histórico de Minas Gerais. Isso porque, ao contrário de Ouro Preto, Mariana, Congonhas, São João del-Rei ou Tiradentes, se situa em uma região oposta no mapa, sendo o ponto de partida ou chegada para quem opta por percorrer aEstrada Realpelo Caminho dos Diamantes.
Situada a 300 km da capital mineira, a fama de Diamantina se deu pela descoberta das pedras preciosas no início do século 18. Naquela época, o município era conhecido como Arraial do Tejuco.
Aliás, a importância de Diamantina na história de Minas Gerais possui dois momentos distintos. O primeiro foi durante o período colonial, que contou com personalidades como Chica da Silva. Posteriormente, pela chegada de seu filho mais ilustre, Juscelino Kubitschek (JK), à presidência do Brasil.
O título de Patrimônio Cultural da Humanidade foi dado pela Unesco em 1999. A cidade também tem belezas naturais incríveis. Dentre elas, por exemplo, grutas, cachoeiras e montes formados pela Serra do Espinhaço.
E não podemos esquecer de tradições culturais como a Vesperata — uma serenata com música nas janelas — e os arredores de seus distritos, como Milho Verde, Biribiri e São Gonçalo do Rio das Pedras. Para conhecer todas as atrações turísticas veja nosso texto sobre o que fazer em Diamantina.
Os 10 melhores locais para você escolher onde ficar em Diamantina
Rua Contrato em Diamantina – Foto: Giorgioglobe – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Separamos as principais pousadas em Diamantina para você se hospedar e curtir as atrações turísticas da cidade. São opções desde locais mais simples até mais sofisticados.
OPouso da Chicaé uma pousada em Diamantina que oferece acomodações simples e confortáveis, além de café da manhã e internet wi-fi gratuitos. Além das básicas, é oferecido serviços de passar roupa.
Situado a apenas 300 m do Museu onde foi a casa de Juscelino, é uma excelente opção para famílias ou grupos menores. O diferencial está nos chalés construídos nos quintais da pousada, além de quartos mais requintados, com adaptação para deficientes e até sauna privada em um dos apartamentos.
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Pousada do Garimpo: sofisticação com simplicidade
Pousada do Garimpo possui piscina e fica a 800 metros do centro histórico –Foto: divulgação – site
Esta pousada em Diamantina fica situada a 800 m do centro histórico. Formada por apartamentos e suítes, oferece bom gosto e aconchego. Possui piscina com cascata, deck-bar, sauna a vapor.
Além disso, conta com salão de jogos para carteado e sinuca, uma lojinha com artesanato local e um restaurante anexo, onde é servido café colonial e almoço com variedades de comida mineira no fogão à lenha.
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Hotel Tijuco: Arquitetura de Niemeyer no centro de Diamantina
Hotel Tijuco em Diamantina foi projetado por Oscar Niemeyer – Foto: Google Street View
Com apartamentos panorâmicos, estacionamento amplo e 25 apartamentos, o Hotel Tijuco é um dos mais tradicionais hotéis em Diamantina. Inaugurado em 1951, este projeto de Oscar Niemeyer foi tombado como patrimônio histórico.
Cabe também ressaltar que, assim como oGrande Hotel em Ouro Preto, também de autoria do arquiteto, o Tijuco conserva grande parte do mobiliário da década de 1950. A exemplo de Brasília ePampulha, o ex-presidente JK se tornou uma espécie de “padrinho” do hotel, apoiando sua construção em uma época que Diamantina não dispunha de boas hospedagens para os turistas.
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Pousada Ouro de Minas: conforto no centro histórico
A Pousada Ouro de Minas é a mais próxima de todas da igreja Matriz. Isso significa que está no centro histórico de Diamantina, cerca de 300 m do terminal rodoviário e 500 m do Largo das Forras, onde acontece a Vesperata.
A pousada dispõe de piscina, sauna e estacionamento gratuito para hóspedes. Em seus quartos, a decoração é predominantemente no estilo country. Nos quartos de luxo, há lareira e hidromassagem privativa.
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A Pousada Relíquias do Tempo está situada em um sobrado colonial de três andares datado de 1850 e tem 18 apartamentos. O diferencial está em uma biblioteca interna com romances e literatura médica, além de foco em escritores e historiadores de Diamantina. Além disso, a pousada possui um pequeno museu que reconta a história do garimpo na cidade no século 18.
Com quartos exclusivos para famílias e piscina coberta, possui também área de bem-estar com sauna e banheira de hidromassagem.
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Hotel Jardim do Vale: modernidade em meio ao colonial
Café da manhã, com diferentes opções de pães, bolos e queijos, oferecido pelo Jardim do Vale – Foto: divulgação – booking.com
O hotel mais recente desta lista se iguala ao demais. Inaugurado em 2012, o Hotel Jardim do Vale possui arquitetura que simula os moldes dos casarios coloniais do século 18. Situado no Beco da Paciência e próximo ao Mercado Velho, tem vista privilegiada para a Serra dos Cristais.
Com capacidade para receber 84 hóspedes em 27 apartamentos, ele é equipado com internet wi-fi e frigobar em todos os quartos. Além disso, oferece também um café da manhã bem mineiro, com iguarias como broa e pães de queijo.
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Diamante Palace Hotel: ideal para turismo corporativo
Quarto de casal oferecido no Diamante Palace, próximo à entrada de Diamantina – Foto: divulgação – site
O Diamante Palace Hotel está localizado na entrada principal de Diamantina, sendo uma opção interessante para quem busca praticidade. Contudo, é importante saber que, para o chegar aos principais pontos da cidade, é necessário um acesso em torno de 2 km, passando pela rodovia BR-367.
Com restaurante focado na cozinha mineira, tem culinária variada e proximidade ao Parque Estadual do Biribiri. O espaço do hotel conta com salão de festas para eventos, reuniões e confraternizações.
Para reservar este hotel em Diamantina, clique aqui.
Com piscina ao ar livre e quartos familiares, o Hotel Montanha de Minas se destaca por ser pet friendly. Isso significa que você pode se acomodar com seu bichinho de estimação, mediante a realização de pedido com antecedência.
O hotel conta com lavanderia, lounge compartilhado e wi-fi em todas as áreas. Está situada a apenas 500 m do centro histórico, logo atrás do famoso Museu Casa Xica da Silva. Em todos os quartos há banheiro privativo, além das opções com varanda e banheira de hidromassagem.
Próxima ao Mercado Velho, a Pousada Vale do Garimpeiro está a apenas 80 m do centro histórico de Diamantina. Oferece café da manhã incluso em todas as hospedagens.
Alguns dos quartos têm varanda com vista para a cidade e, a partir do terraço panorâmico, é possível admirar a Serra dos Cristais e a Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Para quem pretende curtir as belas noites diamantinenses ou fazer uma tour histórica a pé, é uma das melhores opções.
Para saber preços, ver mais fotos e fazer reserve aqui.
Vila do Biribiri: pousada em Diamantina em meio ao silêncio e sossego da natureza
Biribiri é um local turístico próximo de Diamantina e pouca gente sabe que é possível hospedar lá – Foto: divulgação – Booking.com
A última dica fica a 15 km do centro histórico de Diamantina, mas merece ser citada por estar em uma reserva ambiental. O povoado de Biribiri é tranquilo, mineiramente bonito e rodeado por cachoeiras. Em geral, as pessoas costumam reservar um dia para conhecê-lo, contudo, quem busca paz nos fins de semana, pode ser uma excelente alternativa.
A Vila do Biribiri teve sua importância como uma das primeiras fábricas de tecido do país. A pousada está situada no principal ponto dos turistas, dispondo em suas proximidades de dois restaurantes e diversas quedas d’água belíssimas.
Para saber preços, ver mais fotos e fazer reserva na Vila do Biribiri clique aqui.
Principais datas para reservar pousadas em Diamantina
Vesperata é o tradicional evento da cidade – Foto: Glauco Umbelino – Wikipedia (CC BY 2.0)
Agora que você já conhece as principais opções de pousadas em Diamantina, uma dica essencial para quem pretende conhecer a cidade é saber as datas.
Durante o inverno, a cidade tem temperaturas bastante baixas, não recomendadas para quem não gosta de frio. De maneira geral, o clima montanhoso é seco durante quase todo o ano. Entre os meses de novembro a março, Diamantina costuma ser bem chuvosa, ainda assim temperaturas elevadas.
Os principais eventos em Diamantina são:
O Carnaval, que por anos esteve entre os melhores do país, com blocos importantes, como o Bat-Caverna e a Bartucada. Há marchinhas e um grande envolvimento popular no carnaval de rua, entre becos e vielas.
A Semana Santa, que assim como outras cidades coloniais mineiras, é dotada de tradição e religiosidade. Além dela, a Festa do Divino Espírito Santo também atrai aqueles que buscam acompanhar cerimônias católicas em Minas Gerais.
A Vesperata é um dos eventos mais tradicionais e turísticos de Diamantina. Acontece aos sábados, entre abril e novembro, atraindo os amantes de boleros, sambas e valsas. A beleza está nas músicas tocadas das sacadas dos casarões do centro, enquanto o maestro rege os músicos do meio dos espectadores.
Agora que você já conhece as pousadas em Diamantina, compartilhe com seus amigos este texto e curta as belezas de Minas Gerais!
Devido à grande oferta de hotéis e pousadas, decidir onde ficar em Campos do Jordão não é uma tarefa difícil. O mais importante é escolher bem a localização, que depende do seu perfil e do que busca na viagem.
Por isso, algumas dicas de amigos podem não encaixar no que você está procurando. Para explicar as regiões da cidade, as opções de hospedagens e o que é melhor para cada perfil de turista, reunimos dicas nesse texto sobre onde ficar em Campos do Jordão. Vem conosco!
Campos do Jordão não é uma cidade muito pequena
Uma impressão errada que muitas pessoas possuem sobre Campos do Jordão é que a cidade é muito pequena e que todas as atrações são perto. Apesar de ser um município com apenas 50 mil habitantes, encontram-se uma vasta gama de atrações turísticas e hotéis espalhados por várias partes. Algo bem diferente das cidades históricas de Minas Gerais, por exemplo, onde quase tudo se concentra nos centros históricos.
Com o crescimento do turismo em Campos do Jordão, regiões fora da área urbana começaram a receber investimentos e passaram a reunir hotéis e restaurantes. Por isso, há várias opções de hospedagem, inclusive algumas das melhores da cidade, que ficam mais afastadas do centro, muitas vezes em regiões cercadas de natureza.
Onde ficar em Campos do Jordão
Quando se fala em onde ficar em Campos do Jordão, o Vila Capivari é sempre o bairro mais lembrado pelos turistas. Por isso, começamos nossa lista por esse ele.
Perto de tudo: onde hospedar na Vila Capivari
O bairro mais turístico de Campos do Jordão é a Vila Capivari. Esse não é apenas o mais famoso, como também o mais bonito e bem cuidado da cidade. Por isso, é preferido pelos turistas para passear e fazer compras, já que há várias galerias e lojas.
Foto: Tom Carvalho – Wikipedia (CC BY-SA 3.0) – acréscimo de logomarca
Também, neste local, localizam-se algumas atrações turísticas como o Parque Capivari e o Teleférico. Entretanto, um dos principais destaques é que o Capivari é o polo gastronômico de Campos do Jordão.
Você encontra dezenas de restaurantes e bares, tudo isso concentrado em apenas algumas ruas. Conheça mais sobre os restaurantes em Campos do Jordão.
Por ser a preferência dos turistas, há a maior quantidade de hotéis do município. Se você estiver viajando sem carro, o mais indicado é se hospedar no Capivari, já que é a única região da cidade onde é possível fazer atividades se deslocando a pé.
Mesmo assim, vale a pena lembrar que Campos do Jordão é uma cidade que é melhor explorada de carro devido às distâncias entre algumas atrações turísticas. Caso viaje sem carro, também é possível alugar, clique aqui e veja os preços.
Para quem é indicado o bairro Capivari?
Conheça a Vila Capivari em Campos do Jordão – Foto: Majtec – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
O Vila Capivari é indicado para quem gosta de ficar em uma região mais agitada, animada e com vida noturna. Para quem gostar de sair do hotel e fazer caminhadas a pé, o Capivari é mais indicado. Outra dica já citada, é que essa é a melhor localização para quem não estiver com veículos.
Por outro lado, para quem estiver com carro é aconselhável reservar uma hospedagem com estacionamento próprio, já que não é fácil encontrar uma vaga no Capivari. Damos indicação de hotéis com estacionamento no próximo tópico.
Apenas para deixar bem claro, o Capivari não é o centro de Campos do Jordão. Por isso, não é aquela parte mais cheia e tumultuado da cidade. Trata-se do centro turístico que recebe grande público na alta temporada.
Hotéis na Vila Capivari
Selecionamos as principais pousadas e hotéis em Capivari, seja pelo conforto, localização ou preço. Veja agora onde ficar em Campos do Jordão, no bairro Capivari.
Centrinho de Capivari
Se você quer ficar na parte mais movimentada da cidade, indicamos a Pousada Luis XV, uma opção confortável ao lado da Praça Capivari, a principal do bairro. Esse é um hotel novo, com decoração clássica misturada a elementos modernos, isolamento acústico e estacionamento.
Próximo à Pousada Luis XV, na rua Macedo Soares, famosa pela abundância de restaurantes, também há opções interessantes. Com melhor custo-benefício, há dois hotéis três estrelas. O Hotel Estoril tem modelos de quartos mais simples e outros mais confortáveis com banheira e varanda, sendo todos com isolamento acústico. O Europa Hotel é menor e se parece com uma pousada. Ambos têm estacionamento.
Para quem busca uma opção econômica na mesma rua, o Hotel Solar da Montanha é o mais interessante pelos quartos com varanda. Uma desvantagem é que tem estacionamento, porém não é gratuito para os hóspedes, como as opções anteriores. Isso fará o valor da diária aumentar.
Em frente ao Centro de Convenções Campos do Jordão
O Centro de Convenções de Campos do Jordão também está localizado no Capivari. Para quem vai participar de algum evento no local, é possível se hospedar em uma pousada em frente ao Centro de Convenções. A Pousada Telhado de Ouro é equivalente a um hotel três estrelas e possui quartos com varanda e estacionamento.
Hotéis românticos e confortáveis para casais
O Capivari não oferece hotéis de luxo, sendo que estes ficam em outras partes da cidade. Entretanto, há dois hotéis muito confortáveis e procurado por casais.
Villa D´Biagy Premium é uma opção escolhida pelos turistas quando decidem onde se hospedar em Campos do Jordão – Foto: Divulgação – Booking.com
O Villa D´Biagy Premium possui banheiro com piso aquecido e algumas suítes com banheira de hidromassagem. A localização é outro atrativo, já que está em uma região mais tranquila e silenciosa, apenas um quarteirão da parte mais movimentada do bairro.
A Villa Amistà é a outra opção bastante confortável no Capivari. A pousada é muito bem avaliada pelos seus serviços e está em uma rua com pouco fluxo de pedestres, a dois quarteirões das partes mais movimentadas do bairro.
Já o Hotel Estoril, já citado acima, tem vários tipos de quartos, sendo um deles nomeado “suíte lua de mel”, por ser mais amplo, ter banheira de hidromassagem e isolamento acústico.
Mais afastada do centrinho, menos barulho e mais barato
Para quem quer hospedar em Capivari, mas deseja ficar em um local tranquilo e com menos barulho, há algumas opções.
A Pousada do Conde é uma pequena pousada, com estacionamento, bom preço e a apenas 3 quarteirões da parte principal do bairro.
Com preço ainda melhor, o Hotel JBé uma pousada simples, mas que conta com estacionamento e piscina, útil para os meses de verão. A desvantagem do Hotel JB é que fica localizado na avenida Emílio Ribas, o que torna os quartos virados para a rua mais barulhentos.
Onde ficar em Campos do Jordão próximo à natureza
Caminho para o Pico do Itapeva
Campos do Jordão tem ótimas opções de hotéis em regiões mais isoladas. Para quem gosta de ficar em contato com a natureza, procura lazer ou luxo, encontrará variedade de hospedagens.
O principal público que procura por esses hotéis são as pessoas que gostam de ambientes ao ar livre, querem ficar em um lugar tranquilo, sossegado e em contato com a natureza. Há casais que viajam em lua de mel que procuram essas hospedagens. Entretanto, alguns desses hotéis também são reservados por famílias que desejam amplas áreas de lazer.
Uma observação importante é a distância entre essas hospedagens e a Vila Capivari ou outras atrações turísticas. Logo, são ideais para quem estiver viajando de carro.
Hotel Toriba, o mais famoso da cidade
Uma das opções de apartamentos do Hotel Toriba – Foto: Divulgação – site do Hotel
O Hotel Toriba é o mais famoso de Campos do Jordão. Inaugurado em 1943, foi considerado o melhor do Brasil em 1968. Entretanto, ele veio se modernizando e, hoje, conta com quartos confortáveis e modernos, além de uma boa área de lazer.
Tem ampla área com piscina adulto e infantil, ambas aquecidas, sauna, quadras poliesportivas, academia e 2 restaurantes. Há vários tipos de quartos com diferentes preços.
Os chalés são os preferidos pelos casais e por quem busca mais privacidade. São espaçosos e contam com lareira.
O hotel também é pet friendly, ou seja, aceita animais de pequeno porte nos chalés do tipo alpino.
Por isso, quando se fala em onde ficar em Campos do Jordão, muitas pessoas lembram do Hotel Toriba. Para saber mais detalhes sobre preços, ver mais fotos e fazer reservas, clique aqui.
Botanique Hotel & Spa, melhor hotel de Campos do Jordão
Botanique é uma hospedagem de luxo para turistas que buscam a tranquilidade da natureza – Foto: Divulgação – site Botanique
Outra escolha bastante confortável é o ecológico Botanique Hotel & Spa. Esse é um incrível hotel de luxo, considerado por muitos como o melhor da cidade. Por isso, se você procura onde ficar em Campos do Jordão com sofisticação e luxo, o Botanique pode ser a melhor alternativa.
A área de lazer conta com piscina externa de água mineral, piscina interna aquecida, sauna, spa, academia e quadras de tênis. Ainda, há atividades oferecidas pelo Botanique Hotel como passeios a cavalo, mountain bike e trilhas pela mata.
O Botanique Hotel & Spa tem poucas acomodações, sendo apenas 17, das quais seis são suítes no edifício principal e as demais villas que ficam espalhadas em uma área rodeada de mata atlântica. Este último tipo é muito procurados por quem procura privacidade, como casais em lua de mel. Elas são espaçosas, algumas com mais de 100 m2, com lareira e banheira, mas que não é de hidromassagem.
Outro fator que faz casais escolherem o Botanique Hotel é por ser um hotel com poucas crianças. Para saber informações sobre preços, ver fotos e fazer reservas no Botanique Hotel & Spa, clique aqui.
Home Green Home, o Castelo de Campos do Jordão
Hotel Green Home é uma das opções procuradas pelos turistas que buscam ficar em meio à natureza. Foto: Divulgação – Booking.com
Home Green Home, conhecido como Castelo de Campos do Jordão, é um hotel que chama a atenção por sua arquitetura e atrai visitantes que captam várias fotos no local. Localizado no alto da serra, o hotel proporciona uma bela vista, especialmente em seu terraço panorâmico, onde é servido o café da manhã.
Na área de lazer conta com duas piscinas cobertas e aquecidas e academia. Com relação aos apartamentos, todos têm lareira e varanda. Entretanto, os que possuem vista para a natureza, têm a diária um pouco mais alta.
O Home Green Home agrada, especialmente famílias, porque os quartos dispõem de mini cozinha, com pia e micro-ondas, porém, sem fogão. Classificado como um hotel três estrelas, tem preços bem inferiores ao Botanique e Toriba. Mais informações e reservas, clique aqui.
Hotel Golden Park Campos, uma opção econômico em meio a natureza
Para fechar a lista sobre onde ficar em Campos do Jordão em meio à natureza, vamos mostrar uma opção econômica. O Hotel Golden Park faz parte da rede Nacional Inn, tem diárias baratas e boa infraestrutura. O Golden Park Campos do Jordão tem lago com pedalinho, quadra poliesportiva e piscina coberta e aquecida.
Nós hospedamos no Hotel Golden Parque e achamos que valeu o preço. O hotel, contudo, possui alguns problemas, como pequeno espaço para estacionamento, não possui frigobar e problemas na acústica de alguns quartos, que faz você escutar barulhos do vizinho. Pensando no valor da diária, o Hotel Golden Parque Campos do Jordão apresenta boa relação custo-benefício.
Para saber preços, ver mais fotos e reservar hospedagem no Golden Park Campos,clique aqui.
Outras dicas além de hotéis em Campos do Jordão
Gostou de conhecer nossas dicas de onde ficar em Campos do Jordão? Para você que está planejando uma viagem há outras informações importantes da cidade.
O festival encanta todos em Diamantina - Foto: Estrr - Flickr (CC BY-NC-ND 2.0)
Em 2021, a Vesperata Diamantina comemorará 25 anos de música e tradição cultural no antigo Arraial do Tejuco. Apesar de ter apenas um quarto de século, sua origem remonta ao passado colonial da cidade, em uma época que as irmandades religiosas tinham como foco consolidar e assegurar a música como instrumento cultural daquele período.
Segundo estudos, as festividades religiosas investiam em celebrações cantadas, como ladainhas, alvoradas e até mesmo missas e cultos. Por volta do século 19, o bispado de Diamantina começou a interferir na conduta destes músicos, que optaram por difundir o ofício musical sem intermédio da igreja.
A partir disso, a música ganhou contornos mais populares se aproximando das serestas, boleros e, posteriormente, do samba. Já em meados da década de 1990, a tradição foi recuperada, ganhando inclusive prêmios de sustentabilidade cultural do Ministério do Turismo.
Também foi reconhecida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) como patrimônio cultural do estado. A importância da Vesperata para Diamantina se tornou tão grande, que há turistas que visitam a cidade apenas para presenciá-la.
Conheça, neste artigo, mais detalhes sobre a tradicional Vesperata Diamantina.
O retorno da Vesperata em Diamantina como evento do século 20
Vesperata é o tradicional evento da cidade – Foto: Glauco Umbelino – Wikipedia (CC BY 2.0)
Ainda que vinculada à religiosidade local, o ressurgimento da Vesperata em Diamantina está ligada intimamente aos militares. Isso porque foram eles os responsáveis pela popularização de um evento chamado “O Ano da Meia Noite”, que tocava uma antiga partitura italiana de mesmo nome.
O musical acontecia, na virada do século 19 para o 20, em um coreto situado em frente à prefeitura da cidade. Porém, o espaço foi se tornando pequeno para a apresentação da banda completa, que, por decisão do maestro, acabou posicionada em diversas sacadas do centro histórico.
A partir dessa ideia, para pleitear o posto de Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina decidiu resgatar o evento, dando a ele o seu primeiro nome: Vesperata.
Vinte e cinco anos depois, a Vesperata Diamantina se tornou um evento único em Minas Gerais e um dos mais tradicionais do segmento no Brasil. Com música ao ar livre, ela amplia a cultura colonial mineira agregando à música, gastronomia e imersão histórica.
Além disso, a proposta da Vesperata se mostra democraticamente ampla, visto que é possível apreciá-la sentado às mesas da Rua da Quitanda, nas calçadas ou casarões do centro histórico.
Mesas e ingressos para a Vesperata Diamantina
Por ter se tornado o principal evento musical da cidade, o número de turistas interessados em apreciar o festival é crescente. O espetáculo acontece sempre em datas divulgadas pelo poder público, aos sábados, durante os meses menos chuvosos.
Entre abril e novembro, o concerto ao ar livre dispõe mesas e cadeiras dos restaurantes e bares nas ruas. Para cada apresentação, a Vesperata Diamantina reúne cerca de mil pessoas.
Música do alto das sacadas – Foto: Glauco Umbelino – Wikipedia (CC BY 2.0)
O calendário de 2021 já foi divulgado pela prefeitura municipal. Devido ao cenário da pandemia de Covid-19, a expectativa para o próximo ano é a ocupação de 60% deste espaço, gerando uma procura ainda maior nas datas do evento. Contudo, é necessário acompanhar pelo site oficial as atualizações, visto que, em condições normais, são apenas 138 mesas.
A programação completa está definida para os seguintes dias:
10 e 17 de abril
15 e 29 de maio
12 e 19 de junho
03, 17 e 31 de julho
14, 21 e 28 de agosto
18 e 25 de setembro
09 e 16 de outubro
A aquisição de mesas podem ser realizadas pelo site Sympla, contudo os preços de 2021 ainda não foram divulgados. A Vesperata Diamantina 2020 teve valores variando entre R$ 135, mesa para três pessoas, a R$ 225, para cinco.
A apresentação também pode ser acompanhada de pé, nas proximidades do largo. Contudo, a quem adquire as mesas, há serviço de garçom para atendimento exclusivo.
Programação adicional nos dias de evento
Conheça o artesanato local durante sua estádia na cidade – Foto: Ricardo photos – Flickr (CC BY-ND 2.0)
Durante todos os finais de semana em que acontece a Vesperata Diamantina, a cidade prepara atrações adicionais aos turistas. Dentre as principais, estão as serestas pelas ruas e as apresentações musicais que ocorrem no Mercado Velho.
Aos sábados, pela manhã, o Mercado Velho é ocupado com uma feira de artesanato local e, aos domingos, acontece o Café no Beco e o Sarau da Arte Miúda. Enquanto o primeiro investe na interação de turistas e moradores nas primeiras horas do dia, o Sarau é realizado na Igreja São Francisco e apresenta chorinhos e serestas num concerto de crianças e jovens estudantes.
Onde hospedar próximo à Vesperata em Diamantina
Centro Histórico de Diamantina é uma opção interessante para encontrar pousadas – Foto: Zé Rocha – Wikipedia (CC BY-SA 4.0) – com acréscimo de logomarca
Por conta das estruturas de hospedagens mais modestas, a recomendação é reservar uma pousada ou hotel em Diamantina com bastante antecedência. Primeiramente, porque as opções mais próximas da Rua da Quitanda, onde acontece a Vesperata, costumam se esgotar muitos meses antes.
Campos do Jordão é uma cidade conhecida como destino de inverno, entretanto há várias atrações que tornam a viagem interessante em qualquer época do ano. Para lhe ajudar a conhecer o que há de mais interessante, fizemos este guia completo sobre o que fazer em Campos do Jordão, mostrando os pontos turísticos, passeios, museus e as mais importantes dicas de viagem.
Para saber tudo sobre Campos do Jordão, vem com a gente!
Como se deslocar em Campos do Jordão
Uma questão fundamental, que deve ser pensada ao planejar uma viagem a Campos do Jordão, é o deslocamento pela cidade e para as atrações próximas. Muita gente não presta atenção nesse assunto e, ao chegar à cidade, se assusta ao perceber que o local não foi planejado para andar a pé.
As atrações turísticas são distantes umas das outras, o que indica ser necessário deslocar bastante para conhecer os principais pontos turísticos em Campos do Jordão. Além disso, não se gasta muito tempo em cada uma.
Apenas o bairro mais turístico, o Capivari, é interessante para caminhar, já que concentra lojas, restaurantes e hotéis em uma mesma região. Por isso, para quem estiver de carro, o indicado é se hospedar em Capivari. Veja nossas dicas de hotéis em Capivari e nos demais bairros.
De carro em Campos do Jordão
O carro é o principal meio de transporte dos turistas que visitam Campos do Jordão. A distância entre os pontos turísticos em Campos do Jordão e as ofertas de estacionamento, na maioria deles, facilitam a vida de quem está de carro.
Importante fazer uma observação: o Capivari é um bairro mais cheio e difícil de estacionar. Não é tarefa fácil encontrar vagas na rua, porém existem opções de estacionamentos pagos. Nos períodos mais cheios do ano, mesmo os estacionamentos pagos ficam lotados e o jeito é estacionar em quarteirões mais distantes da região.
Alugar carro
Para quem não possui carro, vai chegar de avião, ou mesmo deseja viajar em um veículo maior, a dica é alugar um automóvel. Essa foi, inclusive, nossa opção.
Se você pretende alugar um carro, indicamos a RentCars, uma plataforma que lhe permite pesquisar os valores de aluguel em dezenas de locadoras e fazer a reserva de forma segura. Na RentCars, é possível parcelar em 12 vezes, no cartão de crédito, ou receber um desconto para pagar no boleto. Para fazer uma cotação, clique aqui.
Se você tinha dúvida se há Uber em Campos do Jordão, fique tranquilo. Desde 2018, a empresa de transporte está instalada na cidade. Mas você também encontra outros aplicativos de transporte, além dos táxis.
Entretanto, a oferta de carros é limitada. Na alta temporada ou mesmo nos finais de semana mais cheios, pode demorar um pouco para encontrar um carro. Por isso, a dica é solicitar com antecedência.
Bonde turístico
Tradicional bonde de Campos do Jordão – Foto: Newordertemple – Wikipedia (CC BY-SA 3.0)
Uma maneira diferente de conhecer a cidade é por meio do bonde turístico que circula pela Estrada de Ferro de Campos do Jordão. O trajeto do bonde sai da Estação Emílio Ribas até o Portal, passando por várias regiões da cidade. O passeio dura cerca de 1 hora.
Trenzinho da Montanha
Passeios em Campos do Jordão podem ser feitos de trenzinho
Outra forma de conhecer alguns bairros e pontos turísticos em Campos do Jordão é pelo Trenzinho da Montanha. Os ônibus em formato de trem possuem 37 lugares e saem do Parque Capivari.
Hospedagens são atrações à parte
Antes de começarmos a falar sobre os pontos turísticos em Campos do Jordão, precisamos lhe contar que a cidade tem lugares incríveis de hospedagens. Campos do Jordão é famoso por ter hotéis charmosos e autênticos, muito procurados por casais em lua de mel ou em viagens românticas, mas também oferecem boas opções para famílias.
Alguns desses hotéis já chamam atenção por sua arquitetura europeia, combinado a bons serviços, lareira, piscina aquecida ou banheira de hidromassagem no quarto. Por isso, os hotéis acabaram se tornando parte da experiência da cidade.
Foto: Divulgação – Hotel Toriba
Há diferentes opções de hotéis na cidade, com diferentes níveis e preços. Destaque para o sofisticado Hotel Toriba, que foi considerado o melhor hotel do Brasil em 1968, e também o luxuoso Botanique Hotel & Spa, considerado o melhor da cidade.
Além desses, encontram-se opções com ótimo custo-benefício, como Hotel Estoril e Europa Hotel que possuem excelente localização no Capivari, o bairro mais turístico da cidade. Já uma opção barata, porém bem localizado no Capivari é o Hotel Solar da Montanha.
Como a localização faz muita diferença na hora da hospedagem e há muitos detalhes sobre esse quesito, deixamos para aprofundar o assunto e mostrar as melhores opções de hospedagem e de localização no texto onde ficar em Campos do Jordão.
O que fazer em Campos do Jordão
Agora que você já sabe algumas informações importantes sobre a cidade, vamos mostrar o que fazer em Campos do Jordão. Começaremos pela região mais conhecida da cidade.
Vila Capivari
Vila Capivari é o bairro mais turístico e o polo gastronômico de Campos do Jordão
O bairro mais famoso e turístico de Campo do Jordão é a Vila Capivari. Essa é a região mais bonita e cuidada da cidade. A maioria das construções deste local tem estilo europeu.
Essa também é a parte da cidade que possui mais galerias e lojas de roupas, chocolate e produtos turísticos. Para quem quer comprar presentes ou lembrancinhas, este é o lugar que você encontrará mais opções.
O Capivari é o centro gastronômico e onde concentra a vida noturna da cidade. Por isso, você encontrará na região diversos bares e restaurantes.
Comer bem no polo gastronômico da cidade
Campos do Jordão carrega a fama de ser um destino gastronômico. A cidade tem grande quantidade de restaurantes de diferentes estilos e gêneros. Os preços não são baixos, especialmente, se você comparar com a média do Brasil. Contudo, a culinária é sofisticada e muito bem avaliada.
Como Campos do Jordão é um destino com baixas temperaturas, o prato mais famoso na cidade é o fondue, que está disponível em muitos restaurantes. A truta, um peixe de regiões frias, também está presente nos cardápios.
Restaurante La Gália é especializado em carnes exóticas
A variedade de restaurantes é grande, o que possibilita encontrar culinária estrangeira, carnes exóticas e restaurantes vegetarianos. O polo gastronômico é a Vila Capivari. Porém, a cidade tem crescido e apareceram boas opções em outras regiões, como no Alto Lajeado.
Campos do Jordão ficou famosa por suas fábricas de chocolate caseiro. Há dezenas de lojas de chocolate, especialmente no bairro do Capivari. Para quem gosta de chocolate, vale a pena se deliciar com barrinhas, trufas ou chocolate quente.
Ainda é possível visitar uma fábrica. A Chocolate Araucária recebe visitantes para conhecer a história do chocolate e acompanhar a produção. A Cacau Show também possui uma loja-fábrica na cidade.
Cervejaria Baden Baden e tour pela fábrica
A Cervejaria Baden Baden foi fundada em 1999, em Campos do Jordão, e ficou conhecida pela qualidade de suas cervejas artesanais. Devido à fama, ela foi, inclusive, vendida para o grupo Heineken em 2017.
A Baden Baden possui um bar-restaurante em Capivari, que costuma ficar bem cheio. Para quem deseja conhecer sua fábrica, há o Baden Baden Tour, uma visita guiada de 50 minutos, onde é possível conhecer a história da marca e as etapas do processo de fabricação da cerveja.
Vale dizer que a fábrica fica localizada na saída da cidade a 7 km do Capivari. O percurso deve ser agendado, com antecedência, pelo site.
Parque Capivari e os pedalinhos
Foto: divulgação – Parque Capivari
Outra atração que destacamos em nossa lista sobre o que fazer em Campos do Jordão é o parque cujo nome é igual ao do famoso bairro da cidade. O espaço é aberto, local de embarque do bondinho, e tem duas conhecidas atrações: os pedalinhos e o teleférico.
Os pedalinhos são tradicionais no parque e divertem quem deseja praticar exercício. São dois tipos. O comum, que é o modelo branco e coberto, chamado de americano, com capacidade para até 3 adultos. O modelo Caravelas é mais interessante e comporta dois adultos e duas crianças.
Os pedalinhos funcionam todos os dias da semana. Para ver preços, horários de funcionamento e fazer reservas, acesse o site do Parque Capivari.
Teleférico Campos do Jordão
Quando se pergunta o que fazer em Campos do Jordão, o famoso teleférico de cadeirinhas é uma dos roteiros mais procurados.
O trajeto do teleférico de Campos do Jordão parte do Parque Capivari e vai até o Morro do Elefante. Quando se fala em teleférico, parte das pessoas imagina uma cabine, mas o de Campos do Jordão é apenas uma cadeirinha. Por isso, é apenas para quem não tem medo de altura, mesmo sendo um passeio de menos de 5 minutos.
Inaugurado em 1971, é o primeiro do tipo mono cabo de cadeirinhas a entrar em funcionamento no Brasil.
Morro do Elefante e Parque dos Elefantes
O Morro do Elefante é um mirante de Campos do Jordão conhecido por ser o destino do Teleférico. Apesar de a vista do mirante ser bonita, o local é visitado, sobretudo, por fazer parte do trajeto para o Parque dos Elefantes.
Próximo ao ponto de chegada do teleférico fica o Parque dos Elefantes. Com entrada gratuita, o local tem várias estátuas de elefantes e é mais indicado para crianças.
Lá está o famoso letreiro “Campos do Jordão”, um dos pontos preferidos para se fazer selfies na cidade.
O que fazer em Campos do Jordão: Museus
Quando se fala no que fazer em Campos do Jordão, a maioria das pessoas não se lembra que a cidade tem alguns museus. Há três que valem a visita: Felícia Leirner, Palácio Boa Vista e Casa da Xilogravura.
Museu Felícia Leirner, esculturas em meio a natureza
Jardim com obras de arte
O museu mais interessante de Campos do Jordão é o Felícia Leirner. O espaço ao ar livre é muito bonito e agradável, onde obras de arte e natureza se misturam.
Dedicado a escultora Felícia Leirner (1904 – 1996), nascida na Polônia e radicada no Brasil, o museu reúne 85 obras da artista feitas em bronze, cimento branco e granito. As esculturas ficam espalhadas pelos gramados e jardins de araucárias. Essa mistura de arte e natureza torna o cenário único.
É importante apontar que não vale a pena visitar em dia de chuva. No local também fica o Auditório Cláudio Santoro, com 814 lugares, que funciona como sede do Festival Internacional de Inverno.
O museu funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, e os ingressos custam R$ 5.
Palácio Boa Vista, o Palácio do Governador de SP
Foto: Majtec – Wikipedia (CC BY-SA 2.0)
O Palácio Boa Vista, também conhecido como do Governo, é a residência de inverno do governador de São Paulo. Inaugurado em 1964 e aberto ao público em 1970, o palácio tem 3200 metros quadrados e 105 cômodos, sendo alguns decorados com mobílias dos séculos 17, 18 e 19.
O palácio também abriga um acervo com mais de 3 mil obras de arte, entre elas, de renomados pintores como Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral.
O funcionamento é de quarta-feira a domingo, das 10h às 17h.
Museu Casa da Xilogravura
O único museu dedicado a xilogravura no Brasil fica em Campos do Jordão – Foto: divulgação Casa da Xilogravura
Quando se discute sobre o que fazer em Campos do Jordão, poucas pessoas sabem que existe um museu dedicado à arte da xilogravura na cidade. O local conta com acervo diversificado de dezenas de artistas.
O Museu Casa da Xilogravura é, inclusive, o único do gênero no país. Para quem não conhece, trata-se de uma técnica milenar em que se esculpe uma matriz de madeira e a utiliza para “imprimir” no papel, gerando gravuras.
Para saber os horários de funcionamento e outras informações, acesse o site.
Parque Amantikir e seus 28 jardins
Localizado em uma região da Serra da Mantiqueira, o Amantikir é um parque que reúne 28 jardins, com 700 espécies de plantas de diferentes regiões do mundo. O parque não é grande, mas possui alguns jardins bem bonitos que rendem boas fotos.
Se você visitar com a intenção de conhecer espécies estrangeiras ficará um pouco decepcionado, já que, mesmo com tanta diversidade, as partes dedicadas a cada país são pequenas e simples.
Jardins do Amantikir
Contudo, para quem procura um ambiente bonito, com belos cenários, o Parque Amantikir é uma boa opção para visitar.
Horto Florestal, parque mais antigo de São Paulo
Horto Florestal de Campos do Jordão é um dos pontos turísticos da cidade
O Parque Estadual de Campos do Jordão, mais conhecido como Horto Florestal, é o principal ponto turístico para quem gosta de natureza. São 8300 hectares e 12 km de trilha.
Considerado o mais antigo parque estadual de São Paulo, criado em 1941, abriga uma região de Mata Atlântica preservada com campos de araucárias e pinheiros.
Você encontrará áreas para fazer piquenique, churrasqueiras e viveiro de plantas. Com relação às trilhas, as principais são a da Cachoeira, com 4,5 km de extensão, e a dos Campos do Timoni, com 3 km.
Uma outra opção é fazer as trilhas de bicicleta. É possível alugar bicicleta do tipo mountain bikes no parque. A trilha das cachoeiras é a mais visitada por quem está de bicicleta e leva 1 hora entre ida e volta.
Há também outras atividades, como arvorismo que inclui 9 travessias. A tirolesa é outro destaque que fica em um ponto alto que é acessado por 25 minutos de caminhada por uma trilha. No valor da tirolesa está incluído o guia pela trilha.
O Horto Florestal tem uma lanchonete e um ótimo restaurante, o Dona Chica, que tem um cardápio com diferentes porções e ótimos drinks, além de área com redes e playground.
O Dona Chica é uma restaurante em área aberta rodeado de floresta e possui inclusive redes
Uma informação muito importante é que o Horto Florestal fica mais afastado da cidade, cerca de 13 km do bairro Capivari, e uma parte do trajeto é de estrada de terra.
Pico do Itapeva e sua bela vista
Caminho para o Pico do Itapeva
O Pico do Itapeva é um dos maiores picos do Brasil, com 2030 metros de altitude, e proporciona uma vista panorâmica de 15 cidades da região. Localizado em Pindamonhangaba, cidade vizinha. Contudo, por estar a cerca de 10 km do Capivari, é um ponto recorrente nas listas do que fazer em Campos do Jordão.
O local possibilita apenas apreciar a vista, o que pode decepcionar os visitantes. Antigamente, havia uma feirinha, mas, por estar situada em área de preservação ambiental, ela foi retirada. Hoje, só tem um café no pico.
Aqui, vale uma observação muito importante. O local onde fica o Pico do Itapeva é particular, não tem site e calendário de abertura. Em alguns dias, o local não abre. Essa situação aconteceu conosco e, quando ligamos para a Secretaria de Turismo de Campos do Jordão, fomos informados que é algo comum de acontecer.
Tarundu e Borboletário, opções para crianças
Tarundu é o principal ponto turístico em Campos do Jordão para visitar com crianças – Foto: Tirolesa High Fly /divulgação Tarundu
Se você busca o que fazer em Campos do Jordão com crianças, o Tarundu é uma das principais opções. Antigamente, era um haras, hoje é um complexo de lazer com mais de 10 atrações.
Destacam-se passeio a cavalo, Tirolesa High Fly de 450 metros, Arvorismo, PaintBall e patinação no gelo. Ainda, há algumas versões light para crianças, como o Arvorismo Light, Tirolesa light e passeio de pônei.
Para conhecer as atrações e valores, acesse o sitedo Tarundu.
Outra opção para quem viaja para Campos do Jordão com crianças é o Borboletário Flores que Voam. O local ensina sobre o curto ciclo de vida das borboletas, que voam somente entre 10 e 15 dias.
O borboletário tem espécies regionais que podem ser observadas de perto. Está localizado no caminho para o Horto Florestal.
Ducha de Prata
Queda d’água na Ducha de Prata
A Ducha de Prata é um dos pontos turísticos em Campos do Jordão que mais chamaram nossa atenção, por ser tradicional e cheia de visitantes, mas que não tem nenhum atrativo.
É formada por várias quedas d’água artificiais, mas, mesmo sendo uma visita gratuita, só vale a pena se você estiver com tempo sobrando.
O principal são as lojas ao redor das duchas que vendem artesanatos, roupas e doces com preços melhores que em Capivari.
Melhor época para ir a Campos do Jordão
Por se tornar conhecida nacionalmente como um destino de frio, muitas pessoas restringem a visita ao período de inverno. Hoje, contudo, tem turismo o ano inteiro, embora o inverno continue sendo sua alta temporada.
Inverno em Campos do Jordão
Campos do Jordão fica localizada na Serra da Mantiqueira, a uma altitude de 1600 metros. Por isso, os invernos são gelados com temperaturas que podem ficar próximas a 0 °C ou mesmo negativas em alguns dias do ano. Apesar do frio, essa é a estação do ano que menos chove e apresenta, em média, 4 dias de chuva por mês.
Para quem gosta de um friozinho, essa é a melhor época do ano. Quando se pergunta o que fazer em Campos do Jordão no inverno, podemos dizer que beber um vinho, comer um fondue ou se aquecer na lareira são as atividades que mais combinam com esse clima.
Fondue de chocolate é o preferido de muita gente – Foto: Freepik
Por outro lado, o inverno é o período em que a cidade fica mais cheia e mais cara, especialmente, no mês de julho, período de férias escolares e quando acontece o Festival de Inverno Campos do Jordão. Para você ter uma ideia, Campos do Jordão recebe 1 milhão de visitantes por ano, sendo que 400 mil são apenas em junho e julho.
Festival de Inverno Campos do Jordão
O Festival de Inverno é um conjunto de atrações anual que reúnem centenas de visitantes – Foto: Py4nf – Wikipedia (CC BY-SA 4.0)
Anualmente, no mês de julho, acontece o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, considerado o mais importante de música clássica da América Latina. O festival foi criado em 1970 e conta com diversos concertos e aulas temáticas para músicos.
Verão, período de chuvas
No verão, as temperaturas ficam bem mais elevadas, passando dos 20 °C. Com dias mais quentes, algumas atividades ao ar livre, como andar de quadriciclo ou praticar esportes radicais de arvorismo, rapel e tirolesa, ficam mais agradáveis.
O único problema é que o verão é a época do ano que mais chove na cidade. Dezembro e janeiro tem cerca de 20 dias de chuva. Fevereiro e março, apesar de terem menos, ainda estão entre os meses mais chuvosos.
Por isso, se viajar nessa época, é bom se programar para as chuvas. Isso não significa que elas caiam o dia inteiro, mas é bom ter um roteiro mais flexível.
Primavera e Outono
Primavera e outono são as estações que têm os meses mais versáteis para viajar. Para quem gosta de frio, ainda é possível pegar temperaturas mais baixas nos meses de junho e setembro.
Em abril, as temperaturas estão mais amenas e ainda chove um pouco. Em outubro, especialmente, março e novembro são os meses com grandes incidências de chuvas.
Cabe salientar que fora dos feriados, você encontra preços muito bons de hospedagens nessas estações do ano.
Gostou do nosso guia sobre o que fazer em Campos do Jordão? Aproveite e conheça outros roteiros em nosso site.
Os restaurantes em Campos do Jordão são atrações à parte na cidade. Com grande oferta de restaurantes de alta qualidade, a cidade ganhou fama de destino gastronômico. Desfrutar de uma boa refeição é uma das principais atividades que os turistas podem realizar. Para conhecer as demais atividades, veja o texto que fizemos sobre o que fazer em Campos do Jordão.
Para os amantes da gastronomia, vale a pena reservar tempo e uma fatia do orçamento da sua viagem para aproveitar os restaurantes em Campos do Jordão.
Restaurante em Campos do Jordão é caro?
Para responder essa pergunta, vai depender onde você mora. Se comparado com cidades de médio e pequeno porte no Brasil, os restaurantes em Campos do Jordão podem ser considerados caros. Mas, se comparado com outras capitais da região sul e sudeste, a média de preços é equivalente. Já se comparar com São Paulo capital, podemos dizer que os restaurantes em Campos do Jordão são baratos.
Vale dizer que há restaurantes em Campos do Jordão de vários níveis e preços. Por isso, é possível encontrar locais que caibam em seu orçamento.
Para quem gosta de gastronomia, Campos do Jordão oferece boas opções
Capivari, o polo gastronômico
O bairro mais turístico de Campos do Jordão, a Vila Capivari, é também o polo gastronômico da cidade. Aqui você encontra dezenas de restaurantes e bares concentrados em algumas ruas. Por isso, é muito fácil de circular a pé, ver cardápios e escolher a opção que mais lhe agrada. A parte ruim do Capivari é a difuldade para estacionar veículos no bairro, sobretudo à noite.
Vila Capivari é o bairro mais turístico e o polo gastronômico de Campos do Jordão
Não podemos deixar de dizer que você também encontra bons restaurantes em outros bairros. Antigamente, para você ter uma boa experiência gastronômica, era preciso ir ao Capivari. Entretanto, nas duas últimas décadas, começaram a surgir restaurantes de qualidade em outras partes da cidade, como no Alto Lajedo e Jaguaribe. Entretanto, os estabelecimentos não ficam próximos, por isso é indicado saber exatamente para onde vai.
O que e onde comer em Campos do Jordão?
Campos do Jordão se tornou um tradicional destino de inverno. Apesar da cidade receber turistas o ano inteiro, eles se concentram nessa estação. Por isso, podemos dizer que a gastronomia da cidade também se especializou em pratos típicos ou que combinam melhor com o frio.
Um exemplo disso é a oferta de vinhos na cidade. Essa bebida, que combina melhor com dias mais frios ou amenos, é bastante consumida e a maioria dos restaurantes possui carta dedicada.
Deixando as bebidas de lado e focando nas comidas, vamos começar pelo prato mais típico da cidade.
Fondue, o prato mais tradicional de Campos do Jordão
Fondue de chocolate é o preferido de muita gente – Foto: Freepik
Quando se fala no que comer em Campos do Jordão, a primeira lembrança que vem à cabeça de muitas pessoas é o fondue. O prato é bastante tradicional e servido em muitos restaurantes do Capivari. Entretanto, em Campos do Jordão não chega a ser tão tradicional como em Gramado, onde é encontrado na maioria dos restaurantes e se tornou símbolo da cidade.
O fondue faz parte da gastronomia de inverno e, no geral, é encontrado em três variações: queijo, carne e chocolate. Entretanto, há locais que servem outros tipos, como o chinoise, uma versão mais leve do gênero de carne, onde é cozido em um caldo com funghi.
A versão mais procurada pelos turistas é a sequência de fondues, onde são servidos os três tipos, apresentados anteriormente, e as reposições são à vontade.
Fondue de queijo – Foto: Pixabay
Há vários restaurantes que servem o trio em Campos do Jordão e os preços variam consideravelmente. Contudo, nos mais baratos, os queijos e chocolates são diluídos. Por incrível que pareça, o fondue de carne é o que menos sofre variação, mesmo que sejam usados cortes bovinos diferentes.
Uma dica importante é que o fondue harmoniza bem com vinho tinto. No caso do tipo de queijo e frutos do mar, vinho branco também é um bom acompanhamento.
Onde comer fondue em Campos do Jordão
Se você pretende comer fondue, o Capivari é onde você encontrará a maior variedade de restaurantes de todos os níveis e preços. Inclusive, os melhores pratos em Campos do Jordão estão nesse bairro.
O restaurante mais famoso pelos fondues é o Ludwig, que serve a sequência de tipos. O de queijo é a especialidade da casa e já ganhou, algumas vezes, o prêmio do guia 4 Rodas como o melhor da cidade.
Outro restaurante que serve sequência de fondue e que possui boa avaliação é o Davos, um restaurante especializado em culinária suíça.
Ainda há restaurantes que servem os fondues separadamente, que é uma boa escolha para quem deseja comer apenas um tipo. No entanto, acaba saindo mais caro se quiser pedir os três tipos. Entretanto, mesmo os locais que servem separadamente, oferecem o trio em certas datas.
O Só Queijo é um dos restaurantes do gênero mais antigos de Campos do Jordão, criado em 1969. Como o nome diz, a especialidade da casa é o fondue de queijo.
Fondue de carne e queijo do restaurante Matterhorn – Foto: divulgação
Já o Matterhorn é uma opção para casais, devido ao seu ambiente à luz de velas e som de piano. Assim, tornou-se um dos mais românticos da cidade. Por falar em romantismo, Campos do Jordão ainda é um destino de lua de mel e de casais, porém o principal público que visita a cidade, agora, são as famílias.
A truta é um peixe de água de fria muito comum nos restaurantes Campos do Jordão – Foto: Freepik
O segundo prato mais encontrado nos restaurantes em Campos do Jordão é a truta. Esse peixe originário da América do Norte só se adapta em águas frias, por isso regiões de montanhas, como Campos do Jordão, se tornaram ótimos locais para sua criação.
A truta pode ser utilizada em várias receitas, sendo mais encontrada em assados. Os restaurantes oferecem pratos com esse peixe, feitos de diferentes maneiras e com acompanhamentos.
Onde comer truta em Campos do Jordão
A truta é encontrada em grande parte dos cardápios. Um dos pratos mais famosos é do restaurante Confraria do Sabor, que serve uma truta assada com crosta de pistache muito gostosa! O prato ainda vem acompanhado de torresmo de truta, feito com a pele do peixe, que é algo bem interessante.
Truta assada com crosta de pistache e torresmo de pele do peixe do Confraria do Sabor
A truta do Confraria do Sabor é o carro chefe da casa, juntamente com o Stinco de Cordeiro e Confit de Pato com molho de amora, esse último nós provamos também e é uma boa pedida para quem gosta de pato.
Outro prato que nos chamou bastante atenção foi o Petit Gateau. A massa do bolinho é feita pelo próprio restaurante e é delicioso! Talvez o melhor que já comemos.
Confit de Pato com purê de batatas, molho de amora. E o Petit Gâteau da Confraria do Sabor.
Confraria do Sabor é um dos principais restaurantes do Capivari
A Confraria do Sabor fica em Capivari e abre entre quinta e segunda-feira. Geralmente, durante o fim de semana, costuma ter filas. Por isso, faça reserva da mesa com antecedência. Para saber mais detalhes, acesse o site da Confraria do Sabor.
Carnes exóticas para uma experiência gastronômica
Restaurantes Campos do Jordão – Foto: Rita/Pixabay
As carnes exóticas também são uma boa pedida para quem quer experimentar algo diferenciado. Nem sempre os pedidos são o que o cliente imagina, mas quem procura uma carne exótica está disposto a experimentar algo novo para ser surpreendido.
Onde comer carnes exóticas em Campos do Jordão
O principal restaurante especializado em carnes exóticas de Campos do Jordão é o La Gália. Seu cardápio variado, conta com fondue, massas e peixes. Entretanto, o destaque do restaurante são as carnes exóticas. Os pratos mais pedidos são javali, avestruz e faisão, além do bacalhau.
Avestruz à moda Iberos foi um prato do La Gália que achamos delicioso
Experimentamos o Avestruz à moda Iberos, que companha arroz ao funghi e purê de mandioquinha. Estava delicioso! Nunca havíamos comido avestruz e achamos divino!
Também provamos o Javali à Obelix. Esse, pedimos devido às lembranças dos quadrinhos e desenhos de Asterix, que me deixam com vontade de comer javali. Apesar de bom, é um tipo de carne de porco mais comum, não é nada tão diferente como o avestruz.
Javali à Obelix – assado ao molho roti com arroz ao açafrão e tomate seco com legumes
Fecham a lista das especialidades da casa com Faisão assado à Primavera e o Bacalhau norueguês grelhado.
Como sobremesa, comemos o Apfelstrudel, receita austríaca de folheado de maçã, que estava bom!
Apfelstrudel, o folheado de maça é uma receita austríaca
Restaurante La Gália é especializado em carnes exóticas
O Lá Galia fica na Avenida Macedo Soares, uma das principais da Vila Capivari. O restaurante conta com música ao vivo de quinta-feira a domingo e costuma ter fila de espera para o jantar aos fins de semana. Para mais informações e contato para reservas, acesse o site do La Gália.
Restaurante em meio à natureza
O Dona Chica é uma restaurante em área aberta rodeado de floresta e possui, inclusive, redes
Para fechar a lista de restaurantes em Campos do Jordão, vamos falar de uma opção diferente, um restaurante que se encontra em uma região de floresta. O Dona Chica fica localizado no Parque Estadual Campos do Jordão, mais conhecido como Horto Florestal.
Cercado de natureza, o espaço é bonito e muito agradável. As araucárias, que ficam ao redor do restaurante, ajudam a compor o cenário, e os animais nativos que habitam o parque e aparecem por lá como a ave jacu, não deixam você esquecer que está em uma região de floresta.
O Dona Chica é um local para você ir sem pressa. Inclusive, por isso, há um espaço com redes (foto acima) para quem quiser dar uma descansada e um playground para as crianças.
Apesar do restaurante servir refeições, muitas pessoas, que fazem trilha no Horto Florestal, preferem comer apenas um lanche. Nós comemos o Pot-pourri, que é a principal entrada, uma porção com quatro bolinhos produzidos pelo Dona Chica com os sabores: pinhão, truta, javaporco com massa de abóbora e coxinha de batata.
Pot-pourri: bolinho de pinhão, bolinho de truta, bolinho de javaporco com massa de abóbora, coxinha de batata e peixinho da horta
O peixinho da horta está incluso na porção, uma planta em formato de peixe que é cultivada na própria horta e colhida na hora de fazer o prato. A porção Pot-pourri é bem gostosa e uma ótima pedida para experimentar diferentes receitas em um mesmo prato.
Outro destaque do Dona Chica são seus coquetéis. No restaurante, você encontra receitas peculiares, como a caipirinha de tomate de árvore, uma fruta nativa da América do Sul. Um dos drinks mais pedidos é o Jacu-buti, um coquetel feito de geleia de jabuticaba, Sauvignon Blanc e umas bolinhas de pimenta rosa em cima. Eu bebi esse drink e digo que é delicioso!
Drink Jacu-buti e Queijo do Jordão com geleia
As refeições nos restaurantes Confraria do Sabor, La Gália e Dona Chica foram cortesias dos estabelecimentos.
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